-Toma.-Finney entrega um pote de vidro cheio de papeis dentro, com um pequeno post-it laranja dando um titulo ao presente que o mesmo havia feito para Robin.-
-O que é isso, gatito?-Robin pergunta com uma expressão confusa, observando cada detalhe...
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—FINNEY BLAKE.
O brucutu estava me usando de travesseiro, cada segundo dessa aula pareciam horas. Obviamente era a bomba da aula de história.
Enfim, graças a Deus tinha acabado e nós já estávamos liberados para a próxima aula, durante a troca de salas Robin me alcança no corredor
-Bora matar aula nas arquibancadas de novo?–Robin diz animado–
-Na aula de espanhol? É sério?–eu dou risada–Pode ser, não estou muito afim de assistir aula mesmo.
-Eu ouvi um amém? Me belisca, só posso estar sonhando, Finney Blake, o certinho da sala aceitou matar aula comigo sem insistência ou chantagem emocional?
-Tá querendo trabalhar no circo, palhaço? Eu já já mudo de ideia e faço você ir junto comigo 'pra aula–eu falo e coloco minha mochila nas costas–
Estávamos à caminho das arquibancadas e Robin não havia parado de falar nem por um minuto
-Ele tentou roubar meu skate, acredita? Ah, inclusive vou te ensinar a andar nessa belezinha aqui–ele aponta para o seu skate–É super fácil
-Ata, já 'tô aprendendo já–eu ironizo–
Corta para a parte em que eu estou parecendo uma criança de 7 anos aprendendo a andar de bicicleta sem rodinhas.
-Vai, Finn! Você consegue.–ele dizia isso várias vezes enquanto segurava meus braços–
-Me solta, eu já sei andar!–eu falo e não demorou muito até eu bater a cara num poste e cair de costas no chão.–Caralho, Robin! Você disse que eu não ia cair, Judas.
-Você mandou eu te soltar!–ele diz–
-Desde quando você me obedece?
-Sem perguntas, vem, levanta–ele estende sua mão, sem perder tempo eu o puxo para cair ao meu lado–
O meliante não caiu do meu lado, ele caiu em cima de mim, ficamos ali, intactos por 1 minutos e eu não aguentava mais ele olhando 'pra minha boca. Lasquei um beijão mesmo!
-Era só um teste, 'viado.–eu falo–
-Tu que é.–ele diz se levantando–
-Tu que deixa–eu falo voltando para a arquibancada e colocando um lado do fone, oferecendo o outro para ele–
Sim, nós agimos como se isso fosse algo do nosso cotidiano, ninguém pediu para esquecer o que aconteceu, pois, eu pelo menos, tenho maturidade e consigo lidar com isso.
Nos fones estavam tocando "Me gustas tu", uma música que ele havia me recomendado enquanto estávamos matando aula, aqui mesmo.
-Essa música é boa, já procurou a tradução?–ele rompe o silêncio confortável entre nós–
