PAREDES

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Em uma caixinha fora da minha realidade,

sigo sem medo das consequências do dia a seguir.

Nas noites afundo em minha promiscuidade,

dizem que errado, é pecado. 

É incônscio. 

Eu já estou condenado.


[REFRÃO]

Paredes parecem não falar, mas secretamente escutam tudo.

O sol nasce quadrado, os meus pés atados.

Abaixei cabeça, sobre o chão encontrei minhas esperanças.

Em minha consciência há uma guerra que impede de distinguir o falso do real.

Entre as paredes me consumo nesse jogo mental.


Minhas manhãs começam com um café fresco, recarrego-me do dia anterior.

Longa e cansativa tarde.

Não hesitarei em dizer minha maior vontade: 

fazer sexo com meu telefone e ir dormir.


[REFRÃO]

Paredes parecem não falar, 

mas secretamente escutam tudo.

O sol nasce quadrado, os meus pés atados.

Abaixei cabeça, sobre o chão encontrei minhas esperança.

Em minha consciência há uma guerra que impede de distinguir o falso do real.

Entre as paredes me consumo nesse jogo mental.


Eu venho tentando manter minha cabeça no lugar.

Entanto, a noção já não sei onde encontrar.

Eu tenho ideias nas quais não quero compartilhar,

Obtenho segredos, já irei te contar:

Vicei no café, perdi minha fé.

Larguei um romance por um lance.

Comecei algo novo, eu desisti de novo.

Possuo cicatrizes que não irão sumir,

pois ninguém está disposto a me ouvir.

Em minha consciência há uma guerra que impede de distinguir o falso do real.

Entre as paredes me consumo nesse jogo mental.


PAREDES, 07/2020


LúcidoOnde histórias criam vida. Descubra agora