misfortune

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POV Michael


Eu provavelmente trouxe coisas demais, principalmente porque só irei ficar esse final de semana, mas sinceramente, eu não estava pensando. Ou melhor, estava pensando sim.

"Me chamo Stefani".

Ela se chamava Stefani. Sabia que Lady Gaga era apenas seu nome artístico, mas Stefani estava longe de eu imaginar ser seu nome. É comum, é simples, não é extravagante, assim como ela é no privado. Fecho os olhos, descansando as costas da mão sobre os olhos e pensando naquela noite. Eu disse que não iria me envolver com ninguém, mas a conversa com ele me deixou um pouco, incomodado?
Não no sentido negativo, estava intrigado pra falar a verdade, gostaria de saber mais sobre ela, saber quem era Stefani, do que gostava.

Mas nós paramos. Paramos de trocar palavras quando outras pessoas chegaram, estava gostando de ouvi-la. Creio que não poderei culpar o Mark por ter me feito vir aqui em Los Angeles somente por isso, até por que não é só isso. Eu tenho que confessar, estou curioso pra saber quando verei Stefani de novo. Posso trabalhar daqui, nada me impede de abrir meu laptop e mandar as coordenadas pra o Josh. O que me resta é recorrer ao Mark para tentar conseguir, lógico que não irei deixar muito na cara, mas uma reunião entre amigos me fará ter outra oportunidade, vou desvendar aquela loirinha. Então, decido ligar para o Mark.

Ligação Mark on.

Ela não atende, então tento de novo.
...

Mais uma vez ele não está atendendo. É a segunda vez que eu ligo em quinze minutos, e também não tive respostas para as mensagens que tenho enviado. Será que ele ainda lembrava que eu estava na cidade? Preciso arrumar meu carro. Não posso continuar dependendo dele para caronas.

Será que ele está com ela?

Se bem que poderia estar dormindo também, além disso, minha irmã está no trabalho, sim, Sylvia trabalha, e ninguém aqui esta disposto a me acompanhar para lugar nenhum. O movimento está fraco esta noite, e talvez será assim até eu ir embora.

Eu poderia ligar pra ela. Trocamos telefone. Se ela se sentiu a vontade para me dar seu telefone pessoal é por que ganhei sua confiança para isso. Será mesmo que eu ligo? Não quero parecer um desesperado. Porra, Michael, você parece um fudido nervoso que não sabe se comportar. Tenha calma.

Merda.

De repente ouço a notificação no celular. É o Mark. Finalmente esse puto viu minhas ligações e mensagens.

- Oi cara, desculpe não atender antes, estava resolvendo uns assuntos com a gravadora - ele diz em primeiro momento.

- Tudo bem, não era nada urgente afinal.

- Mas me conta, alguma novidade? Volta quando pra Nova York? - pergunta.

- Ainda não sei, tô pensando em passar uns dias na cidade, faz tempo que não passo mais que um final de semana, acho que mereço uns dias fora de Nova York.

- Michael, é sério. Você tá se sentindo bem? Por que realmente não parece o Michael que eu conheço. - ele fala como se estivesse realmente preocupado.

- Eu tô, ué. Por que não estaria?

- Você tá realmente me falando que vai passar mais dias em Los Angeles? Algum motivo externo para isso? - deu tom de voz muda.

- Não, poxa. Não posso mais ficar onde quero?

- Poder pode, mas é realmente muito estranho. - ele diz.

Sweet LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora