Não tive muito apoio por parte dos meus pais quando estava sofrendo com crises de ansiedade, ataques de pânico e tendo que lidar com a depressão. Para eles era frescura, ou uma fase que ia passar. Eles não entendiam minhas crises de choro do nada, minhas mudanças de humor de repente, ou o motivo de me fechar cada vez mais. Eu só queria ficar sozinha sabe, tentar organizar aquela avalanche de pensamentos que não me deixavam em paz. Mas eu me virei, me bloqueei pra todos, não conseguia compartilhar meus sentimentos, emoções nem nada, mas não deixava transparecer, eu sempre estava com um sorriso no rosto e dizendo para todos que eu estava bem, quando na verdade eu estava péssima.
Mas eu não conseguia falar, não conseguia chorar para desabafar, não tinha nenhum confidente ou alguém que me entendesse, então me trancava cada vez mais.
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Em julho de 2019 eu reatei um relacionamento que eu havia terminado para focar nos meus estudos, e ele foi como um sopro de alívio na minha vida, ele me estendeu a mão e me puxou do fundo do poço e em novembro eu pedi as contas onde eu trabalhava pois não aguentava mais ficar naquele ambiente tóxico para minha saúde mental. E então logo chegou a tão sonhada formatura...
Colei grau em um dia lindo de janeiro de 2020, antes de tudo desandar no mundo todo...
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A residência de uma forma não contada
De TodoDiário de uma enfermeira em uma residência de Enfermagem em Emergências Clínicas e Trauma em Adulto
