|Capítulo 39|

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P.O.V Adhara Addams

Após uma hora, vi minha irmã, Wandinha, entrando no quarto com Tio Chico ao lado e Mãozinha descansando em seu ombro. Eles pareciam estar em uma missão.

— Você tem que ver isso. — disse Wandinha, erguendo um caderno. Levantei-me da cama e fui até ela, que se sentou à sua mesa, enquanto Tio Chico observava o quarto com curiosidade.

— Que quartinho supimpa! Vocês duas no mesmo quarto? Só pra duas Addams? — Tio Chico exclamou, maravilhado, aproximando-se.

— A antiga moradora não aguentou a minha personalidade tóxica. — Wandinha respondeu sem emoção, folheando as páginas do caderno. — Aqui está. — disse, apontando para uma página específica.

— Que bicho feio. — murmurei, observando o desenho grotesco do monstro.

— Faulkner descreveu os Hydes como artistas natos, mas de temperamento igualmente vingativo. — Wandinha leu. — "Nascido de uma mutação, o Hyde fica dormente até ser solto por um evento traumático ou liberado por indução química ou hipnose. Esse ato faz o Hyde ter uma ligação imediata com seu liberador, a quem a criatura vê como seu mestre. Ele se torna um instrumento dedicado a qualquer nefasta promessa que seu mestre possa propor."

— Alguém disposto a libertar um Hyde é um psicopata de alto nível. — disse Tio Chico, refletindo sobre as implicações.

— Então, quer dizer que eu e minha irmã não estamos procurando um assassino, mas sim dois. — comentei, tentando juntar as peças.

— O monstro e seu mestre. — confirmou Wandinha. Nesse momento, alguém bateu na porta, e Wandinha rapidamente guardou o caderno. Tio Chico se escondeu enquanto nós nos levantávamos para atender. A professora Thornhill entrou no quarto.

— Eu não queria assustar vocês. — disse Thornhill, olhando-nos com um sorriso suave.

— Eu estava trabalhando no meu livro. — disse Wandinha, mantendo sua compostura habitual.

— E eu estava lendo um livro. — acrescentei, tentando parecer ocupada.

— A Enid pediu para ficar com a Yoko pelo resto do semestre. — informou Thornhill.

— Ela pediu? — Wandinha perguntou, levantando uma sobrancelha.

— Quando há uma desavença, eu sempre gosto de ouvir o lado das três garotas. Vocês três parecem ser carne e unha. — explicou Thornhill, olhando para nós com interesse.

— Algum dia a unha arranca a carne. Já vi com meus próprios olhos. — Wandinha respondeu, impassível.

— Pode ser que se esquive, mas eu e você sabemos que gosta da Enid. — disse Thornhill, fixando o olhar em Wandinha. — E tem que admitir que, além da sua irmã, ela conseguiu acender uma centelha de ternura em você. Não se preocupe, só uma centelhazinha. — continuou, enquanto Wandinha cruzava os braços. — Mal dá pra perceber aos olhos comuns, mas eu notei. Parte da experiência no dormitório é ser amiga de pessoas com quem normalmente você não se envolveria. E essas amizades geralmente se tornam para a vida toda.

— Prefiro comprar uma corda. — retrucou Wandinha, com seu humor mórbido.

— Para de ser sem graça. — respondi revirando os olhos.

— É mesmo tão difícil admitir que fez uma amiga, e agora que ela foi, você pode estar com saudade? — Thornhill perguntou, gentilmente.

— Vou sobreviver sozinha, minha irmã está aqui. Sempre sobrevivi com ou sem minha irmã. — Wandinha respondeu friamente.

— Se essa é a sua decisão, vou apresentar o pedido à diretora Weems. — Thornhill disse antes de sair do quarto, deixando-nos suspirando.

— Tio Chico? — chamei, olhando ao redor.

— Tio Chico? — repetiu Wandinha, enquanto um dos ursinhos de Enid caía no chão. Nos aproximamos da pilha de ursinhos ao lado do quarto.

— Tio Chico? — chamamos ao mesmo tempo. Um ruído familiar veio de dentro da pilha. Retirei um dos ursinhos, revelando nosso tio escondido entre eles.

— Olá! Ser um Lobo Solitário tem suas vantagens. Faz suas próprias regras, faz o que quiser. Olha só pra mim! — Tio Chico disse, saindo de seu esconderijo improvisado.

— Ok, Tio Chico. — suspirei, jogando o ursinho no chão e saindo com Wandinha.

(...)

Na manhã seguinte, voltei à mansão dos Gates com um objetivo claro. Usei um feitiço simples para abrir a porta e me esgueirei até a biblioteca. Precisava encontrar os livros que havia visto antes, mas não estavam em lugar nenhum.

— Cadê esses livros? — murmurei para mim mesma, revirando prateleiras e gavetas. Enquanto vasculhava desesperadamente, derrubei um livro no chão. Ao me abaixar para pegá-lo, percebi que era um diário antigo. Quando o abri, a caligrafia me chamou a atenção. — Essa letra... Não pode ser... — sussurrei, em choque.

De repente, ouvi um barulho que me fez congelar. Instintivamente, usei um feitiço para encolher o diário e o escondi dentro da minha bota. Levantei-me lentamente, com o coração disparado, tentando localizar a origem do som. O barulho estava ficando mais próximo, então não perdi tempo. Saí da casa o mais rápido que pude, tentando não fazer barulho.

(...)

De volta ao meu quarto, tirei o diário da minha bota e olhei em volta, procurando um lugar seguro para escondê-lo. Enid tinha uma pilha de ursinhos de pelúcia ao lado da cama. Peguei um dos ursinhos e cuidadosamente ocultei o diário dentro dele.

— Preciso de provas... Se for ela mesmo... Vou acabar com ela. — murmurei para mim mesma, tentando organizar meus pensamentos. — Primeiro, achar pistas antes de falar com Wandinha. —decidi, sabendo que precisava ser meticulosa.

Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

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Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

O que acharam desse capítulo amores??

O que acham que Adhara descobriu???

As 19:30 terá um capítulo novo, especial de Natal.

Meta 90 ou 100 curtidas amores pfv não sejam leitores fantasma amores 🥰❤️🥰❤️

𝐀𝐃𝐇𝐀𝐑𝐀 𝐀𝐃𝐃𝐀𝐌𝐒✓Onde histórias criam vida. Descubra agora