meow meow ↻ kookmin

gatinho gordo ↻

O gatinho gordinho miava por atenção, balançando seu rabinho para um lado e outro e a barriguinha branca e amarelinha quase arrastava no chão.

excesso de gostosura, era o pensamento do dono.

O loiro estranhava o comportamento do felino naquela manhã, demonstrava estar mais carente e rechonchudo, miava por tudo. Na noite anterior foi impossível pregar os olhos, pois o gatinho gritava, parecia de propósito. Park fazia várias perguntas, se ele estava com fome, com sede ou se não conseguia ir na caixinha de areia mas sempre era um miado em negação.

— Vamos ao veterinário hoje. — afirmou o dono que recebeu um miado em resposta. A autora aqui com toda certeza do mundo afirma que foi em negação. — Sem escapatória. Sem birra.

O gato deitado na confortável cama de Park, apenas miou em negação, logo voltando a se lamber novamente. Um humano não mandava nele, mas ele mandava no humano.

— Precisamos conversar, você é muito complicado! Eu te dou água, ração Premium, sachê de 1° mão e uma cama enorme. E o quê recebo em troca? você fugindo para ir na praça com aqueles seus amigos que são envolvidos com caça de ratos e gangues de gatos. E eu sou um pai ruim? — o loiro indagava, apontando para si mesmo e o gato apenas escutava atentamente, mas não o suficiente para escutar até o final. Somente saiu do quarto e foi para a sala, cansou de ouvir reclamação de sua vida com adrenalina. — Isso! Desrespeita seu pai que só quer seu bem!

Gatos adolescentes eram complicados.

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Chegar na clínica veterinária nunca foi tão difícil. O gatinho gordinho se recusou a entrar na sua caixa de transporte de todos os rejeitos, era miado para lá e reclamações do dono para cá. Nessa briga, infelizmente, gatinho perdeu e caiu em uma emboscada com sachê de frango ao molho fazendo entrar na caixinha sem pensar duas vezes. Porém, o caminho todo para a clínica foi miando cada vez mais alto para irritar o dono.

Na sala de espera havia alguns pacientes, sendo dois gatinhos, um branquinho, o outro estilo talking tom, assim que Park deu entrada na ficha, entrou um Pitbull dos pêlos negros, bem sério e comportado. Depois de já ter passado às informações e preenchido o formulário de consulta, foi somente esperar sua vez.

O gatinho colocava a patinha para fora da grade da caixinha e gritava por respeito, não era bandido para ser preso.

— Se você não ficar quieto, vou mandar te castrar. — o gatinho calou, mesmo com ódio.

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Com o tempo passando mais animais foram chegando para consulta. Ambiente tava movimentado, dava para escutar pessoas falando e animais tentando. Calou todos ao sair um rapaz jovem e extremamente bonito da sala. Todos queriam o ouvir com atenção.

— O paciente Pantera pode me acompanhar? — todos presentes na sala olharam imediatamente para o Pitbull dos pêlos negros, pelo nome chamado ali só podia ser ele.

Com toda vergonha do mundo, o loiro se levantou com a caixinha amarela de seu gatinho gordinho de pelos mistos de branco e laranja. Todos na sala acompanhavam o pantera com os olhos até a sala.

Que gatinho feroz.

Já na sala, o moreno abriu a caixinha fazendo o gato ter seu momento de liberdade e ódio.

— Bom dia, sou Jeon Jungkook. Estou no lugar do Doutor Place durante este ano, caso tenha dúvidas. — educado, alto, moreno e bonito. Que sonho de doutor. — Posso lhe chamar de Park?

O dono do gato estava envergonhado, a presença de uma pessoa bonita intimida qualquer um. Além de que, o moreno exalava sempre um pequeno flerte ao dizer palavras.

O loiro apenas disse um “— É claro” tímido.

— Beleza, loirinho! Vou fazer algumas perguntas que não estavam na ficha e você me responde se puder. — deu uma piscadela, e o outro apenas concordou. — Essa panterazinha está comendo um boi por dia, sua barriguinha está enorme, hein?

O gato apenas miou, mas o pensamento era “quem é você para falar da minha barriga?”

— Ele tem uma dieta normal, sempre tento deixar ele ser um gatinho saudável, esse barrigão apareceu do nada. — respondeu — Acho até que descobriu onde guardo a ração e come mais durante a noite, somente não encontrei os vestígios do crime para acusar fielmente.

— Certo. — anotou em uma folha, logo desviando o olhar para o dono. —  Quantos anos tem?

A cabeça do loiro deu um nó, ele ou o gato? o doutor percebendo, complementou: — A sua idade mesmo.

— Tenho 26 anos. — disse desconfiado — O gato tem 1 ano de pura rebeldia. — o doutor deu um sorriso e anotou novamente.

— A sua casa é telada ou tem quintal? Possa ter perigo de ter comido algo igual a um rato ou qualquer outro bicho ?

— Eu moro em apartamento mas ele consegue fugir algumas vezes e indo para a praça próxima. Nunca voltou com nenhum bicho ou vestígios de ter comido algo.

— Vacinas em dia? — o doutor olhava o dono, sempre dando um sorriso, talvez para quebrar o clima.

— Todas. Ele é um gato de apartamento, mas não age como tal. — o gato lambia a pata e nem ligava.

— Teve relação sexual durante esses últimos meses? — o doutor olhava bem nos olhos do loiro. Desestabilizou um pouco. Os olhos profundos e voz rouca era um ponto fraco e baixo demais.

— Eu..eu sou solteiro — disse entre pausas, desviando o olhar o máximo possível.

Jeon deu uma leve risada sem graça, não queria ter deixado o outro constrangido.

— Eu estava falando do gato... — comentou com um sorriso de canto, logo anotando algo na folha — Mas fico grato pela informação.

Aquele momento era a hora perfeita para Jesus descer do céu e começar um apocalipse alí mesmo, levar os seus e deixar os nossos. Seu rosto ficou vermelho de vergonha, queria correr do consultório e se jogar no lado mais próximo.

Park morreu mudo ali mesmo, o doutor percebendo isso, apenas indicou os exames para fazer.

Dia 18, ultrassom. 09h. suspeita de problemas nos rins.

— Talvez tenha algo nos rins dele. Precisaremos de uma ultrassom e outros exames por fora. Esse gatinho rebelde deveria obedecer o seu querido dono. — o moreno afagava os pelos do bichinho — Se eu fosse um gatinho para o seu dono,  obedeceria.

O gatinho ficou quietinho durante esse tempo, olhando para o loirinho como se estivesse julgando.  Se houver uma forma de você, leitor, vizualizar o rosto de pantera, era este.

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Olá, leitor! obrigada por acompanhar esse capítulo.

somente quis escrever algo e não quis perder a idéia. prometo corrigir os erros quando estiver no pique.

¡! shortfic