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Amorin

Chego na sala de reuniões e chamo Nari com um gesto até a porta.

- Onde está os meninos? - pergunto me referindo aos outros integrantes da equipe.

- Foram enviados junto com os grupos que saíram para turnê. - verdade havia me esquecido.

- Ok! Então vou precisar que faça duas coisas para mim.

- Pode falar.

- Primeiro preciso que pesquise tudo sobre a vida de Kin Su Han e sua família, namoradas, amigos, histórico escolar, tudo tudo tudo. Segundo preciso que tire o advogado de perto do sr. Kin sem que ele desconfie. Você consegue?

- Considere feito.

Entramos novamente na sala e nos sentamos de frente para eles.

- Pesso desculpas pela demora. Os srs. Realmente nos pegaram de surpresa. - falo me ajeitando na cadeira. - gostaria de saber se você está ciente sr. Kin, que levantar uma acusação sem as devidas provas é crime de perjúrio e que pode levar até dois anos de prisão?

- Meu cliente está ciente de sua citação e de seus direitos.

- Sendo assim, pode me dizer com base em que estam fundamentando a acusação?

- Meu cliente testemunhou tais atos e está disposto a prestar testemunho no tribunal.

- Advogado, sejamos francos, o testemunho de um homem sem provas não pode sustentar uma acusação.

- É por isso que pedi permissão do juiz para fazer uma vistoria nos dados contábeis e registro da Big Hit. - ele diz me entregando o documento assinado pelo juiz.

- Bem! Você verá que não temos nada para esconder. - digo me levantando e sendo seguida por todos da sala - Nari, por favor entregue ao advogado os documentos solicitados. Espero que não decida ir ao tribunal, isso seria uma grande perda de tempo.

- E traria muito problemas para imagem da Big Hit, imagino eu. - ele responde sarcástico

- Por favor senhor, me acompanhe. - Nari diz o tirando da sala, deixando o sr. Kin para traz

- Kin Su Han. - chamo ao ve-lo se dirigindo para a saída da sala. - posso lhe perguntar uma coisa? - ele acena positivamente - Porque você não me parece de fato interessado nesse processo?

- Por que se importar? O seu trabalho é defender os interesses da empresa não os meus. - ele fala frio.

- De fato. Mas antes de ser uma advogada da Big Hit eu sou uma pessoa que se importa com o bem estar das outras e você não está bem. É nítido o cansaço em seus olhos.

- Você só quer me convencer a desistir do caso com joguinhos emocionais.

- Não preciso me rebaixar a tanto para ganhar um caso. Estou realmente preocupada. Você não parece querer o que está acontecendo. Você não me parece o tipo de pessoa que se vinga por não ter o que quer.

- Porque? Porque eu pareço fraco?

- Porque você é bom e honesto.

- Infelizmente não importa quem eu sou e sim quem eu devo ser.

- E quem você acha que deve ser?

- Devo ser o orgulho da Kin's Internacional. - ele diz se referindo a empresa da família e se virando para sair.

- Pois eu acho que a única pessoa que você deve ser é você mesmo. - digo e vejo ele me analisar por um instante e sair.

Respiro fundo e analiso o que eu tinha como recurso. Sair daquela situação era fácil, o difícil seria garantir que ao final daquilo a reputação da Big Hit permaneceria intacta. É .... parece que meu domingo acabou de pegar o primeiro voo para nunca mais.

Namjoon

Vejo Amorin sair pelo corredor rumo a reunião. Ela parecia saber o que fazia e o fato de Bang Si-hyuk ter escolhido ela para o caso só confirmava isso, ele sempre teve o dom de enxergar talentos onde ninguém mais via. Ele viu isso no Jin, viu que apesar de seu objetivo ser de se tornar ator, seu talento estava na música e investiu nisso. Me viro para CEO e logo falo.

- Senhor, precisamos conversar. - ele precisava saber o que pretendíamos antes dela dar a sua resposta.

- É claro, venham vamos até a minha sala.

Assim o dizemos é quando chegamos sentamos todos no sofá de frente para ele.

- Se estão preocupados com o impacto que os recentes acontecimentos terão sobre a imagem do grupo, podem ficar tranquilos. Irei providenciar para que isso não os atinja. Agora sobre a renovação do contrato, vejo que já foi feita. Pretendo anunciar a novidade na próxima semana. Junto é claro com a notícia de um novo integrante. Aliás, já o encontraram? - ele pergunta e nós entre olhamos nervosos.

- Bem... é exatamente sobre isso que queríamos falar. - digo.

- Nós encontramos sim. Mas estamos aguardando a resposta da mesma. - Jin fala.

- Ora, até que foi rápido. - ele comenta surpreso - ela? Então é uma garota? De qual das candidatas estamos falando. - ele pergunta pegando seu Ipad para procurar a ficha da candidata.

- Na verdade ela não é uma das candidatas. - Jimin fala sorrindo.

- Mas ela dança super bem. - J-Hope fala ao ver a expressão confusa e  desconfiada do chefe

- E canto maravilhosamente.  - Jungkook complementa.

- Além de ser gentil, honesta e confiável. - Taehyung

- Ela é perfeita e cativou todos nós logo no primeiro encontro nos trazendo de volta a inspiração. - Yongui conclui deixando Bang Si-hyuk ainda mais surpreso.

- E quem seria ela? Sabe que precisamos averiguar os antecedentes antes mais nada.

- Bem, creio que não terão dificuldades para isso já que ela trabalha aqui. - digo e o vejo arquear a sombrancellha - estamos falando da Amorin.

Quando falo isso tanto eu quanto os garotos ficamos tensos. Não tinha certeza de como ele lidaria com aquilo. Afinal ela era uma estrangeira que com exceção dos olhos levemente puxados não tinha nenhuma característica em comum com os coreanos. Seus cabelos eram ondulados e levemente cacheados, em um tom vivo de castanho, sua pele era clara, não tanto quanto a coreana, sua altura era mediana, provavelmente tinha 1,60. Diferente das mulheres coreanas, seu quadril era mais largo e seu corpo possuía lindas curvas, muito bem definidas, como a de um violão. Seus seis não eram muito grandes, isso ela tinha em comum com as coreanas. Em compensação suas nádegas eram maiores que as coreanas. Infelizmente a os haters e até mesmo a mídia não são muito positivas com aqueles que fogem ao padrão definido por eles. E o padrão para o K-poper são mulheres com traços asiáticos. Mas Amorin, mesmo não os tendo era linda. Cada traço do rosto, cada curva, cada fio de cabelo. Espanto esses pensamentos e me advirto mensalmente. Céus o que está acontecendo comigo?

Volto a analisar a reação do CEO. E surpreendentemente ele não parecia zangado, na verdade eu diria que naquele momento ele era um eniguima.

- Quando fizeram a proposta a ela? - perguntou simplesmente

- Ontem a noite. - respondo.

- E o que ela respondeu?

- Ela ficou preocupada que isso fizesse mau ao grupo ela queria recusar, mas então a convencemos pensar melhor antes de responder de forma definitiva. - Jin fala e assim que acaba ouvimos leves batidas na porta.

Garota dos meus olhos - btsOnde histórias criam vida. Descubra agora