Feliz véspera da véspera de Natal

204 12 11
                                    

*Sempre adicione a fic a sua lista de leitura, "du nada" eu posso aparecer com um spin off😉*

**Não esqueçam de deixar estrelinhas e comentários sobre as partes que mais gostaram, isso incentiva essa humilde escritora amadora 😁**

Pov dele

"Perdeu, perdeu playboy! Passa tudo!"

- Mano do céu!
Quando eu ouvi essas palavras juro que eu pensei que ía virar estatística!
Já imaginei a notícia:

"Jovem assassinado na saída do trabalho às vésperas do Natal."

Cê tá louco!
Pode parecer egoísta mas eu sempre tive raiva de quem morre nas festas de final de ano, tanto dia pra morrer porra!
Morre no carnaval, dia das crianças, o fdp quer morrer em dezembro caralho!
Fode o Natal de todo mundo! Definitivamente eu não queria ser esse cara!
Por isso eu entreguei tudo mesmo! Carteira, relógio, celular pessoal, da empresa, e "que se dane o avião" como diz meu pai.
Nossa eu tô começando a pensar igual um velho! Esse emprego tá acabando comigo.
Sabia que eu tinha que ter ir embora mais cedo, mas não, eu e minha mania de dar sempre 110% em tudo.
Me fodi!
Pra completar, logo em seguida começa a chover.
Sem documento, sem celular, e pra "melhorar" brigado com meu pai!
Que beleza de Natal!
Enquanto eu reflito sobre cada detalhe da minha desgraça a chuva cai lá fora e escorre pelo vidro da janela do uber, que segue a caminho da casa dela.
E quem é ela? A mina da adm.
A gente não se conhece direito, ela é quietinha e um pouco mais velha que eu.
É bem na dela, não é muito de socializar com o pessoal, acho que por isso a gente nunca se falou mais do que um bom dia, mas ainda assim ela parece ser legal... peraí, como é mesmo o nome dela? Acabei de perceber que eu não me lembro, que vacilo!

- Dá licença?

Eu pergunto, fazendo ela sair do celular e olhar pra mim.

- Oi?!

Ela responde ajeitando os óculos.

- Então, é que eu não lembro seu nome, e foi tudo tão rápido que eu esqueci de perguntar, desculpa.

Sorrio meio sem graça, enquanto passo a mão na nuca.
Ela sorri de volta e me responde.

- Pode me chamar de Cris.

- Han?! Sério?

Eu pergunto surpreso.

- É sim, porquê?

Ela devolve a pergunta, confusa.

- A gente tem o mesmo apelido!

Falo sorrindo.

- Ah jura?! Que coincidência!

- Prazer, Christopher.

Digo estendendo a mão pra cumprimentar a minha "resgatadora".
Se não fosse ela aparecer com certeza eu ainda ia estar lá parado que nem bobo debaixo de chuva, na frente do prédio no meio da Avenida Paulista, pleno 23 de dezembro!

- Queria que a gente tivesse se apresentado em condições melhores.

Digo, com um sorriso torto sem mostrar os dentes.

- É, eu também... tem certeza que cê não quer ir numa delegacia?

- Pra quê?

- Fazer o registro.

- Ah não, perda de tempo isso.

- O celular tinha seguro?

- Putz, não! Que merda!

Meu presente de Natal | Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora