04/12/2022
10:47pm
— Eu não sou acostumado a isso.
— Só de vez em quando...
Respirei fundo. Type apenas balbuciou algo e Tharn entendeu a confirmação, trocando as posições. Mew parecia tão inquieto em estar em cima de mim, mas a gente precisava continuar a cena, então o beijei. A cena cortou e cortou novamente, e eu me lembro o porquê, nunca me controlei com aqueles toques, a gente, juntos, sempre acabava exagerando quando se tratava de uma NC, mas aquilo nunca iria ao ar, mas seguia em minha mente enquanto assistia ele beijar o meu... Beijar o peitoral de Type, fazendo ele gemer baixinho; o beijo era de língua, sempre. Mew beijava bem para caramba e eu recordo a sensação até hoje...
Pausei o episódio, era o que me restava dele, afinal. Vídeos, lembranças daquela época em que tudo eram flores, onde nos tornamos um dos casais – imaginários, Gulf, casal imaginário – mais amados e conhecidos da Tailândia por conta dos nossos personagens. A química que eu sentia ter com ele era tão grande, tão avassaladora, que não precisava ser interpretada, atuada, diferente dele, que sempre mentiu excelentemente bem, tanto, ao ponto de fazer com que eu me perdesse no personagem. No dele. Achando que ao menos um terço do que ele falava ou fazia era verdade. Desde sempre... Tudo mentira.
Assistir TharnType em um loop eterno quando tenho tempo livre se tornou um vício, uma necessidade. Era o que me fazia bem e o que me destruía na mesma intensidade. A memória daquilo tudo era maravilhosa, foi por conta dessa série que minha profissão alavancou, agradeço pela oportunidade, pelo apoio que recebi e continuo recebendo. Ainda me dói ver que muitos dizem que usei o Suppasit para conseguir fama, que continuo lembrando das Waanjais por querer lucrar em cima delas. Nunca pedi dinheiro. Ninguém sabe a verdade e não teria coragem de falar, de acabar como o outro, taxado de querer chamar atenção. Eu... Sinto muito por não conseguir abrir mão disso, ninguém sabe como dói ter meu nome junto ao dele cinco em cada uma vez. É como se... Estivesse ligado para sempre, assim como pensavam que nós estávamos antes, ligados, predestinados a nos conhecer.
Eu deveria odiar Mew Suppasit, deveria odiar citar o nome dele, ver esse nome. Porém, o único ódio que tenho é de mim mesmo, ódio de não conseguir o odiar, de não ter a mínima capacidade de tirar ele da minha cabeça, dos meus pensamentos, do retrato em cima da minha cabeceira... De jogar fora a coelha... De... Nada.
Suspirei profundamente e joguei o telefone no sofá, bem longe de mim. Adorava esses momentos em que podia ser eu mesmo, longe dos holofotes, longe do mundo, do meu mundo, onde podia me demonstrar frágil para que ninguém visse. Mas, antes, ele via, e se importava comigo... Meus lábios tremem, a lembrança de que ele só fingia me fazendo desmoronar. Que inferno, eu já estava chorando de novo.
xxx
"Você tá livre agora?" 11:23:14. Enviado.
"Phi Mew?" 11:39:59. Enviado.
Olhei a hora, alguns minutos faltavam para acabar o dia que deveria ser especial para mim e nada, nadinha de Mew, nem um mísero parabéns. Bloqueei o celular e coloquei em cima de mim, respirando fundo, não queria mais chorar por causa daquilo que tinha, mas eu achava que não deveria, ter acabado. Enquanto o contrato existia, ele me dava parabéns, parecia esforçado em me fazer feliz; fazia surpresas e até cantava para mim, mas agora? É o quinto dia que ele não me responde, acumulando 114 horas sem resposta alguma dele. Felizmente as Phiballs e Waanjais estiveram comigo o dia todo, esse nó só se formando quando estou sozinho, eu e o que deveria ser ele, mas é só a tela do meu celular. Merda, eu deveria saber o meu lugar de nada. Nada, é o que sou para ele, afinal.
Espantei-me com a vibração do celular em minha barriga. A barriga na qual ele...
— Isso não é fanservice, realmente acho sua barriga macia.
Ignorei minhas memórias e desbloqueei a tela, era uma notificação dele. Meu coração estava tão acelerado, uma esperança cresceu em mim, ele havia lembrado de...
"Agora não, Gulf. Depois falo contigo." 11:59:59. Recebido.
12pm. Acabou. Meu sorriso foi embora tão rápido quanto apareceu e eu atirei meu celular novamente, dessa vez no chão, movido à raiva, à mágoa. Sem perceber, de novo chorava, mais forte, barulhento, sozinho. Observei a tela trincada de longe, brilhando com a mensagem dele aberta. Eu não aguento mais isso... Peguei uma almofada e coloquei contra o rosto, gritando contra ela, tentando aliviar a dor. Mas não adiantava, nunca adiantou, nem mesmo naquele dia... "HBD bro", eu tinha comentado. Sequer pessoalmente ou por telefone obtive respostas dele. O que eu fiz de tão errado?
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Notas: Esse negócio tá na minha cabeça desde o que o Mew disse em uma entrevista, criei várias teorias, boas e ruins, e essa é uma delas. KKKKKKKLK Não é uma fanfic feliz, espero que vocês entendam. As datas são muito importantes e os capítulos vão ser nesse formato, não sei quantos vão ter, depende da minha coletânea de momentos deles, então... Obrigada pela leitura! Beijos e até o próximo capítulo. ❣️
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King of Fanservice.
Fanfiction[...] Type. Type, nunca Gulf, jamais Gulf. Eu deveria saber e eu sabia daquilo desde o início, então, por quê? [...] Por que você tinha que mentir tão bem, Suppasit? ____________________________________ !!IMPORTANTE!!! Obs. Autor: Se você é muito s...