Uma agente recém aceita no FBI buscando por respostas do assassinato de sua família;
Uma líder de organização criminosa com mais segredos além dos que o FBI tenta descobrir;
Poderiam os segredos de uma serem a resposta da outra?
AVISOS!
AU não recom...
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Eu nunca estive em Los Angeles. Mesmo que morasse no estado ao lado da Califórnia, eu nunca senti vontade de visitá-lo. Eu vivi uma vida pacata nos subúrbios de Las Vegas até o "acidente". Foi tudo muito rápido, e como todas as más notícias, chegou sem aviso. Depois do ocorrido eu tive que me mudar para um pouco mais longe, com meus tios que receberam a minha guarda, apesar de nunca terem planejado ter filhos.
Por conta disso eu cresci uma adolescente quieta e tímida. Eu não queria incomodá-los nem dar trabalho por terem que lidar com uma responsabilidade que nunca quiseram ter. Por um lado isso foi bom, minhas notas eram sempre as melhores possíveis, eu tive um passado limpo que me permitiu passar pelo "filtro da academia do FBI" sem problemas, por outro, me deu tempo demais para passar remoendo a vingança pelo que eu sabia que não tinha sido um acidente. Como puderam tirar meus pais de mim? Como puderam tirar a minha vida de mim?
Eu sabia que não importava o que eu dissesse, nunca acreditariam em uma criança. Mas desde sempre eu fui teimosa e entendi que o único jeito de descobrir a verdade e poder seguir em frente seria tendo acesso às anotações eu mesma. Eu devia ler aqueles arquivos, saber o que realmente aconteceu, detalhe por detalhe, e só então eu poderia seguir minha vida e ser feliz.
Claro que nada disso saiu como planejado. No caminho eu encontrei pessoas que me tiraram de uma vida amarga que eu teria enquanto meu foco fosse vingança. Conhecer Jackson foi a primeira delas, depois minhas amigas Handong e Gahyeon. A vida seria insuportável sem eles aqui.
–Olá, com o que posso ajudar? –Uma mulher com cabelo loiro e ondulado sorriu mostrando seus dentes brancos entre lábios vermelhos demais.
–Três cappuccinos por favor. –Eu disse voltando a realidade.
–É pra levar? –Ela perguntou. –Só pra saber se precisa de suporte e tal.
–Aham, eu agradeço. –Me peguei perguntando se ela já tinha atendido alguém sozinho que pediu três copos de café para si.
A mulher anotou o pedido e retirou uma nota fiscal que me entregou depois de eu efetuar o pagamento. Após isso, ela me pediu educadamente que eu aguardasse até que o pedido ficasse pronto e se retirou.
Eu estava sentada em uma mesa de um starbucks da Wilshire Boulevard em uma das banquetas marrons, apoiada numa mesa marrom, de frente para uma parede marrom que me fez pensar "Nossa, muito marrom" e imediatamente pegar meu celular para ver um pouco de cores no feed do instagram, mas assim que o peguei a jovem mulher me chamou novamente para entregar os pedidos. Me dirigi até a bancada e lá estavam os três cappuccinos. Antes de agradecer e ir embora eu disse algo que estava me intrigando, e não, não era a quantidade exorbitante de marrom naquela loja.
–Já te disseram que você parece uma cantora Americana?
–Taylor Swift? –Ela sorriu. – Dizem isso sempre. –Até seu sorriso me lembrava o daquela moça, mas decidi deixá-la já que eu precisaria estar no nosso prédio em 5 minutos, para chegar ao trabalho com meus 10 de antecedência, já que eu jamais arriscaria me atrasar para o meu primeiro dia.
