Corpse Bride - Hakkai Shiba

ℂ𝕠𝕣𝕡𝕤𝕖 𝔹𝕣𝕚𝕕𝕖 - ℍ𝕒𝕜𝕜𝕒𝕚 𝕊𝕙𝕚𝕓𝕒

A época em si?! Bom, a época em que jovens entre si desconhecidos eram dados em casamento pois a família possuía ambição, ou estavam miseravelmente falidos e ainda lhes restara um pingo de esperança.

Perdido em seu mundo cinza e monótono, nas badaladas matutinas do relógio, Hakkai Shiba Van Dort via-se preso, vivendo todos os dias iguais na pacata vila em que vivia com seus pais, Nell e Willian Van Dort, os quais agora eram recém-ricos por um negócio de peixe que dera certo. Usando a caneta tinteiro dedicou alguns de delicados minutos a fazer traços de uma borboleta de tons azuis e lilás que mantinha presa em uma cúpula de vidro, o inseto estagnou-se em uma pose, mantendo as asas de cor chamativa abertas e paradas, quase como se soubesse que servia de modelo. Quando o jovem terminou o desenho, organizou o tinteiro como estava no início, adicionando e evidenciando cada detalhe da pequena criatura. Por fim, levantou-se admirando pela última vez, soltou um leve suspiro por ter que soltar a pequena vida, e voltou a suspirar vendo-a ir embora e sabendo que estava fadado a não ter o mesmo destino de voar sempre que quisesse fugir, tal como era sua atual situação. Deixando a despedida ainda mais excepcional e dramática, a borboleta voou para dentro do quarto do rapaz, fazendo que o mesmo ficasse hipnotizado por suas asas azuis e detalhes roxos, as cores as quais não foram expressas como ele gostaria. Indo para fora do quarto, a borboleta passou pelos poucos telhados da pequena vila, Hakkai não pode deixar de observar como tudo era tão repetitivo. Perto dali o negócio de peixes de seus pais que levava o nome da família;

"Van Dort's Fish."

Cuja produção aparentemente dependia de apenas dois funcionários. Pelo horário, veio o Orador Público anunciar as notícias, caracterizado como se fosse um sino ambulante e balançando um sino em mãos e com a voz em alto tom para que todos o pudessem escutar.

"Ouçam, ouçam, faltam dez minutos para o ensaio de casamento de Van Dort." 

Mayhew, um homem corcunda e que está sempre fumando cachimbo ou tossindo, inclusive durante o trabalho, e também, um dos dois únicos funcionários dos Van Dort's., agora dirigia a carruagem da família para a porta dos mesmos, eles deveriam ir para a casa dos Everglot's, já que lá havia uma espécie de capela para o ensaio de casamento, ao sair pela porta da casa, Nell e Willian cantarolavam um sonho de anos vindo a se realizar, intercalando um com cada verso;

Mas que linda manhã

É uma bela manhã

Para um glorioso casório

Um ensaio, querida

Para ser mais exato

Um ensaio para um grande casório

Contanto que não haja um imprevisto qualquer

Ninguém para perturbar

Ou meter a colher

Havia uma poça recém formada pela chuva entre o último degrau da escada e a carruagem, a qual com um olhar nervoso da madame Nell para Mayhew foi o suficiente para que o homem retirasse o avental que usava no trabalhar cortando os peixes, colocasse-o sob a poça. Aproveitando, a madame retirou o chapéu que ele usava de costume e colocou um chapéu mais caro para que ele parecesse um cocheiro da elite.

Por isso, cada um

E todos os mínimos

E mesmo microscópicos detalhes

Devem funcionar

De acordo com o plano

Nosso filho se casará