Imagine se humilhar por um beijo. Horrível não é? Mas tudo que a pobre S/n queria era justamente um beijo do seu grande amor.
Ela e Chan se tornaram grandes amigos na ida do mesmo até a Austrália para visitar sua família e foi aí que conheceu a jo...
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— Se parecer impossível demais me esquecer, eu saio da sua vida. Não tem problema, em breve já estou indo embora mesmo.
— Mas… Preciso disso. Se desejar, eu me humilho muito mais.
— Me esqueça! Não posso te beijar e não quero, você já é bem grandinha para falar sobre algo tão patético. - Deu as costas e saiu da cafeteria onde eu trabalhava, o homem nem sequer olhou para trás, apenas seguiu em frente sem se importar.
Abaixei a cabeça me sentindo muito mal, era só um pedido bobo e simples. Amanhã ele sairia da minha vida para seguir sua carreira, e eu não passaria de uma amizade mais que passageira, a diferença era que ele causou mais estragos do que eu.
Decidida a esquecê-lo o máximo que podia eu voltei aos meus afazeres, fui até as mesas e perguntei se os clientes queriam mais alguma coisa mas ninguém queria.
Eu não me importo tanto com ele, apenas sinto o que não sinto pelo meu namorado. É tão bom cada sensação que sinto quando vejo seu sorriso, quando seu olhar cruza o meu e seus dedos tocam minha pele. Eu só queria sentir seus lábios e descobrir se são a passagem para o paraíso.
Entrei na cozinha da lanchonete e me sentei numa cadeira no canto e suspirei deixando um sorriso amargurado aparecer.
— Não acredito que me apaixonei pela pessoa errada. - Disse me lembrando de cada momento.
O conheci nessa mesma cafeteria, ele chegou e pediu uma fatia de bolo acompanhado por um copo de suco para tomar um café bem rápido. Disse que acabara de chegar no país e que estava faminto, eu então o servi e ele bem entusiasmado puxou conversa. Aí descobri muito sobre ele inclusive, ele era um cantor muito famoso, um ídol da indústria kpop. Confesso que nunca saberia disso se ele não dissesse, eu não mexo muito em redes sociais, não tenho tempo. No dia seguinte ele voltou e novamente conversamos, dessa vez com a companhia da sua irmã, ambos muito gentis.
Bom… o fato é que durante sua estadia aqui na Austrália nos tornamos grandes amigos, e em menos de dois meses eu nutre sentimentos por ele.
— Maninha? - Olhei para cima vendo Alaska, minha melhor amiga me olhando diferente. - O que aconteceu.?
— Nada demais, vou atender os clientes. - Me levantei e tentei passar por ela. - Alaska!
— Você está estranha, vai mesmo omitir isso de mim?
— É o Christopher.
— Ó Céus, esse homem te pegou de jeito em?
— Nem teve pegada. - Resmunguei e me soltei dela.
Voltei para o balcão e passei o resto da tarde assim, tudo estava muito ruim agora, eu estava com cara de quem perdeu alguém muito querido. Não era totalmente uma mentira.
Ao fechar a cafeteria troquei de roupa, coloquei minha bolsa no ombro e saí dali com a minha jaqueta pendurada no braço. Eram 22h30m, a noite estava horrível, parecia aquelas noites dos filmes de terror.
