1- Nova vida.

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Estou com medo, não posso negar. Quando você se muda de escola, de cidade, de estado você só consegue pensar se irá se acostumar rápido, se irá se inturmar rápido ou se sentirá menos falta do que no começo. É como deixar uma vida para trás. Amigos, conhecidos, costumes. Mas não posso negar que essa mudança é necessária e que tenho maior chances em uma cidade grande. Pelo menos é isso o que os meus país dizem. E eu não posso discordar.

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No fim da janta, após lavar meu prato escuto minha mãe me chamar. Vou para a sala onde estão ela e meu pai.

- Chamou, senhorita Olívia? - falo entrando na sala, com um sorriso no rosto - Sim, eu já lavei a louça.

- Acho bom mesmo, mocinha. Mas não foi para isso que te chamei, Alana. - minha mãe olha com uma cara mais séria. Eu não imagino o porque que ela tenha me chamado se não fosse por isso. Será que minhas notas não foram tão boas assim esse ano?

- Filha, por favor, sente-se. Eu e sua mãe queremos falar com você. - foi a vez de meu pai se impor.

Faço o que ele me pede. Milhões de pensamentos invadem minha cabeça e não consigo achar um lógico que venha no momento, mas tento parecer calma.

- O que houve? Vocês estão sérios. Alguma coisa relacionada à escola?

- Não, aliás, parabéns filhota, estamos orgulhosos. Suas notas foram muito boas. - minha mãe me elogia.

- Sempre nos dando orgulho! - meu pai se senta com um sorriso pequeno no rosto - Mas não é sobre isso. Sua mãe recebeu uma proposta de emprego que não podemos negar. Com o dinheiro podemos dar condições melhores à você.

- Isso é incrível mãe! Agora eu que estou orgulhosa da senhora.

- Obrigada, filha. Mas teremos que nos mudar para o Rio de Janeiro se eu aceitar. Abrir mão de tudo que temos aqui seria difícil. - diz olhando para o meu pai.

Meus pais tem um restaurante aqui em São Paulo. Mas quem o administra mais é meu pai. Minha mãe é tão ocupada quanto sendo enfermeira. Eu ajudo meu pai quando é preciso. Minha mãe tem razão, seria difícil abrir mão de tudo aqui.

- Já disse, amor. Não precisa se preocupar, com o restaurante me preocupo eu! - fala com uma cara de dó - Sua mãe é tão teimosa quanto você, Alana.

- E minha escola? Meus amigos? Teremos que deixar para trás? - olho para os dois intercalando. Não adianta fazer birra, tenho que aceitar cedo ou tarde, e é uma proposta incrível para a minha mãe - Quando vamos nos mudar?

- À duas semanas - meu pai diz. E por fim, me permito sair da sala e ir para meu quarto pensar.

É disso que eu preciso, pensar.

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Minha primeira história aqui, os capítulos vão ser curtinhos de início. Espero que gostem!!

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⏰ Última atualização: Jan 19 ⏰

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