Blessed Are The Snakes | BR

As coisas mudaram. 16

Você segurou as roupas que alguém naquela mansão esquecida por Deus Ihe deu. Um top preto de mangas compridas na outra mão e uma calça preta na
outra. "Por que eu esperava outra coisa senão preto?" você murmurou e tirou a toalha do seu torso. Até as meias e cuecas eram pretas.

Você vestiu as roupas e se olhou no espelho do banheiro.

"Pelo menos cabe bem", você pensou em voz alta e se perguntou como exatamente eles sabiam o seu tamanho correto.

Sua cabeça ainda doía. Como se alguém tivesse esmagado você com um bastão de beisebol e depois acertado com um tanque depois de ter jogado você nas entranhas do espaço e deixado a pressão explodir sua cabeça.

Que idiota. Você pensou, massageando suas têmporas, mas então foi pego de surpresa por um som vindo de fora do seu quarto. Parecia que alguém estava sussurrando.

"Psst", você ouviu atrás de sua porta e alguém chamando seu nome suavemente." Você está acordado ?"

"Que diabos?" Seu olhar caiu sobre um par de enormes olhos escuros, cobertos de delineador quando você abriu a porta. "Dion?" Você perguntou porque ele não estavam mais usando máscara.

Dion assentiu, a pele dele estava coberta de sardase eles tinham cabelos longos e cacheados, cor de cobre. Sem a máscara, você notou que o outro olho tinha uma cor ligeiramente diferente do outro. "Eu vou te ajudar," Dion
disse e entregou sua varinha. "E meio que minha culpa você estar aqui."

Você não pode deixar de notaro quã o bonito e quase etéreo Dion parecia.

Seu corpo era pequeno e delicado, e sua estrutura facial suave. Algo sobre ele lembrava uma fada.

Você franziu os lábios e se afastou do batente da porta, deixando Dion entrar.

"Por que devo confiar em você?" você perguntou e fechou a porta. Dion encostou-se à parede, com a boca em uma linha fina. Seus olhos
vagaram entre você, a sala e a porta. "Eu não quero que você morra. Seria minha culpa." Dion inclinou a cabeça, olhando para o seu rosto. "Não posso ter isso pesando minha c-consciência realmente."

Cruzando os braços, você estreitou os olhos para eles, avaliando a resposta dele.

"Você pode ficar aqui se quiser", disse Dion, seus enormes olhos curiosos estudando você. "Mas se eu fosse você, eu não faria."

A preocupação era uma nuvem negra sobre sua cabeça.

Talvez você pudesse confiar em Dion, talvez não, mas realmente não havia outras opções para você.

"Aqui", eles disseram e tiraram um pacotinho, entregando a você. "Você provavelmente não comeu nada,"

Você levantou uma sobrancelha e pegou o que Dion lhe deu. O pacote marrom estava ligeiramente quente e redondo. Quando você estava prestes a perguntar sobre isso, Dion falou: "Ế um muffin de mirtilo".

"Oh", você disse e não pôde deixar de sorrir com esse ato aleatório de bondade. Nunca em um milhão de anos Você imaginaria você na mansão de seu professor, que também é um Lorde das Trevas malvado e assassino, comendo um muffin de mirtilo que alguma criança lhe deu. Então você cai na gargalhada.

Dion olhou para você confuso, seus olhos vagando entre o muffin e você. "O-o que é tão engraçado"

"Desculpe-desculpe," você ofegou e segurou o muffin, lágrimas se formando nos cantos dos olhos e os músculos do estômago doendo. Em sua defesa, foi tudo tão, tão absurdo e faltou-lhe um pouco de sono.

"Ok, ok, respira fundo", você disse e se recompôs. "Não é engraçado", você tentou se convencer. "Não é engraçado."

Dion apenas olhou para vocệ, os lábios entreabertos e os olhos arregalados.