Capítulo 27

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Nicole 🐍

Leal mandava várias mensagens e eu visualizava mas não respondia nenhuma, o que deixava ele maluco e me xingava horrores.

Bofinho acha de boa ignorar eu por dias agora quando é com ele não aguenta 30 minutos sendo ignorado.

Anoiteceu e eu estava depressiva e sozinha, minha mãe não ia vim pra casa hoje.

Ela conseguiu uma casa pra dar faxina fixa, agora ela quase não para em casa, vive dormindo na casa dos patrões.

O Leal pelo visto tinha cansado de mim, última mensagem que ele tinha me mandado era umas três da tarde e agora é onze da noite.

Coloquei uma roupa bem confortável e saí para comer um lanche.

Comprei um hambúrguer e batata frita, sentei pra comer por ali mesmo. Toda hora passava uns traficantes e ficavam me olhando, fingia que nem tava me importando com eles, até o Paulinho aparecer no meu campo de visão. O bofe que eu praticamente namorei, não deu certo porque ele queria a todo custo transar comigo e eu ainda não me sentia pronta. Ele é uns dos soldados do Terror, dono daqui.

Paulinho: E aí, gata, mó cota que eu não te vejo. - Sentou do meu lado, dando um beijo no meu rosto quase na boca.

Eu: Oi. - Falei sem ânimo.

Paulinho: Tudo de boa?

Eu: Tranquilo.

Paulinho: Esses tempo atrás o Leal veio aqui atrás de tu, tá de rolo com ele?

Eu: Não é da sua conta.

Paulinho: Foi mal, estressadinha. - Levantou as mãos em forma de rendição. - Só queria saber pra mandar tu ter cuidado, aquele cara é uns dos chefes de Bonsucesso, é perigoso.

Eu: Hum, tá. - Ele ficou me olhando e negou com a cabeça.

Fiquei caladinha só comendo meu lanche, escutei um barulho de moto altão e olhei, reconheci quem a pilotava quando se aproximou, Leal.

O Paulinho levantou ficando na postura, Leal desceu da moto e caminhou até aqui.

Paulinho: Na paz, parceiro? - Cumprimentou ele.

Leal apenas balançou a cabeça vindo até mim.

Leal: Bora conversar. - Apontou.

Eu: Tô comendo não tá vendo? - Coloquei uma batata na boca.

Leal: Termina em casa, vamo logo. - me fez levantar e foi me puxar mas o Paulinho entrou na frente.

Paulinho: Ela só vai se quiser.

Eu: Tá suave, Paulinho.

Paulinho: Tem certeza? - Concordei amassando a sacolinha do hambúrguer.

Ele saiu da frente com uma cara nada boa e nós fomos pra moto, Leal saiu na velocidade da luz, chegando rapidinho na minha casa.

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