capitulo 3

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POV Diana

É um sábado e estou na minha cozinha preparando meu café da manhã, pão com ovos, de novo. Ultimamente n tenho tido energia pra me dedicar a prazeres pequenos do dia a dia como um café da manhã diferenciado, depois de um mês difícil no trabalho após a derrota contra o internacional que o time não teve um bom desempenho. Abel acredita q o retorno de Veiga e Jailson mudaria esse quadro, mas pelo gravidade das lesões vai ser difícil voltar ainda esse ano. e a gente como a equipe de fisioterapeutas do palmeiras estamos ralando muito pra que a reabilitação ocorra o mais rápido possível, mas é difícil lidar com a pressão para acelerar o processo. É nessas horas que eu me pergunto se isso tudo vai valer a pena um dia, se todos os meus esforços, abdicações da vida social/amorosa, horas gastas me dedicando ao trabalho vão ser recompensadas, mas eu não vou abandonar meu sonho de ter meu trabalho reconhecido mundialmente, esse é o preço que se paga.

Tomo um banho, visto uma calça legging e a camisa da equipe de fisioterapia, calço meu tênis, estou tão exausta que não tenho forças pra me maquiar, então pego minha bolsa e vou direto para meu carro, e começo o trajeto até o clube. Chegando lá vou direto para a sala onde fazemos o trabalho de fortalecimento e Veiga já está me esperando para começar a sessão no tornozelo.

Eu: Eai como que tá esse tornozelo hoje? Se tiver forçado ele de ontem pra hoje eu prometo que eu vou te amarrar numa cadeira pra ver se ele se recupera logo- digo preparando os equipamentos pra começar a eletroterapia antes do fortalecimento.

Veiga: -ri- a vontade de voltar a jogar é grande mas a de ver o Brasil jogando foi maior

Eu: tinha esquecido esse detalhe kkkkkk, assistiu o jogo aonde?- digo enquanto faço uma massagem alongando o tornozelo

Veiga: fui assistir num barzinho com uns amigos das antigas, e tu ficou por onde?

Eu: assisti na casa dos meus pais com a família, mas não é a mesma coisa de assistir no meio de muita gente, a emoção é outra.- posiciono os TENS (o negocinho que da choque) em seu tornozelo, ligo a máquina e ajusto a tensão.

Veiga: ei verdade, aquela emoção de comemorar o gol com um monte de gente, todo mundo torcendo junto é demais, quando o richarlison fez aquele golaço, e aí todo mundo comemorando e eu só pensava "meu Deus o hexa vem"

Apesar de um elenco incrível da seleção brasileira, o richarlison chamou muita atenção de todos, acho que não é qualquer um que mete dois gols na sua estreia na copa do mundo

Eu: realmente ele jogou muito...

Sou interrompida pelo meu superior, Fred.

Fred: Oi Veiga vou ter que roubar a Diana um pedacinho- ele olha pra mim- tô te esperando na sala do Abel.

Meu Deus, essa semana já fui chamada pelo técnico 2 vezes pra ser cobrada sobre o tempo de recuperação dos atletas, nem no sábado ele sossega.

Saio da sala e vou pelo corredor até chegar na sala do técnico que tem uma placa pendurada na porta : Abel Ferreira.
Entro e lá estão sentados Fred e Abel.

Abel: Diana você pode se sentar um instante?

Ui, acho que o negócio é mais sério do que eu imaginava. Me sento na cadeira ao lado de Fred e do outro lado da mesa está Abel.

Abel: como você já deve saber a seleção brasileira está agora competindo no Catar, mas 2 atletas do elenco principal se lesionaram durante o jogo de ontem - Fred parece estar ansioso com o que Abel fala - e eles me ligaram dizendo que precisariam de reforços em toda a equipe médica, perguntaram se eu teria alguma indicação pra fisioterapeutas que pudessem acompanhar o time que não está lesionado durante os treinos e jogos...

Puta merda! Eu não acredito no que eu tô ouvindo não, será que é isso mesmo que eu tô pensando

Abel: e por conta de todo seu comprometimento e dedicação aqui no clube eu te indiquei pra esse cargo - Fred me olha com um sorriso de orelha a orelha.

Sinto um frio na barriga, parece que meu coração vai sair pela boca, essa é a oportunidade que eu preciso pra mostrar meu trabalho e comprometimento a nível mundial, minha chance de ter o esforço reconhecido.

Abel: se você aceitar...

Eu: é claro que eu aceito- falei sem pensar em LITERALMENTE NADA, não se pode deixar passar uma oportunidade dessa, as pessoas trabalham uma vida inteira por algo assim, e eu estou tendo isso tão jovem.

Abel: kkkkkkk se você aceitar, terá que embarcar hoje a noite.

Fred: então hoje você ta liberada do serviço, pra poder ir pra casa e organizar tudo q precisar antes de ir. É o seu momento.

Eu: eu tô em choque kkkkkkkk, mas obrigada pela confiança e pela oportunidade. Se vcs n acreditassem no meu trabalho eu não conseguiria nada.

Fred: você mereceu essa vaga. Vai lá e aproveita essa experiência, com muita responsabilidade. Agora cuida em se preparar porque a viagem é longa.

Eu: pode deixar - digo enquanto me levanto e vou em direção a porta.

Abel: ah - me viro para ouvir o que ele tem a dizer - eu vou te passar tudo que precisa pelo e-mail, vc imprimi o contrato e leva assinado.

Eu: tá ok.- e saí.

Fui correndo pro carro me contendo para não parecer uma maluca, mas eu poderia ir pulando e gritando até lá.

Chego em casa jogo minha bolsa no sofá e conecto meu celular na caixa de som e coloco uma música bem alta, esse momento feliz precisa de trilha sonora. Saio do banho e começo a arrumar as malas ao som de "We are one". Percebo que preciso de roupas novas, já fazia tanto tempo que só usava uniforme de trabalho e pijama, que esqueci que preciso de roupas novas para o dia a dia e claro , pra sair, até porque não vou passar quase 1 mês num país incrível sem sair pra me divertir, tá na hora de me abrir pra vida social novamente. Vou deixar pra fazer compras lá

Já estava cansada então vou me preparar pra dormir porque amanhã EU VOU PRO CATAR BABY!!

the way i loved youOnde histórias criam vida. Descubra agora