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Zoe:

A noite de Duskwood lhe trás uma terrível sensação de olhos caindo sobre você mesmo estando em um carro em movimento.

Depois de andar por alguns metros de estrada de terra o táxi finalmente para enfrente a casa mau iluminada, não espero o motorista dizer o valor da corrida e logo saio do carro. Bato a porta do veículo e olho em volta enquanto ouço o homem tagarelar algo.
Tiro a nota mais alta que tinha no bolso e jogo pela janela enquanto continuava andando em direção a casa.

Nao foi preciso bater ou chutar a porta ela já estava aberta, com um pequeno vão aberto sentir uma estranha sensação parei por alguns segundos até abandonar aqueles sentimentos de lado e empurrar a porta até alcançar seu limite, ouvindo os roncos espalhado pela casa respirei fundo já sabendo quem encontraria o responsável pela reforma da casa.
Não reparei muito na casa, mais  dando uma leve olhada a bagunça da reforma estava presente por todo canto, jornais, latas de tinta, pregos e madeiras assim como algumas garrafas de cervejas estavam jogadas pela casa.

"Só por que ontem foi domingo eles acham que tem permissão para praticar essa ousadia na minha casa ?"

Caminho até o sofá na sala, ocupado pelo velho barrigudo, o movo algumas vezes com cautela "não se contamine com esses germes de pobres" respiro fundo já perdendo a paciência, pego uma garrafa pela metade que achei na mesa enfrente ao sofá e lhe ensopo com o líquido.

- SOCORRO, FRANKLIN, EU NAO SEI NADAR, CORRE-NADA MIRANDA!! - o homem acorda aos berros, incomodando alguns de seus companheiros que estavam ali.

- sua mulher sabe que você anda sonhando com outras, Vinícius ? - digo enquanto vejo o mais velho tentando voltar a estabilidade - a propósito vocês não estavam dormindo no horário de trabalho né?

- patroinha ! - ele grita abrindo os braços ainda sentado no sofá - que felicidade em tê-la aqui - ele disse com um sorriso enorme.

- sua alegria me enjoa - aviso-o que não estou pra brincadeira.

- é-é o que a senhorita veio fazer aqui tão cedo ? Tá adiantada algumas semanas - ele gargalhou sem graça.

- seu incompetente ! Se eu te dou um prazo para vc me entregar, tem que entregar antes !

- aaa voce sabe como são as coisas né? Domingo dia do descanso, e nós só voltamos a trabalhar na segunda.

- são 3:49 - reparou relógio em seu pulso - quero que você ligue para o incompetente do meu marido e diga a ele para cortar metade do seus salários caso essa casa não seja entregue em dois dias, quero também roupas, sapatos, dinheiro, carro, notebook, - paro de falar ao ver as caretas que ele fazia enquanto tentava memorizar tudo que dizia - você está prestando atenção no que eu digo ? - com suas caretas, ele demorou para responder minha pergunta.

- qual dos seus maridos ? - olhei de cima a baixo então me virei e caminhei de volta a porta olhei para uma mesa que tinha ao lado da porta e peguei as chaves de algum dos carros que estavam parados.

- quero também que isso esteja tudo limpo.

(...)

Desde que cheguei a cidade, ontem, estou hospedada no hotel, antes de vir para cá desliguei qualquer dispositivo meu que pudesse denunciar a minha localização a eles, eles quem? Em um resumo nada resumido e com furos de roteiro com direito a mais pergunta:

Eu e meu irmão brigamos: eu por causa da namorada dele e ele por causa do meu 'trabalho'. Eu sai de casa e viajei por algumas partes do mundo já que o meu 'trabalho' havia apresentado alguns problemas, é claro que em todo lugar que chegava eu pedia para manter segredo sobre minha localização, eu não falava com ele e nem ele comigo, até que em um brilhante dia eu decidir que não poderia ficar brigada com a única família que me resta, então voltei para casa, ao chegar, fui recebida por Kate, a mulher chata que meu irmão tá comendo. Ela disse que meu irmão recebeu ligações de número desconhecido que o trouxe até esse buraco e depois ele simplesmente desapareceu. Ela queria vir comigo mais é claro que eu não deixei.
Três horas já aqui, eu conseguir invadir o quarto que meu irmão ficava e peguei apenas o necessário para encontra-lo, não foi tão difícil de entrar lá já que a velha daqui parece só se importar em pegar o zelado, claro que não estou julgando né. É claro que não achei muitas coisas no quarto dele.

Outra Vida - Jake Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora