3. À Procura do Amor 🧭

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Eu mantive meus olhos fechados.
Eu imaginei que
se eu não pude te ver,
você não pôde me ver.
À Procura do Amor

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Contar a Konohamaru que ele iria assumir a Bookends e fazer todo o possível para transformar a livraria em um negócio sustentável foi moleza, brincadeira de criança, um passeio no parque, em comparação a ter que contar a novidade para os funcionários da loja.

— O que aconteceu com você ontem? — Gaara perguntou quando chegou para trabalhar na manhã seguinte, seguido de perto por Sakura, depois por Shikamaru. — Você desapareceu com o insuportável do Sasuke e não te vimos mais.

Sakura estava na pequena cozinha ao lado do escritório, mas pôs a cabeça na porta, com a chaleira na mão e um sorriso no rosto.

— Ele tomou alguma liberdade com você? Você deu um tapa na cara dele e saiu furioso?

— Ele não tomou nenhuma liberdade, mas tive vontade de bater na cara dele várias vezes — disse Naruto, enquanto ligava a caixa registradora. — Chegou um ponto em que tive que me segurar.

— Ele te arrastou para falar com o advogado da Mikoto? — Shikamaru levantou os olhos do panini que comia de café da manhã. — Ah, meu Deus, eram más notícias, não eram? Eles vão vender a livraria?

Os três olhavam o ômega com expressões semelhantes, que poderiam ser resumidas por "o fim do mundo está próximo", quando, na verdade, não estava. Pelo menos Naruto esperava que não.

— Ninguém vai vender a livraria. — Naruto segurou com força o balcão em busca de apoio moral e sentiu a firmeza da madeira polida e gasta sob os dedos. — A Mikoto deixou a livraria para mim, e eu vou continuar aqui mesmo.

Naruto parou e esperou. Não sabia bem o que estava esperando; talvez cumprimentos sinceros, talvez um "Aí, garoto!". Em vez disso, recebeu silêncio e três rostos perplexos olhando para ele. Será que em algum lugar haveria alguém que tivesse pelo menos um pouquinho de fé nele? Tirando Mikoto, cuja fé em Naruto, ao que parecia, era inteiramente equivocada.

Ele esfregou as mãos, nervoso.

— Não que vá ser fácil, mas o Konohamaru e eu estamos prontos para o desafio. Bom, o Konohamaru está disposto a enfrentar, pelo menos. Mas eu vou... Nós vamos... Vai haver mudanças, mas... hum, mudanças boas. Hã... mudanças empolgantes.

— Então você está no comando? Você é o nosso chefe? — era impossível saber como Gaara se sentia em relação a isso. na verdade, era impossível saber como Gaara se sentia em relação à maior parte das coisas. Ele era muito difícil de decifrar, por mais que Naruto o conhecesse há quatro anos e o considerasse um de seus melhores amigos. Garra também era o gerente assistente da Bookends, o que significava que ficava no escritório fazendo a contabilidade e as compras do estoque, recusando-se a interagir com qualquer pessoa que viesse a loja comprar um livro. Ele havia sido o braço-direito de Mikoto, enquanto Naruto navegava pela loja colonizando mais espaço para seus livros de romance. Sem Gaara, a Bookends teria deixado de funcionar em questão de dias. Em questão de horas.

— Chefe seria uma palavra muito dura... — Naruto disse, tranquilizando-os. — Nada vai mudar. Bom, algumas coisas vão ter que mudar, mas eu não vou virar uma bruxa e gritar "É do meu jeito ou rua!" sempre que discordarmos em alguma coisa. Ainda vou fazer chá, pôr os livros nas prateleiras e me entupir de chocolate.

— Então meu emprego está garantido? — era fácil saber o que Sakura pensava, porque ela mordia o lábio, franzia a testa e parecia, de modo geral, imaginar que Naruto estivesse prestes a lhe entregar um formulário de demissão para assinar. Ainda que, mesmo que fosse o caso, Naruto não tivesse a mínima ideia de como fazer isso. — E o Shikamaru ainda vai poder trabalhar em meio período? Ou, para ser mais precisa, quando ele estiver disposto a nos honrar com a sua presença? Ou vai ser, tipo, o último que chegou é o primeiro a ir embora? O que seria eu, no caso, porque só estou aqui há dois anos. Embora, tecnicamente, eu tenha trabalhado mais horas que o Shikamaru.

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