1- Sangue

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O raiar do sol que aos poucos emergia dentre as grandes montanhas, clareando o pequeno vilarejo já com alguns habitantes começando seus dias de trabalho, anunciava a manhã. Por ser um pequeno vilarejo, quase todos haviam pegado o mesmo hábito de acordarem bem cedo para averiguar suas colheitas e segurança, para não houver futuros ataques dos animais da floresta, como lobos ou até mesmo corujas e raposas. Seres expertos que a qualquer brecha, poderiam acabar com sua colheita quando estão em grupo.

Claro, nenhuma de suas cercas de proteção havia algo que machucasse gravemente os animais, era completamente proibido algo que fericem até a mais pequena criatura. Por isso suas colheitas são tão importantes, o povo do vilarejo era praticamente, quase vegano, por apenas se alimentarem de frutas, verduras, legumes e massas feitas com o trigo e leite de suas vacas.

Os mais velhos, idosos, começaram sua caminhada da manhã para se manterem firmes, as pequenas crianças correndo pelas ruas com pedaço de pães e frutas entre suas mãos e bocas, aproveitando seus tempos fora da escola do vilarejo por estar em manutenção, então não poderiam visitar suas professoras para brincar como sempre faziam no final de semana. As pequenas lojas e mercearias se abrindo para começarem bem aquele belo dia de sábado. Tudo estava belo e tranquilo como sempre.

E ali, em uma das pequenas, mas belas, casas, saia um menino sorridente de cabelos verdes e cachos perfeitamente definidos, como de anjos. "Da vontade de apertar", pensavam as crianças que passavam por ali, dando bom dia para o esverdeado que corresponde com um belo sorriso enquanto via os pequenos correrem também sorridentes.

Após saírem de sua vista, Izuku levanta seus braços espreguiçando enquanto sentia o leve vento em seus cabelos, sorrindo mais pelas leves cossegas que fazia em suas bochechas, e apreciando o canto dos pássaros de olhos fechados.

---- Aí!

Não muito longe da porta de sua casa onde estava parado, no outro lado, ao abrir seus olhos avista uma pequena senhora sentada no chão, e ao lado, sua bengala. Rapidamente Izuku atravessa a rua sem se importar tanto com alguns cavalos que passavam por ali, mas pedindo uma breve pedido de desculpas por atrapalhar seus caminhos, logo chegando na idosa do outro lado.

---- Tudo bem, senhora? Se machucou? --- O olhar e voz preocupada de Izuku fez a velha moça ficar levemente surpresa, mas logo abrindo um longo e belo sorriso para o garoto, aceitando a ajuda que ele te concedia de maneira educada.

---- Estou sim, meu jovem, não se preocupe. --- Após Izuku a ajuda-a levantar e pegar sua bengala, ele logo olha mais atentamente para a idosa em sua frente, achando estranho não a reconhecer, já que o vilarejo era pequeno e praticamente Izuku conhecia todos ali.

---- Aparentemente está estranhando minha presença por não me reconhecer, não é? Da para perceber. --- A senhora diz colocando suas duas mãos escoradas na bengala a sua frente, olhando o semblante de Izuku mudar para um mais arrependido ao perceber que estava encarando a mais velha de maneira estranha, e até mesmo rude.

---- Perdão! Não quis deixar essa impressão. Meu modo de te analisar foi rude. ---- Izuku abaixa a cabeça como desculpas, que solta uma leve risada com certa dificuldade pelas suas leves tosses.

---- Tudo bem, filho, é normal. Realmente não faço parte deste vilarejo 100% ainda, cheguei a poucos dias. Me mantive em casa nesse meio tempo para organizar minha nova moradia, mas sai um pouco para uma caminhada. ---- Após perceber o olhar atento de Izuku em si, a senhora sente uma estranha sensação ao tocar em suas mãos. Pode parecer estranho, mas ao mesmo tempo que aquele garoto cheirava a paz, calmaria e paciência, poderia sentir algo estranho. Mas não é uma sensação e vibe de como o garoto é agora, talvez seja pelo futuro?

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⏰ Última atualização: Apr 04 ⏰

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