Talvez a morte não seja o pior destino

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    Então, lá estava Lee, jogado no fino carpete da sala, todo manchado com gotas vermelhas de sangue do jovem, e inúmeros cacos de vidro que cobriam todo o chão.
    Sabia que assim q retornasse para a casa dos seus pais, tudo aquilo se iniciaria de novo, todos aqueles espancamentos que sofria pelo os mais fúteis motivos, como da vez quando tinha 4 anos e não queria comer brócolis, seu pai começou a levantar a voz a ele, e como qualquer criança, começou a chorar, então, cansado do choro, lhe deu um forte soco no rosto, o qual ficou a marca da enorme mão fechada por dias, alegando que fez aquilo para "ele aprender a comer comidas mais saudáveis", qual é dificuldade de perceber que nem tudo se resolve no soco?...
    Ele sabia que aquelas constantes humilhações não iriam cessar, ou muito menos acabar, então teria que viver com elas, pois, o único motivo o qual tiverá para aguenta-las era sua vó, que morava algumas ruas abaixo, e estava muito debilitada de saúde, recentemente havia sofrido um infarto, e por isso, estava bem fraca ainda. Então juntando tudo o que sofria na casa de seu tio (todos os abusos...), e essa oportunidade de cuidar e de rever sua vó, o fez voltar a morar na casa de seus pais.
    Então Lee, levantou-se da maneira mais cuidadosa possível, para não se machucar mais com os cacos de vidros no chão. Mas, assim q se pôs de pé, sentiu uma enorme pontada no lado direito de sua barriga, e graças a ela, subiu as escadas mancando, em direção ao seu quarto.

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     No seu quarto, Lee pegou uma nova muda de roupas, e tirou as que estava, se enrolando em sua toalha, e indo ao banheiro.
     Assim que chegou, Lee viu que estava com um enorme corte em seu supercílio direito, o qual sangrava muito, além dos vários hematomas espalhados pelo seu corpo que reparou quando estava despido na frente do espelho.
      Ele só não sabia mais o que fazer em relação a tudo, por que sua vida tinha que ser tão medíocre, por que tinha que ser tão miserável?
    Em um surto, Lee pegou uma lâmina qualquer que achou em seu banheiro, e se pôs a cortar seus pulsos, o máximo que podia, o mais forte que conseguirá, ele não queria sentir aquilo de novo, essa sensação de insuficiência, de que só atrapalhava a vida de todos, ele talvez só nunca quisera existir, e seus olhos inchados de tanto chorar, sua face com uma feição de raiva misturada com uma angústia entregavam isso.
      Mas, por que ainda ele não se matou, como seu pai desejou, por que ele só não consegue fazer isso? seria um alívio para vida de todos. —Eu já passei por tanta merda— disse chorando— por que, por que eu só não morro, ou melhor, por que eu tinha que ter nascido, PARA VIVER UMA VIDA DE MERDA DESSAS?— falou, enquanto tentava se levantar.
      —Eu... eu só tô cansado de tudo, finalizou, enquanto caia no chão.

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     Depois de algum tempo, ele se decidirá, por que não ir a casa da minha vó?, ve-la sempre lhe animava quando criança, lhe abraçar, dormir em seu colo, Lee amava essas sensações. Então pegou sua toalha, se secou, e vestiu sua roupa, assim ele foi em direção ao quarto. Lá, se arrumou, pegou novamente seu blusão negro e o vestiu, com o intuito de que ninguém visse os seus novos cortes.. depois desceu as escadas, ainda mancando um pouco, e se pôs a frente da porta, mas, ele olhou para trás, e viu a cena que havia acontecido, todo o caco de vidro espalhado pelo chão da sala, todo aquele sangue seu espalhado pelo carpete, aquilo lhe assusta muito, alguém que ele deveria chamar de pai fazendo isso... .
      —As vezes, eu realmente não ter nascido teria sido uma dádiva... — disse, encarando tristemente as marcas de socos de brigas e crises de raivas que seu pai tivera enquanto ele estava na infância, que ainda estavam cravadas na porta. Mas, pelo menos por enquanto, seria melhor eu não ter esses tipos de pensamentos, não quero deixar minha vó pior com meus problemas... — falou, e então, girou a maçaneta.
      Assim que abriu a porta, percebeu que já era fim de tarde, e um enorme e lindo céu azul com belos tons avermelhados cobriam a cidade, entao, deu um grande suspiro, e foi em direção a casa da mãe de sua genitora, que ficava algumas ruas abaixo de onde morava.

      Assim que abriu a porta, percebeu que já era fim de tarde, e um enorme e lindo céu azul com belos tons avermelhados cobriam a cidade, entao, deu um grande suspiro, e foi em direção a casa da mãe de sua genitora, que ficava algumas ruas abaix...

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   Mas, perceberá algo estranho, a rua estava cheia de adolescentes,e todos eles tinhas os uniformes de sua escola? não, AQUELES ERAM ALUNOS DE SUA ESCOLA, os que não haviam sido liberados junto com as turmas que tiveram déficit de professores e saíram mais cedo.
    —Se eles liberam todos os outros alunos, então o ..., falou mentalmente, —será que ele mora por aqui? não não, devo só estar pensando alto, qual seria a chan-, mas antes que pudesse terminar seu raciocínio,  Lee escuta alguém chamando seu nome, e quando olha para trás:
    —Leeeee, oiiii leeeee — gritou no final da rua Seong, com seus cabelos brilhando em um tom de vermelho lindo pela fraca, mas belíssima luz do sol.
    —Nem f-o-d-e-n-d-o, falou baixo, enquanto o mais velho vinha correndo alegremente em sua direção.
   
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𝑉𝑜𝑡𝑒𝑚 𝑠𝑒 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑎𝑟𝑒𝑚, 𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑚𝑒 𝑎𝑗𝑢𝑑𝑎𝑟 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 <33

𝑀𝑒𝑚𝑜𝑟𝑖𝑒𝑠 𝑂𝑓 𝐴 𝐷𝑎𝑟𝑘 𝑃𝑎𝑠𝑡Onde histórias criam vida. Descubra agora