Conversa entre amigos

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Mari usou o hiraishin para aparecer na porta da sua casa e entrou. Foi pra sala e eles estava dormindo, guardou o manto, foi até a cozinha pegar uma garrafa de alguma bebida forte e se dirigiu para a varanda. Se sentou no chão e ficou admirando a lua. Logo sentiu alguém vindo.

Mari: Não vai dormir? - Se virou para Gaara que se aproximava.

Gaara: Não posso. Se eu dormir, ele toma o controle. - Falou se referindo a biju - E você?

Mari: Não consigo. Sempre que tento vejo minha família sendo assassinada, um por um. - ele queria ir até a varanda então a ruiva o chamou - Vem aqui. - ele foi e ficaram quietos por um tempo.

Gaara: O que o Kazekage queria?

Mari: Ele me chamou para ser sua conselheira.

Gaara: E você aceitou?

Mari: Sim, mas ele disse que eu ainda serei uma genin. Também pediu para ser "A Princesa de Suna".

Gaara: Uau. Ele trata você bem - sua voz parecia triste.

Mari: Ei... - Olhou para ele - Pelo menos você tem alguém.

Gaara: Acho que alguém que tentou te matar não conta.

Mari: Pense pelo lado bom, isso está te deixando forte, ele está indiretamente te treinando.

Gaara: É... Mas e o seu pai? Você nunca fala dele.

Mari: Ele morreu quando eu tinha uns 5 anos. Mas ele era legal mesmo sendo sério e frio às vezes e sempre me treinava. Me contava histórias de quando ele era criança, dele e de seu melhor amigo. Como eles dois queriam a paz e seu amigo se rebelou e tentou o matar. Que o seu irmão foi morto pelo irmão do seu melhor amigo. - ela olhou atentamente para a lua segurando as lágrimas - Ele sempre disse que eu era muito parecida com uma antiga amiga dele, que eu era a sua princesinha e salvaria esse mundo com o meu poder. Sempre que eu estava triste ou chorando, ele falava que eu não deveria chorar nem demonstrar meus sentimentos já que princesas não choram e meus inimigos usariam isso para me atingir. Ele me treinou para ser uma guerreira que sempre batalharia pelo bem de quem ama. Até me ensinou "a arte de matar figurante". - disse dando risada - 2 anos depois que ele morreu, meu nisan disse que não podia mais me criar. Foi aí que me mudei e consegui uma nova familia. Um novo pai, uma mãe, três irmão, um avô e quatro tios. Era todo mundo junto na mansão até eles decidirem me mandar pra cá. Perdi mais uma família mas aqui estou, não tinha muito o que fazer. - Quando percebeu já estava chorando, não conseguia segurar e então enxugou as lágrimas - Me desculpe.

Gaara: Sinto muito, não deveria ter perguntado.

Mari: Não! - olhei para ele - Não se desculpe, a culpa é minha. Uma coisa que minha mãe me ensinou foi a viver tudo como se fosse uma despedida, porque é. Eu não fiz isso, me apeguei as pessoas. Agora estou separada deles. Tá tudo bem.

Gaara: Pelo menos você ama o seu pai e ele te amava.

Mari: Você odeia seu pai, não é? - ele assentiu - Uma coisa que somente os fracas não percebem é que o ódio está aqui para proteger o amor. As pessoas te julgam você por como reagiu as coisas que lhe fizeram.

Gaara: Você fala como se soubesse disso a muito tempo. Assim parece que é uma velha.

Mari: - Ri - Pessoas como nos amadurecem com a dor, não com a idade.

Gaara: Tem mais alguma frase filosófica? - Perguntou ironicamente.

Mari: Deixa eu ver... - conjurou um livro de frases filosóficas e apontou para uma das frases iluminada pela luz do luar - Essa aqui ó: "Pra viver você precisa de um propósito... Viver por nada é o mesmo que estar morto!".

Uchiha Mari - Primeira TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora