~•~•~•~CONCLUÍDA~•~•~•~
Exílio!
É para lá que todos vão, aqueles que foram amaldiçoados para todo o sempre submetidos a viver no lugar escuro longe da luz e da sociedade, onde são evitados por todos, perigosos para o mundo. Exilados do seu próprio s...
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Quando você pensar em desistir, não faça pois desistir é para os fracos, lute até morrer - assim como lutarei para escapar da minha prisão!
***
Talvez morrer agora não era a idéia, não era a minha hora, talvez eles tenham me dado uma chance, impossível que seja verdade, ou só estão preparando os temperos para o prato principal.
Eu!
Abri os olhos com dificuldade, eles estavam pesados, mais fiz esforço para abri-los, a claridade atrapalhava a visão mais ela desembaraçou com o tempo.
Mexi meu corpo percebendo o quanto estava dolorido, e a posição que eu estava não era nada agradável. Quando minha mente voltou a funcionar, lembrei do que havia acontecido, me despertando por completo.
Algo machucava minhas mãos, olhando para a mesma, vi as cordas amarradas nas mesmas unidas uma com a outra, a corda ia até uma parede onde era suja e rabiscadas.
Olhei ao redor de mim para ver onde eu estava, parecia ser uma cela, uma cela suja e fedida de apenas uma que iluminava o local, quando visualizei mais a frente, me assustei ao ver um esqueleto de um cadáver.
Aquilo me fez engoli em seco. Comecei a me desesperar para sair rapidamente daqui. a posição em que me colocava era sentada com as mãos para cima amarradas a frente, o calor era tenso que grudava os fios de cabelo em meu rosto.
Era início do começo da primavera, mais o inverno ainda se fazia um pouco presente no clima. Olhei novamente para as cordas que prendiam minhas mãos, então puxei.
Comecei a puxar como se a corda fosse se partir com a pressão, era ridículo eu sei. Mas eu tinha sair dali, eu tinha que fugir, tinha que tentar.
Tentei várias vezes, tanto que causavam dor e machucava a mesma. Mesmo com dor, eu não podia desistir, não podia esperar que eles viessem aqui e me soltar para simplesmente me comerem.
A dor seria maior, e desistir eu não vou!
- É inútil!
O som da voz baixa, mais áspera para corroer a sua pele ecoou. Eu me espantei então olhei para a fora da cela e vi um ser sentado em uma cadeira de madeira poucos metros de mim com uma garrafa de vidro na mão.
Mais eu não conseguia ver seu rosto apenas metade do seu corpo por conta do escuro que era fora da cela, aquilo me assustou, será que era outro prisioneiro?
Acho que não!
- Quem tá aí?
Perguntei tentando ver mais a posição que eu estava não deixava. Era mesmo inútil tentar me soltar desse jeito, que azar!
Seja lá quem era que estivesse naquela cadeira, se levantou e caminhou até minha cela. Os passos eram pesados, o bastante para ouvir o barulho dos pés, eu ainda não conseguia ver o seu rosto pois a claridade só me permitia ver sua calça marron que ia até as a cima do joelho com alguns rasgos no mesmo.
Seus pés eram grandes, e vi as veias grossas de suas pernas marcando trilhas, a pele tão pálida com cor de uma mistura cinzentada.
Aquela coisa parou diante a cela e ficou em silêncio, fiquei tensa esperando o que ele faria a seguir, ele se moveu e então colocou a mão na grande e o observei ele se agachar, mais sua face ainda era desconhecida.
Então eu finalmente o vi quando ele se aproximou da luz. Minha reação apenas foi regalar os olhos e encara aquela coisa medonha, era ele era um deles. Ali, comigo, agora!
Veias marcavam em seu rosto, do pescoço até a face pálida, seus lábios rochosos e sem vida, destacava, seu olhar oco e vazio com globos de sangue ao fundo das raízes vermelhas, o cabelo loiro de um tom apagado era grande e desgrenhados dando um volume de cachos.
Apesar de ser um creep ele não era tão horrível como os outros aparentam, ele era diferente. A maneira da sua aparência física e distorcida, eu conseguia vê seus olhos um azul sem brilho, apagados sem vida. Mais não deixa de ser um monstro!
- Você fala!!!
Arfei desacreditada, tinha somente ele ali. Então era óbvio que foi apenas ele que emitiu o som da voz, mais como?
- Falo muitas coisas...
Eu só devo está louca, ou bati a cabeça muito forte no carro, ou então eu esteja só sonhando, sonho não um pesadelo. O pior de todos!
- Impossível.
Era difícil de acreditar, era surreal com o que eu estava vendo, principalmente escutando, eles não falam . Ele me encarava, de uma maneira que eu não sabia decifrar, talvez esteja pensando como irá me comer.
- Acho que fiquei louca.
Sussurrei baixinho, eu continuava a negar. Como posso acreditar no inacreditável? Volto a olhá-lo, ele continuava na mesma posição, mais em silêncio, parecia que não se cansava.
- O que tá olhando? Não vai me comer?
O questionei enojada, mais o que mais me impressionou foi que ele sorriu, um sorriso lascivo de escárnio, mais sorriu.
Ele me entendeu?
- Não acha que se eu quisesse, já teria feito isso?
- Eu não sei, vocês monstros não pensam. Vai saber se não estár só esperando os preparativos do banquete e eu ser o jantar principal.
Ele riu... ELE RIU!!!
‐ Tem razão, talvez eu esteja.
Engoli seco.
‐ O que fez com meu namorado? Onde ele estar?
Exigir sua resposta, eu queria acreditar que ele estaria vivo ainda, e que viria me salvar e que voltaríamos pra casa. Que idiotice!
‐ Dentro dos estômagos de meus companheiros.
Ele não exitou em responder. Virei o rosto não querendo acreditar no que ouvi, tentei segurar o meu choro, segurar o meu grito. Por que com ele? Por que com a gente? Thomas não merecia isso.
‐ Então por que estou aqui?
Voltei a encará-lo, mais com a dor em meu peito e a raiva em minha face. Jamais irei perdoa - los.
‐ Você mesmo já disse, é o prato principal não é?
‐ Seja lá o que for fazer comigo faça logo.
Me sacudi tentando soltar as cordas de minhas mãos.
‐ Não vou fazer nada com você!
‐ É mentira, vocês nunca nos poupariam.
‐ Deveria confiar em mim.
- E porque eu confiaria em você?
Pergunto achando suas palavras absurdas.
‐ Por que, eu te salvei!
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