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Não estou no meu momento mais criativo. Também não estou no meu momento mais oportuno. Talvez tudo esteja preso pelo meio, dependurado. Pelo menos assim dessa posição, eu adquiro uma nova via de perspectivas.
Meu coração está tão insalubre.
Tão envenenado.
Os seres humanos não perdoam, nem deixam barato.
Eu também não.
Parece tudo o caralho de um desabafo desajustado, de quem como eu já disse.
Está por um triz.
Com as mãos no pescoço, pesando a fúria de mim mesmo.
Como eu poderei me devolver a mim mesmo? Jamais voltarei a ser como neste exato momento, e também não serei como a um dia ou uma semana atrás, ou talvez como a dez anos atrás, nem que eu volte aos tempos imemoriais, se eu voltar ao líquido seminifero, isso também não poderei voltar a ser. Pois tudo é agora, até não ser mais. E já não sendo, é,
pois é nunca mais será de alguma forma.
Nunca poderemos nos sujeitar a nós mesmos integralmente, temos que acertar ou miseravelmente falhar. Perdendo toda a porra do culhão pra si. Numa discussão interna cheia de refutes. Ambas as partes fodidas. Perdendo eventualmente.
Eu tô te pedindo socorro pra não ir pro inferno, me escuta por favor. Eu já estou na fase terminal de mim.
Piora cada capítulo,
as vozes na minha cabeça.
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As Vozes Da Minha Cabeça
PoesíaMeu medo é morrer e descobrir que a única coisa que eu matei foi meu corpo. plágio é crime. todos os direitos dessa obra pertencem à: THSRMS ©️
