1.1 The Grangers

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AS GRANGER

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Eu lembro perfeitamente do dia em que eu recebi minha carta de Hogwarts.

Era de manhã, todos da minha família ainda estavam de pijama, exceto meu pai que iria trabalhar. Tinha se passado três meses desde o meu aniversário e a casa estava uma bagunça por Hermione estar na fase artista dela.

As correspondências tinham sido entregues a minha casa juntamente com o jornal do dia. Minha mãe terminava de preparar o café da manhã enquanto eu ia entregar o jornal ao meu pai e me sentar para ler as correspondências. A maioria era contas que meu pai tinha que pagar, afinal, ele era o homem da casa e o único que trabalhava.

Na verdade, todos da casa tinham um trabalho, mas meu pai era o único que ganhava dinheiro com isso. O trabalho da minha mãe era cuidar da casa e das crianças. O meu trabalho e o da minha irmã era ir para a escola e tirar boas notas, mas isso não me impedia de também ajudar na casa.

No meio de todas aquelas cartas em papel branco, uma carta em um papel amarelado chamou minha atenção. Eu a li intrigada com a especificação da escrita no envelope grosso e pesado, endereçado com tinta verde-esmeralda. Não havia selo.

Quando virei o envelope, vi um lacre de cera púrpura com um brasão; Um leão, uma águia, um texugo e uma cobra, circulando uma grande letra "H"

Eu abri a carta com a maior curiosidade do mundo e li sem entender absolutamente nada do que estava escrito, não por quê estava em uma língua diferente, mas por eu não entender oque aquele papel queria dizer.

— Mãe, oque é Hogwarts? — Perguntei curiosa

— Não sei filha, por que? — Perguntou ela, colocando um prato de panquecas na mesa.

— Porque recebi uma carta de lá. — Ela olhou para o meu pai que abaixou o jornal com as sombrancelhas franzidas.

— Deixa eu dar uma olhada — Entreguei a carta, vendo ele ler com certa confusão — Não pode ser.

— Oque não pode ser?

— Nica, olha meu desenho — Hermione puxou a manga da minha blusa, entregando um papel sujo de tinta.

— Jajá eu vejo, gênia — A respondi, utilizando um apelido frequente. — Mãe? Pai? — Voltei aos meus pais.

— Sente-se filha. Eu acho que eu sei do que se trata — Disse meu pai paciente.

Minha mãe se sentou a mesa, junto da Hermione que iria comer as panquecas.

Meu pai, então, começou a me dizer algumas coisas, e embora eu seja uma pessoa inteligente, eu não compreendi nada do que ele dizia, e eu acho que nem ele mesmo compreendeu. Quero dizer, trouxas? Hogwarts? Dumbledore? Hector Dagworth-Granger? São palavras novas no meu dicionário e eu teria que aprende-las, porquê pelo oque eu entendi, eu iria estudar nessa tal Hogwarts.

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Meu 1° ano na nova escola foi até que tranquilo. Aprendi coisas novas, fiz amigos e finalmente entendi que vir de uma família de trouxas não me fazia uma bruxa inferior, afinal, me destaquei muito durante o ano inteiro.

O 2° ano foi ainda melhor. Comecei a viver mais intensamente com influência dos meus gêmeos favoritos. Sabe, fazer bagunça era divertido, mas eu não conseguia deixar de ser a Granger certinha que se preocupa demais com as lições de casa.

Acabei me apaixonando, eu acho... nunca senti por alguém oque eu sinto pelo Oliver Wood. Ele era um garoto muito legal, bonito e me tratava muito bem, fora que ele me colocou no time de quadribol como apanhadora.

Sim, além de ser a número um em todas as aulas, a mais comentada de Hogwarts, eu ainda era a melhor batedora que Hogwarts já presenciou e agora eu seria a melhor artilheira. Eu não diria que meu ego é alto, mas sabe, ser perfeita todo dia acaba cansando.

Eu iria iniciar meu 3° ano e minha irmãzinha o 1° ano dela. Sim, Hermione Granger, minha gênia falante, recebeu uma carta de Hogwarts também.

Meus pais aceitaram a segunda filha muito melhor do que a primeira, porquê querendo ou não, eles já tinham se acostumado com a ideia. Na minha vez eles tiveram que pesquisar, falar com pessoas, entrar no mundo bruxo e finalmente aceitar. E com a Hermione não teve nada disso, oque me deixou aliviada por que ela não teria que ter uma crise de identidade assim como eu tive.

Eu estava muito ansiosa para vê-la se sentar naquele banquinho do mal e esperar com que o chapéu seletor escolhesse sua casa. Mas eu também estava com medo, medo de ver ela passando por tudo oque eu passei.

Tá, talvez eu tenha mentido dizendo que o primeiro ano foi tranquilo. Eu não queria que Hermione fosse chamada de sangue ruim por não nascer bruxa. Mesmo após fazer pesquisas e descobrir que eu tenho sim um parente bruxo, eu ainda era considerada uma trouxa por aqueles que tinham sangue inteiramente puros e isso seria uma coisa que mexeria com a cabeça da Hermione. Eu sei como é ruim ser chamada de sangue ruim e diversos outros nomes sujos, mas pra sorte da Hermione, eu estarei aqui para protege-la disso.

Sei que além de mim, ela terá amigos incríveis para cuidar dela também, afinal, Hermione é uma menina incrível e merece o melhor. Ela é inteligente, genial, bonita, comunicativa e caramba! A irmã dela é Verônica Granger, por favor né, vai ser moleza.

— Eu soube que Harry Potter vai ingressar em Hogwarts esse ano — Eu disse, ajudando a mini Granger a arrumar as malas — Pelos meus cálculos ele fez 11 anos hoje e já vai poder estudar lá.

— Espera, não me diga — Ela pensou por alguns segundos — Harry Potter é aquele que sobreviveu ao você-sabe-quem?

— Olha, alguém fez o dever de casa — Ela sorriu orgulhosa — Uma dica para você: seja inteligente, mas não seja sabichona, principalmente perto dos sonserinos, eles não gostam de sabichãos... e nem de grifanos. Não que eu esteja deduzindo que você vá para a Grifinória, você tem grandes chances de ir para a Corvinal também, mas sua maninha tá na Grifinória e queria você lá.

— Você bebeu energético de novo? — Perguntou percebendo minha agitação.

— Desculpa é que eu estou ansiosa, você não? E sim eu bebi energético, mas não conta pra mamãe, ela diz que vai acelerar meu coração e eu vou morrer de infarto — Dei uma risada descontraída — Oque você está fazendo?

— Colocando roupas na minha mala, ou você acha que vou me vestir com livros?

— Tudo bem, mas essa blusa?

— Oque tem de errado com a minha blusa dos Beatles?

— Nada de errado, ela é linda em você, mas é de uma banda trouxa. Vai por mim, você não vai querer usar isso — Hermione bufou revirando os olhos — Que tal ir ao shopping? Fazer compras!

— Nica, presta atenção. Eu não sou fabulosa igual você. Eu não chamo atenção em qualquer lugar que eu passo e você está está me sufocando! Eu sei que quer me ajudar e tudo mais, mas deixa eu me destacar sozinha, tá legal?

— Tem razão. Eu já me destaquei por dois anos, é a sua vez de brilhar. Eu confio em você. Vai lá gênia!! — Mione riu do meu grito de encorajamento — Vou arrumar meu cabelo. Te vejo em algumas horas.

Joguei um beijinho no ar e me retirei do quarto.

Joguei um beijinho no ar e me retirei do quarto

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