Então é Natal

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**Não esqueçam de deixar estrelinhas e comentários sobre as partes que mais gostaram, isso incentiva essa humilde escritora amadora 😁**

Pov dele

Depois do shopping passamos num mercado bem rapidinho pra não pegar tanta fila, mas... véspera de Natal, sabe como é né? Ninguém sai ileso!
Ainda assim conseguimos chegar em casa antes do meio dia, e a Cris logo coloca uma playlist de Natal bem... diferente, pra começar os preparativos da ceia.

- Não tá muito cedo não?

Eu pergunto.

- Claro que não, tem coisa que precisa temperar.

- Não é muita comida?
Cê chamou mais gente?

Digo, olhando a quantidade de ingredientes que ela começa a separar.

- Chamei.
Um casal de amigos.
Achei que você ficaria mais confortável assim, tudo bem?

Dei de ombros.

- A casa é sua, você pode convidar quem quiser.

- Ah, mas eu te convidei primeiro.
Eles são legais, cê vai gostar deles.

- De boa.
Que música é essa que tá tocando?
Isso é música de Natal?

Pergunto, estranhando.

- Claro que sim! É Christmas Evel! Um clássico!

Ela responde sorrindo.

- Clássico?! De quem?! Rsrs

- Do Stray Kids, óbvio! Não acredito que você não conhece?!

- Ah sei, é grupo de kpop né? Já ouvi falar. Só não sabia que você curtia.

- Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe "Mucilonzinho"!

Eu dou risada quando ela me chama assim.

- Eu AMO kpop! Vai se acostumando.

- De boa, eu também gosto.
...

A hora passa voando, logo já é noite, e tá quase tudo pronto.
Depois de uma "guerra de farinha" na cozinha (que conste que foi ela que começou rsrs) vou tomar meu banho pra colocar minha "roupa de ficar no sofá" como ela diz, rsrs.
É eu tenho que admitir, ela tem bom gosto, a camisa ficou dahora.
Logo que eu saio do banheiro ela me olha de um jeito que eu já sei o que ela pensou sem precisar ela dizer nada.
Ela disfarça e a campainha toca, é o casal de amigos dela, ela fala com eles alguns minutos, me apresenta e depois vai se arrumar.
Ficamos na sala conversando e eles são bem legais, mais uma vez ela tinha razão.
Quando ela vem do quarto toda arrumadinha eu piro o cabeção.
Mano, muito gata!
Uma saia envelope vermelha e uma blusa branca que pelamor de Deus!
Respiro fundo pra não dar muito na cara, mas ela percebe.
A nossa troca de olhares é de segundos, mas é suficiente pra deixar claras as nossas intenções.

Pov dela

- Ju, me ajuda a pôr a mesa?

- Claro amiga!

Assim que a gente vai pra cozinha Ju me prensa pra saber de tudo.

- Vai falando! Quem é o carinha?!

- Ah não é ninguém, é só um estagiário lá da empresa.

- Estagiário né? Sei... Maria Mucilon assumida!

- Hum! Nunca neguei!

Damos risada enquanto levamos os pratos pra mesa.
Ao retornar ela prossegue.

- E aí me conta! Já rolou?

- Não! Tá doida?! Eu não sou assim não, a gente mal se conhece.
Eu só dei abrigo pra ele.

- Como assim?

- Ah a história é longa, depois te conto.

- Mas fala sério, cê tá afim não tá?

- Claro! Você olhou bem pra ele?!
Nossa!

Damos risada e então ela me intimou.

- Tá, mas quando rolar promete que me conta!

- Você vai ser a primeira a saber! Agora vamos!

Pov dele

A ceia de Natal tava fantástica, tudo simples mais muito gostoso.
Acho que muito melhor que muitas ceias ostentosas que já teve na casa dos meus pais.
Tento me lembrar da última vez que me senti tão bem sentado à mesa de Natal e só me vem à mente as ceias da minha infância na casa dos meus avós.
Era um sentimento parecido com esse que eu tenho agora, sentimento de estar em família sabe?
Nunca mais eu senti isso, os poucos natais que eu passei na casa da família da minha ex noiva nunca foram assim, era só selfies, fofocas, intrigas, e tretas, e no dia seguinte todo mundo falando mal de todo mundo, affs que preguiça!
Até agora eu achava que tava afim da Cris porque ela é gatinha, mas tô começando a achar que o meu interesse vai mais além.
Um tempinho depois da ceia os amigos dela se despedem e vão embora, eu vi ela cochichar com a amiga dela várias vezes durante a noite, tenho certeza que muitas dessas vezes o assunto era eu, porque sempre que eu me distraía tavam as duas de risinhos pelos cantos, sabem nem disfarçar rsrs.
Depois disso a gente foi pro sofá assistir "Esqueceram de mim", filme clássico de Natal né? Rsrs.
É incrível como com ela eu dou risada das mesmas piadas repetidas que eu já vi mil vezes, parece que ela faz tudo parecer novidade, a conversa é tão fácil, tudo é tão simples, e isso me deixa encantado, será que isso que chamam de magia de Natal?

- Christopher?

- Hum?

- Qual era o curso que seu pai pensou que você tava fazendo?

- Direito.

- E você trocou pra Marketing?!

- Pois é!

- Nossa, quase a mesma coisa né?

Ela disse, dando o último gole de vinho na taça.

- Rsrs, é...

- E porque você trocou?

- Porque sempre foi meu sonho produzir alguma coisa relevante, que fosse reconhecida, passar na TV, cinema... essas coisas, sabe?

- Hum...

- Eu sempre detestei trabalho burocrático! Eu tenho um lado criativo que eu preciso expressar, entende?

- Entendo...

Ela dizia, prestando atenção em cada palavra que eu falava, ou será que era pra minha boca que ela tava olhando?

- E você, porque escolheu Adm?

Pergunto, me levantando pra pegar a garrafa na mesa.

- Ah... porque eu sou organizada, gosto das coisas do meu jeito.
E, na maior parte do tempo, eu gosto de ter o controle da situação.

Sirvo mais um pouco de vinho pra gente.

- Ah não, não, eu já bebi demais, eu não tenho costume, isso não vai prestar rsrs.

- Ah vai, é Natal.
Será que cê não pode perder o controle só um pouquinho?
Só hoje.

Digo, brindando com ela.
Nos encaramos e depois disso ela toma o vinho todo da taça de uma só vez.
Então eu pego as nossas taças e ponho de lado, vou me aproximando dela devagar, tirando seus óculos, mexendo no seu cabelo, observando cada detalhe do seu rosto.
Eu chego mais perto pra sentir o perfume dela e percebo sua pele arrepiar, é a senha pra eu beijá-la, e embora eu sinta que ela corresponde ainda assim ela tenta fugir de mim, mas eu a encurralo antes que passe do corredor.

- Não Christopher, isso num vai dar certo.

Ela diz.

- Porque? Eu tô muito afim, e eu sei que você também tá, não mente pra mim.

Digo, enquanto coloco ela contra a parede, e então ela não diz mais nada.

Meu presente de Natal | Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora