Poema do fim do mundo

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Por que te inquietas, amor?
É sempre fim do mundo em algum lugar
Quem te iludiu que a vida é bela?

Todo dia o sol nasce e se põe
As flores lindas desaparecem
Nada na natureza se opõe
Tudo sempre passa e se esquece

Viver é esperar a morte, amor
Mas a gente não gosta de pensar assim
Quem já viu amor na guerra?

Somos apenas humanos
Vivendo dias humanos
Tendo problemas humanos
e achando isso difícil demais

Mas existe algo implícito nesse jeito seu
Entre lágrimas de tristeza e sorrisos de alegria
O cinza das paredes e o laranja do céu
Dedos cruzados esperando boas notícias

Sonhar é fazer tudo isso valer, amor
No breve instante do existir, o milagre da vida
Quem é que conta os segundos na terra?

Pois se há algo a se apegar, que seja então
Um sentimento de esperança profundo
Porque esse, meu bem, preste atenção
É o último que morre no fim de tudo

Enquanto Eu ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora