A noite passada havia sido muito agradável, Heeseung tinha me convidado para ser a acompanhante dele no jantar que Karina iria organizar em seu edifício.
— JUNGWON-AH! ISSO ESTÁ BOM?! – Gritei do quarto para que o garoto vinhesse até aqui.
— O que?! Ui ui ui, para onde vai?! Você está parecendo alguém adulto! – Provocou.
— Seu besta! Sei que estou maravilhosa. – Sorri.
— Aliás, eu vou acompanhar Heeseung em um jantar familiar hoje, isso não é demais?! – O encarei.
— Mal começaram a namorar e já estão assim?! Já estão conhecendo a família um dos outros? Acho que está muito avançado.
— Que nada, só estou meio nervosa por ter que conhecer o resto, ou seja, a irmã da mãe de Heeseung. – Disse enquanto pegava minha bolsa.
— Boa sorte, mande um abraço para Karina! – Falou quando me viu sair do local.
Quando saí o garoto estava em pé mexendo em seu telefone do outro lado, eu diria que aquilo viraria tradição, sempre que nos encontrávamos ele estava do outro lado, sorri ao vê-lo e logo atravessei a rua e o Lee riu ao me ver.
— Você está linda! Não precisa ficar nervosa, é só um confraternização em família... Eu acho. – Segurou minha mão.
— Você acha?! – Arqueei a sombracelha.
Não demorou muito para que chegássemos, de carro era muito mais fácil do que ir de a pé;
Ao Karina abrir a porta de seu apartamento, novamente fiquei encantada com a quantidade de luzes, era tudo tão lindo, tão brilhante! Era impossível não sorrir ao ver aquilo, acho que eu não estava tão acostumada ao ver lugares chiques.
— Whoa! S/n não é?! – Karina sorriu ao me ver. Fico feliz em lhe ver aqui, e como par do meu primo inclusive.
— Obrigada... caso tenha sido um elogio. – A mesma sorriu com meu comentário.
Karina nos mostrou onde iríamos nos sentar e então ficamos ali vendo os outros parentes chegarem; as mulheres bem vestidas me lembravam muito de algum filme americano que tratava sobre a idade média.
Íamos começar a comer quando a porta que ficava no centro abriu bruscamente revelando nada mais nada menos que Soomin, ela estava acompanhada com seus pais, eu acho, o que causou uma afeição de surpresa em Karina, principalmente em Heeseung.
— Oh... tio Hyeon! Que surpresa vê-lo aqui. – Karina disse sem graça.
— Não vai dizer que é uma surpresa me ver aqui também priminha?! – Soomin falou após entrar no local e me encarar de cima a baixo.
— Por qual motivo?! – A mesma arqueou a sombracelha.
Aquilo já estava ficando desconfortável em um nível extremo, Soomin se gabava sobre seu trabalho e o quão ela ganhava com aquilo.
O estranho era que ela tinha se oferecido para ajudar a servir a comida, o que era muito suspeito, e talvez eu estaria certa.— Eu amo esse vinho! Ele é tão bom. – Heeseung falou ao ver as taças sendo colocadas na mesa.
— Vamos trocar! No seu tem mais. – Ele disse.
— Não sabia que gostava tanto de bebida alcoólica. – Falei ao ver o mesmo beber a metade da bebida.
— Na verdade eu nunca fui tão fã, bebo apenas em ocasiões especiais, ou seja, quase nunca.
Comida bebidas e risadas, era tudo que havia ali, Soomin olhava fixamente para Heeseung, como se fosse matar o garoto ali mesmo, e isso me deixava com uma raiva ao extremo.
— Querida... Não me sinto muito bem, acho melhor irmos embora. – Heeseung falou enquanto segurava minha mão.
— O que está sentindo? – Olhei o mesmo que forçava as vistas para me olhar.
— Tontura... muita tontura!
Era a minha primeira vez dirigindo algum carro depois de anos, o levei para casa, achando que seria algo passageiro, mas a tontura foi o levando para algo muito pior, o que diabos estava acontecendo ali?!
A melhor opção foi o levar a um hospital, eu estava com tanto medo de acontecer algo ruim, o que poderia ser afinal, um problema envolvendo álcool?!
— Heyyy! Fique calma S/n, deve ser só um mal estar passageiro, Heeseung sempre foi fraco para bebidas alcoólicas. – Chaewon disse tentando me acalmar.
— Eu espero muito que seja algo passageiro! – A olhei.
(...)
Mordia os lábios enquanto esperava que o tempo passasse logo para que pudesse ser liberada do trabalho e visitar Heeseung, já fazia dois dias em que o garoto estava na droga daquele hospital, a essa altura eu já estava rezando para que o garoto não precisasse ser internado ou algo do tipo.
— E aí amiga, já sabe o que houve para Heeseung ficar tão mal daquele jeito? – Mina falou se sentando ao meu lado.
— Irei saber hoje! Espero que não seja algo grave...
Ia dizer mais alguma coisa, mas fui interrompida pelo apito do telefone indicando que nova mensagem tinha chegado, era Jungwon, ele havia trocado o turno comigo hoje, tinha exatamente cinco notificações, Arqueei a sombracelha ao ver aquilo, e estava certa, não era algo bom.
— Envenenamento?! OI?????? – Mina disse após espiar as mensagens.
— Soomin estava lá não estava?! É óbvio, aquele papo de matar meu ex, ela é louca!
Acho que eu tinha que resolver algumas coisas ao sair dali, e não demoraria muito para Heeseung finalmente ter paz.