If I Killed Someone For You || YunGi

When I killed someone for you

Quando Mingi terminou de explicar, a primeira coisa que Yunho fez foi levantá-lo dali e levá-lo ao banheiro, preparando a banheira para tirar todo o sangue do corpo.

Não era dele.

E nem deveria ficar com ele.

Mingi havia voltando para casa em estado de choque e só consegui ir até a casa de Yunho pois precisava ficar com o namorado.

Não conseguiu pensar em mais ninguém.

Quando Yunho tirou o moletom do namorado, pode olhar melhor a roupa repleta de sangue enquanto Mingi não sabia o que fazer. Tirou a roupa dele e apenas o viu sentar na banheira enquanto ficava encolhido, olhando para a água enquanto o mais velho tentava tirar o sangue seco com o sabão.

── Onde deixou a arma...?

── Eu... Eu joguei no rio...

Mingi podia ter problemas com raiva... mas nunca pensou em matar alguém, nem ao menos alguém desprezível como o ex do namorado. Yunho não sabia o que fazer para que ele falasse com ele...

Isso até ter uma ideia.

Ele deixa a esponja de lado e se levanta, comecando a tirar a roupa enquanto Mingi ficava confuso. Antes mesmo de comentar algo, Yunho entra também — parte da água saindo — e se sentando na frente do namorado.

── Y-Yunho, eu estou sujo...

── Eu também, por isso quero me lavar também ── diz, segurando as mãos do rapaz ── Estão limpas, viu?

── Eu matei alguém Yunho, como você pode...

── Você não matou ninguém, foi um acidente ── diz ── Ele era louco, você estava se defendendo.

── Ninguém vai acreditar em mim e mais alguma confusão eu sou preso... ── os olhos estavam brilhantes ── Y-Yunho, eu não quero... eu errei, eu sei, mas eu simplesmente não quero ficar longe de você e da vida que tenho agora...

── Você não vai...

Uma lágrima acaba escorrendo dele e Yunho acaba se aproximando para limpar.

──  Yunho, quando eu escutei o disparo e vi que tinha sido nele... eu não senti nada por segundos ── diz ── Era como se... se eu quisesse aquilo? Y-Yunho, e-eu não sei como me entregar... até tentei pensar em como ia explicar... principalmente pelos demais tiros que não foram em defesa...

Yunho acaba se afastando, deitando a cabeça do outro lado e pensando.

── Eles não vão escutar você, nunca escutam ── Yunho acaba falando o óbvio, vendo Mingi olhar para ele ── Ele é filho do diretor... óbvio que ele não vai te deixar em paz, nem ao menos deixar você voltar a escola...

Mingi acaba cobrindo o rosto, não sabendo como ia ser daqui para frente.

── Eu matei alguém por você ── ele acaba levantando o rosto ── Eu... Eu o mataria de novo se ele ousasse tentar se aproximar de você...

Yunho levanta a cabeça, vendo olhar para suas próprias mãos.

── Ainda... iria segurar minhas mãos sujas de sangue?

Yunho olhou para as mãos do namorado e segura as duas, balançando de um lado a outro antes de falar algo que fez o coração do outro parar por segundos.

── Elas não estão sujas ── diz ── Se estivessem, iria lavá-las de novo...

Yunho se levanta um pouco para poder ficar mais perto do namorado, sentando por cima dele enquanto sentia as mãos úmidas o trazerem para mais perto. Ficou acariciando o rosto do mais novo, pensando no que iria acontecer caso aceitasse a ideia da cabeça.

Mas até lá, apenas o beijou e tentou esquecer tudo por aquela noite.

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O celular de Yunho teve umas quinze ligações apenas de San e outras dez de Hongjoong, apenas perguntando onde ele e Mingi estavam e se iam ou não aparecer no filme.

Yunho só queria ficar deitado na cama, mechendo no cabelo de Mingi enquanto ele dormia do outro lado. Parecia tão calmo... nem parecia o Mingi de antes que entrou na sua casa com sangue que não o pertencia e tremendo, assustado com o acidente.

Só quis parar no tempo e ficar daquele jeito por mais tempo.

Pela janela e vendo as luzes azul e vermelha que acabaram colorindo o quarto, ele acabou se levantando e indo até lá, dando olhada no carro da polícia que acabou passando pelo seu bairro, possivelmente procurando por Mingi.

Se fossem até a delegacia... iria mudar algo?

── Yunho...?

Mingi havia sentido falta do namorado na cama, mas logo Yunho voltou a deitar e sendo puxado mesmo para um abraço. Riu fraco enquanto voltava a mexer em seu cabelo...

── Consegue dormir sem a coruja olhar para você?

── Nem sei como consegui... ── comenta, levantando a cabeça ── Yunho, eu acho melhor...

── Vamos embora.

Mingi acabou se afastando um pouco e se apoiando na cama, não entendendo o que estava acontecendo.

Yunho também se levantou.

── Vamos fugir. Nós dois ── diz ── A polícia não vai declarar você inocente e vai ser preso por um crime que não cometeu, apenas por defesa daquele louco...

── Para onde iríamos?

── Eu tenho minhas economias. Vamos embora para bem longe, para onde ninguém vá nos achar... até mesmo para outro país se possível ── segura sua mão ── Não vou deixar você ser preso por nada.

── Yunho, você tem sua vida aqui! Não pode abandonar tudo e fugir comigo.

── Você faria o mesmo por mim, ou não?

── S-Sim, mas eu não tenho nada sem ser fichas na polícia...

Yunho acaba se aproximando mais dele e tocando em seu rosto.

── Você tem a mim do mesmo jeito que eu tenho você. Não vou conseguir viver uma vida onde você não esteja comigo ou cumprindo uma pena que não pertence a você...

Mingi sabia que não ia fazer Yunho mudar de ideia pelo simples jeito de saber como a cabeça do namorado funcionava.

Por isso começou a chorar sem muito controle enquanto Yunho o abraçava.

Estava pagando pelos seus pecados e Yunho queria ficar com ele mesmo assim.

Os dois iriam pagar juntos.

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Notas finais

Eu amo qualquer música do Alec Benjamin e pretendo usar mais dele futuramente... apenas uma fic com o gostinho da minha música favorita para as minhas pessoas favoritas.

Obrigado por lerem!