Sob a benção das luzes de natal.

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Para aqueles que sonham, e nunca desistem

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Para aqueles que sonham, e nunca desistem. E para aqueles que adoram o natal, e principalmente a ceia,
este conto é para vocês.

 E para aqueles que adoram o natal, e principalmente a ceia, este conto é para vocês

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Por: Bernardo Costa.

O que dizer simplesmente da melhor época do ano, vulgo, o natal? Creio que não existam palavras para expressar o quanto amo esse feriado e tudo que o envolve. Desde as luzes coloridas até a barba do Papai Noel, todas as mínimas coisas que se complementam, e se tornam perfeitas, são as minhas favoritas. Sei que já deveria ter parado de acreditar em Papai Noel a muitos anos, mas dentro de mim, existe uma luz lá no fundo, que acredita que existem.
Por ser um leitor ávido, chego por fim a conclusão que preciso urgentemente de um livro que se caracterize no tema. Por esse motivo, encaro as decoradas portas da Jelly's Livraria, ou melhor, minha segunda casa. Sempre que algo não agradável acontecia, me chateando, era para cá que eu corria. Me enfurnava diante tantas histórias, e fugia da minha realidade, mal vendo o tempo passar.
Ouço o tilintar da porta, quando a empurro contra a parede e uma sensação familiar me apossa. Sensação de casa.
- Bom dia, Maria! - cumprimento a sorridente velinha que fica diante o balcão, e recebo um sorriso como resposta. E então, chego finalmente a minha parte favorita de todas: escolher um dos milhares de livros para ser meu, e confesso que não é uma tarefa fácil.
Meus olhos passeiam atentos diante as enormes prateleiras, e de repente, se pregam em um dos livros da sessão de romance. Quando o pego em mãos, sinto como se ele estivesse ali apenas esperando por mim. O pego sem ao menos ler a sinopse, e caminho em direção ao caixa, curtindo a música que ecoa pelas caixas de som, e um estranho sentimento de nervoso me preenche o peito. Quando é finalmente minha vez, embalo em uma conversa gostosa com Maria, a ajudando empacotar meu novo livro. Após pagar e me despedir, ouço mais uma vez o tilintar da porta e dessa vez a atravesso com o sentimento de dever cumprido.
Porém, essa sensação não dura muito. Assim que coloco os pés na calçada, sinto algo se chocar contra mim, me derrubando. Mal tenho tempo para raciocinar, somente quando sinto livros sendo derrubados contra meu peito, me fazendo arquejar.
- Ai, sua doida! Você não olha por onde anda, não? - e ela ao menos me ajuda levantar, devido ao fato de que caiu também, mas assim que meus olhos se chocam contra seu rosto, o ar parece se esvair de meu pulmão. Ela é simplesmente uma das, e me arrisco dizer, a garota mais bonita que meus olhos já viram. De repente, respirar e me manter de pé parece muito difícil.
- Você que deveria olhar por onde anda! Olha só a bagunça que fez com esses livros. - ela murmura, visivelmente estressada, e se agacha para recolher os livros que caíram. Prontamente me abaixo tambem, e a ajudo recolher. Ou tento, pelo menos, já que meus olhos não conseguem se desviar de seu rosto. Chega ser ridículo o quão linda ela consegue ser, mesmo sem se esforçar.
- Foi mal. Eu tava meio no mundo da lua, pensando no livro que acabei de comprar e...
- Tudo bem, docinho. Mas agora, eu estou com pressa, e preciso passar. - seus pés revestidos pelas botas vermelhas, batem contra o asfalto, contracenando. Além de linda, ela é estilosa. Tem algo melhor? Hora de colocar seu charme em jogo, Bernardo.
- Foi um prazer....?
- Eu realmente não quero perder meu tempo com você, cara, foi mal.
- Foi um prazer, garota misteriosa e estressadinha! Quem sabe a gente se esbarra por ai algum dia?
- Nem nos seus sonhos. - apesar da cara envocada, e as sombrancelhas franzidas, ela chegou sorrir minimamente enquanto falava. E isso foi o suficiente para que eu tivesse minha confirmação que meu natal já havia sido ganha.
Há não ser pelo fato de que quando peguei meu livro em mãos, não foi exatamente isso que peguei. E sim o diário da garota misteriosa.
-
Nunca fui bom em desvendar mistérios, não mesmo. Sempre fui o mais péssimo possível.
Mas diante esse caderno vermelho, meus neurônios parecem finalmente terem iniciado os trabalhos. Passei duas noites em claro, tentando decifrar qual o nome, e principalmente onde encontrar a tal garota. E depois de muito trabalho, finalmente descobri.
Através de uma das postagens do Instagram de uma de suas amigas - citada no diário - ela trabalha no café do centro. Cheguei até mesmo descobrir qual seu turno. Por esse motivo, estou sentado na última mesa, para que não ocorra o fato dela me ver antes do tempo e me chutar para fora. Mas assim que a porta de entrada é aberta, meu coração salta fora do peito. A garota do diário, entra abraçada e de mãos dadas com outro álguem.
Decido não me intrometer, parecendo um stalker desesperado e sair de cena. Coloco o capuz, e minha intenção era deixar o diário sobre o balcão e sair de fininho, sem chamar a atenção. Mas simplesmente não consigo. Meus pés travam no chão, e meu cérebro parece prestes a pifar. Sinto tenho um dever a cumprir, e não é esse o momento certo a lhe entregar o diário. Ainda tem muita coisa que não sei sobre ela.
Sendo assim, dou meia volta e ouço o tilintar da porta, logo sendo atingido pela chuva fina que caia do lado de fora. Garota Misteriosa, acho que chegou a hora de desvendar o mistério que você é.

Sob a benção das luzes de natal. - 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗻𝗮𝘁𝗮𝗹𝗶𝗻𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora