Renascido

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Algumas horas atrás na casa do Sehun...

O pai do Jae chegou a nossa casa transtornado, ele esperava que o filho estivesse aqui comigo, são 06:30 da manhã. Nenhuma noticia do Jae. Aparentemente ele saiu de casa de madrugada. O dia está escuro e chuvoso. Fico desesperado ao saber que o Jae sumiu, tanta coisa vem a minha mente, por que eu não ignorei a pressão dele, ele já sofre tanto calado. Olhei em direção ao meu sogrão e depois de questioná-lo ele me estende a mão e me passa a carta do Jae, meu coração acelera, sinto um medo e uma angústia crescente, ele acabou comigo através de uma carta.
Por uns segundos exito em pegar a carta, tem medo do conteudo dela, tem medo de ler que tudo acabou, que ele o odeia. Minha mãe me apressa e fala comigo com firmeza, poucas vezes ela usa esse tom comigo.

Me direciono a poltrona e me afasto um pouco deles, quero ler o teor da carta sozinho, respiro fundo e tomo coragem para ler o seu conteúdo.
Leio a carta do Jae e ela é uma carta repleta de dor e sofrimento e fico me perguntando como deve ter sido dificil para ele escrever essa carta. Ele entendeu tudo errado, eu nunca o deixaria, cara isso só pode ser um pesadelo. Por um momento olho para o meu sogro devastado e para a minha mãe, seu semblante está pesado e triste, muito preocupado também.

Volto a ler a carta e me incomodo com os olhares de julgo deles, eles devem estar pensando que sou o culpado, mas será que a culpa não é minha? Eu deveria o ter abraçado na saída do banheiro, ter beijado ele e apenas ignorado, dito uma mentira, poderia ter dito que era meu pai na ligação. Ele deve estar desesperado, triste, sozinho, será que ele está bem? Essa carta é de despedida? Ele apenas foi embora ou ele vai tirar a sua vida? Não meu Deus, não permita que nada de mal aconteça a ele. Eu tenho que encontrá-lo, eu preciso encontrar o Jae.

Por alguns minutos me calo, mas não consigo mais me conter e choro copiosamente, me desespero, observo meu sogro e minha mãe chorando também. Minha mãe se levanta e vêm em minha direção , sem falar nenhuma palavra ela apenas me abraça, me sinto desolado, mas não consigo parar de pensar no Jae

Mas meu Deus, como ele foi capaz de escrever essa carta e imaginar que eu o desprezaria por isso? Porra Jae, como você pode fazer tão pouco do meu amor por você. Será que eu não deixei claro o suficiente pra você todo o amor que sinto. Não consigo conter as minhas lágrimas, eu nunca o julgaria, ele sempre foi uma vitima daquele escroto.

Decido procurar por ele, me levanto e vou para o meu quarto,pego o telefone e ligo para a In Nayeon, seu celular chama várias vezes e cai na caixa de mensagem. Essa vadia precisa me atender.

Penso em ir na casa dela, me lembro que ela disse onde morava, só não disse o endereço certo. Coloco uma roupa e quando estou pra sair de casa, cego de raiva, o telefone do sogrão toca e ele o atende, alguns minutos se passam e o sogrão desliga o celular muito transtornado.

- O que houve sogrão? Alguma noticia do Jae, por que os senhor está com essa cara? Aconteceu alguma coisa?

- Era uma assistente social do HIS, do hospital internacional de Seul informando que o Jae está lá. Ela me pediu para ir o quanto antes pois o Jae deu entrada no hospital nessa madrugada vitima de um acidente de carro.
-Meu Deus , mas e o Jae? Alguma notícia mais precisa sr Park? ~Minha mãe o questiona, Enquanto falamos ele transtornado começa a se direcionar para a saída de casa.

-Não, eles disseram que ligaram pra minha casa e não conseguiram me encontrar, então eles ligaram para o colégio do Jae, ele estava com a identificação do colégio e através dela eles entraram em contato e conseguiram meu número pessoal. Eles me pediram para ir o quanto antes, pois ele está em cirurgia e eles precisam que eu vá para lá assinar as documentações.

- Eles não falaram das condições do Jae? Sogrão não disseram mais nada? Ele está em risco?

- Sehun só me foi passado isso, não tenho mais informações

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