Lembro-me perfeitamente da noite fria em que finalmente, depois de algum tempo de espera, eu senti paixão por você. O desejo consumidor da sua presença, do seu beijo, do seu corpo. Lembro do arrepio que subiu pelo meu corpo, da respiração forte, da raiva involuntária.
A maneira como as coisas acontecem nem sempre podem ser previstas, mas esse não é um desses casos. A presença constante de alguém gera afeto e saber que esse alguém nutre por você fervoroso amor faz com que você se sinta cobiçada, o jeito como se portava, como sempre esteve lá, tudo chamou a minha atenção e é claro que chamaria. Quem melhor que você para conhecer todos os meus desejos? Quem melhor que você para saber o que me deixa fragilizada? Você montou a armadilha mais óbvia do mundo, e eu caí.
Lembro-me de negar sentir qualquer coisa, de me forçar a não levar nada adiante, de sentir ciúmes e de então ser honesta e abrir o jogo, de dizer o que sentia e dizer que não levaria adiante. E de um minuto pro outro tua máscara caiu, e você, que tanto me prometeu nunca me deixar sozinha no escuro, me condenou a um túmulo frio e sem janela.
A promessa de um homem só pode ser mantida se seu coração nunca for quebrado. Desonesto. Desleal. Desgraçado.
Usou o meu maior medo para me levar ao fundo do poço, miserável.
Perpetuou-se em cada fragmento meu e mesmo após esses longos meses, não há um dia em que eu não pense ao menos uma vez no teu nome.
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leave me
Short Storynão existe um sentido real para nada do que for escrito aqui, muito menos uma ordem cronológica. não existe fragmentos de ninguém aqui, exceto os meus, evite se procurar nos estilhaços de outra pessoa.