Lampião

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O som dos grilos eram melodia em noite de primavera, quando duas garotas que pularam a janela dos seus respectivos quartos nos quais deviam estar dormindo uma hora dessas.

Elas conversavam em um campo de flores abandonado no qual era quase paradisíaco, seus olhares e risadas se cruzavam em meio a madrugada, as estrelas brilhavam em uma dança lenta,  seus dedos se entrelaçavam e cada vez mais perto uma da outra ficava, até que no meio de tulipas e margaridas, seus lábios se juntaram, era algo tão lindo, mas tão temido, elas sonhavam com o dia que não teriam que ficar as escondidas.

O  impetuoso fogo era muito perigoso, a igreja entenderia tudo om uma obra do qual não pode ser citado, a acusariam de bruxaria e mancharia a reputação de suas famílias, o calor do toque e o som de seus corações era um julgamento necessário, porque o amor ali estava, mas aos ignorantes tudo aquilo era tão impuro quanto fumaça do lampião que as iluminava.

Elas tinham pavor, mas estavam muito encantadas.

Elas ainda tinham esperanças.

De ficarem juntas até o fim dos seus dias.

De ambas realizarem suas conquistas  unidas.

De terem um final digno de poesia.

E elas realmente tiveram um fim, nos sonhos e nas cartas antes de terem sido condenadas, lixadas em praça publica queimadas em uma pilha de palha com sinônimo de aviso para aqueles que não seguiam seus ensinamentos em 12/08/1623 em algum lugar na Europa.

(Para contar a historia, só sobraram às cartas, nem seus nomes foram divulgados)




(Para contar a historia, só sobraram às cartas, nem seus nomes foram divulgados)

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Perdição: a arte de amar o pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora