Amelía Donavan teve uma infância difícil, acabou criando uma personalidade nova e mudando de cidade para recomeçar como a pessoa que não se importava com nada. Ela gostava de luxo, presentes e de levar a vida com facilidade, mesmo que precisasse usa...
Não me sinto confortável dando uma meta de favoritos, pois a leitura é pra ser divertida! Mas votem, por favor <3 Além de me deixar feliz, engaja a história!
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Eu posso abrir a boca e dizer com facilidade que a minha vida é perfeita. Eu faço a faculdade que gosto, treino duas vezes por semana como animadora de torcida do time de futebol da faculdade, tenho um namorado, um trabalho que paga bem e ainda arranjo tempo para aulas de judô.
Claro que algumas coisas acontecem ao longo dos dias, mas eu consigo resolver tudo rapidamente, e isso é... Perfeito.
Se eu pudesse riscar algo da minha lista, seria meu vizinho idiota.
Kris Vasquez, além de uma enorme dor de cabeça, era irritantemente lindo. Mais que isso, fenomenal. Claro que alguém com uma aparência como a dele tinha que ser um idiota completo.
Seu cabelo ruivo, mandíbula marcada, corpo malhado e 1,90 que carregavam também uma personalidade odiável. Mas quem sou eu para julgar? Eu não me importaria dele ser um cuzão se ele não me incomodasse. Ele é a pior espécie de vizinho!
Ele estaciona a moto dele em cima das flores que eu planto no jardim da frente como se ele não tivesse uma garagem, escuta rock/metal pesado de madrugada num som altíssimo e uma vez chegou bêbado e ficou batendo na minha porta! Que pé no saco! Ele tem sorte de que todos os nossos outros vizinhos são idosos que não importam com nada ou já teriam ligado para a polícia. Eu não liguei ainda porque ele me escuta quando eu brigo, -não peço, mas brigo para ele desligar o som.
Praguejei alto, levantando da minha cama com a paciência esgotada. Duas horas da manhã e eu mal posso ouvir meus próprios pensamentos com aquele cabeça de tomate ouvindo um solo de guitarra agressivo.
Coloquei as pantufas nos pés, indo até a varanda do meu quarto, que ironicamente ficava de frente à varanda do quarto dele.
Subi no ferro de apoiar as mãos na varanda, com todo o equilíbrio que consegui reunir e pulei direto na varanda dele. Certo, não é a primeira vez que eu faço isso, percebe-se. Como eu disse, tenho que vir aqui muitas vezes mandar desligar o som.
A portinhola de vidro era quase transparente e eu podia ver a luz neon azul brilhando dentro do quarto dele, o vidro balançava a cada batida da música. Franzi os lábios, me perguntando como ele ainda não tinha ficado surdo.
— Kris! — Gritei e bati na porta. — Kris!
Ele não me ouviria daquela forma, então comecei a bater com muita força na porta. Se ele não ouvisse, a porta cairia no chão.
— Frederico!
A porta foi aberta num rompante e eu dei um passo para trás com o susto. Coloquei a mão no peito, encarando os pés descalços de Kris. Lentamente, subi meus olhos pela calça moletom preta e simples. Uau. Ok. Belas coxas. Subi mais meus olhos e dei e cara o peitoral nu dele. Engoli em seco vendo seu corpo malhado. Era um belo contraste com a luz neon atrás dele. Seu peitoral era de tirar o fôlego, que vontade de enfiar a minha cara nele e pedir para ser sufocada... Amelia! Você tem namorado, pelo amor de...
