Marcação Cerrada - Richarlison e Jungkook

capítulo 1

Bati minha cabeça no ombro de Son Heung-min.

- Me mate agora!

- Ah, por que tanto drama? - Heung-min passou um braço em volta de mim e me arrastou pelo portão do campo de futebol atrás de nossa escola. - É apenas por dez semanas.

Aff!

- Odeio o Dr.Trooper. Como ele pode fazer isso comigo?

Uma risada escapou de Son. Era típico dele soar tão relaxado. Nada o perturbava, não importava o quão grande fosse o problema.

- Vamos, Andrade. Realmente não é o fim do mundo.

- Você só diz isso porque você não precisa ficar sentado ali! - Apontei o polegar por cima do ombro para o banco nas laterais.

Mas ao ver o olhar impotente de Son e seu encolher de ombros, diminuí minha frustração. Não era culpa dele que minha perna estivesse estragada no inverno. Era cortesia de um garoto jogador dos Lobos Raivosos de Riverfalls. Ele quase chutou minha rótula para o espaço sideral durante uma partida recente.

Rapaz, aquilo doeu. Eu queria chorar como um bebê. Exceto, que havia muitos caras por perto para realmente fazer aquilo.

Son me soltou, abaixou-se e puxou a meia esquerda para cobrir a caneleira. Enquanto ele amarrava os cadarços das chuteiras, inclinou a cabeça para olhar para mim e apertou os olhos contra o sol desta tarde de final de novembro.

- Você vai ficar e assistir ao treino? Lisa deve aparecer mais tarde.

Sorri.

- Esse era o meu plano. - A namorada dele, Lisa Matthews, era uma das minhas melhores amigas e conversamos por telefone antes de eu vir para cá.

- Bom. - Son correu até Pedro, Harry Kane e Alisson Becker - todos membros do Grover Beach Bay Sharks.

Balancei meus dedos para eles quando olharam na minha direção, antes de me dirigir para o único banco na frente das arquibancadas na lateral.

As próximas dez semanas seriam uma verdadeira tortura.

Quando cheguei ao banco, olhei para cima novamente e - que diabos - parei.

Um cara estava esparramado no assento, a cabeça apoiada nos braços cruzados, olhando para o céu. Ou talvez ele estivesse dormindo. Não consegui distinguir, porque ele puxara a aba de seu boné para baixo em sua testa. Fones de ouvidos estavam plugados.

O som de funk chegou até mim, mesmo a um metro e meio de distância. Hmm, ele tinha bom gosto musical. Mas roupas... nem tanto.

Tênis marrom escuro, short marrom e uma camiseta amarela davam a ele uma aparência maluca de Charlie Brown.

Não sabia quem ele era, nem por que estava ocupando meu lugar, mas como eu ainda fazia parte desse time de futebol e ele não, era justo mandá-lo embora. Havia lugares vazios suficientes nas arquibancadas, onde ele poderia continuar sua sesta da tarde de segunda-feira.

Aproximei-me dele, bati em seu joelho com as costas da mão e esperei até que ele puxasse os fones de ouvidos; bem, pelo menos um deles.

- Ei, Charlie Brown, este é o meu lugar. - A força da minha voz não deixava espaço para discussão, ou assim eu esperava.

O cara inclinou a cabeça na minha direção, tirou o boné e passou a mão relaxada pelo cabelo curto, que era da cor do sol batendo no vidro. Piscou seus olhos azuis algumas vezes. Um sorriso lento apareceu em seu rosto.

- Desculpe, não sabia que o banco tinha o seu nome nele.

Hah!

- Bem, se você olhar novamente, encontrará esculpido em uma das tábuas em algum lugar.