Prapai Noel

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Pov. Prapai

- Pol, você compra aquela.. é aquela mesmo, Venice? - o garoto balançou a cabeça em concordância. - Aquela garrafa da esquerda. Pede pra embrulhar pra presente.

Enquanto ele entrou na loja, eu peguei o celular e dei mais uma olhada na lista das pessoas que agora eram a minha família e eu precisava presentear. Era o meu primeiro Natal com eles e tinha que ser perfeito.

Os presentes dos meus pais eu já tinha comprado, mesmo com Pa Porsche dizendo que eu era o presente deles. Pa Kinn me disse o modelo de carro que papai mais gostava e eu comprei um modelo em miniatura para ele. Pa Kinn ganharia um relógio. Tio Tankhun receberia uma jóia que ele mesmo me disse em qual loja comprar. Tio Porschay e Tio Kim iam receber um piano que meus pais iam dar junto comigo.

Pol e Arm estavam namorando meu tio Tankhun, e, apesar de ser confuso e eu mal conhecê-los, achei bom dar algo também. Então pedi a meu pai que desse folga pra eles viajarem com tio Tankhun para bem longe porque assim eu escaparia dos abraços que ele insistia em me dar quando eu estava distraído.

Trouxe Venice comigo justamente para comprar os presentes de Vegas, Pete, Macau e, claro, o dele. Também porque Pa Porsche insistiu para que ele me acompanhasse dizendo que ele era meu primo e todas as outras coisas sobre amizade e essas merdas todas que eu não estava interessado porque esse menino era pegajoso demais e queria abraçar em toda e qualquer oportunidade.

Pelo menos ele começou a aceitar que eu não gosto de abraços e já se contenta em apenas andar ao meu lado. E às vezes eu o forço a estar com as mãos ocupadas dando algo para ele comer, como o sorvete que ele está tomando agora.

- Você tem certeza que o seu pai gosta daquela?

- Deve gostar. Ele guarda uma garrafa vazia dessa como se fosse uma santa ou algo assim.

Venice deixou de olhar para a vitrine de bebidas e deu de ombros, voltando a se concentrar no seu sorvete.

Aquela garrafa com líquido marrom me dava enjôo só de olhar pra ela, mas eu estava aqui para comprar presentes de natal e, se era aquilo que Vegas gostava, então eu compraria pra ele. Ou melhor, Pol compraria, afinal eu e Venice éramos menor e o máximo que podíamos fazer era sentar no banco em frente a loja de bebidas e olhar pra vitrine.

Vegas ganharia essa garrafa de whisky com nome estranho. Então só iria faltar Pete e Venice. Para Macau eu não ia comprar nada porque tio Kim disse que ele não merecia, mas Pa Porsche me lembrou que ele era família e precisava ganhar algo, então comprei um chapéu bem feio.

- Falta o seu outro pai.

- Pa Pete gosta de gatos.

- Gatos?

- Sim.

- Você quer que eu compre um gato para o seu pai?

- Se não tiver mais dinheiro você pode pegar um na rua. Tem um monte.

- Garoto, termina o seu sorvete.

- Aqui, Prapai. - Pol voltou com o tal whisky e parou em frente a nós, passando a sacola para o outro segurança. - Estamos quase na hora do jantar. Você vai comprar mais alguma coisa?

- Venice.. o que você quer de Natal?

- Um abraço.

E ele abriu os braços o mais largo que poderia, mas, não, não ia acontecer.

- Outra coisa.

Ele deu de ombros.

- Papai já vai me dar o que eu quero.

Especial de Natal Dos TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora