três meses para amar

Victoria

Mais um dia na pequena cidade de Novo Horizonte.  O lugar é lindo e tem o melhor por do Sol do mundo. Amo este lugar mas é difícil conciliar tudo. Meus pais morreram em um acidente barco quando voltavam pra casa a cinco anos, após um dia de pesca,  sou a mais velha de três irmãos. Tenho 23 anos, e os gêmeos Sophia e Samuel tem 20. E desde a morte de nossos pais tomo conta de tudo. Tive que deixar meus sonhos de ir embora pra me tornar a responsável por tudo.  Não é que eu queira ir embora, só queria fazer faculdade de fisioterapia e atuar aqui mesmo no vilarejo e  em Novo Horizonte, ainda não desisti. Me divido em cuidar da casa, dos gêmeos, contas e do curso técnico distância
Minha vozinha Agnes( que também mora com a gente )e minha irmã são a razão de querer tanto esta profissão. As duas tem asma e vovó ainda tem atrofia muscular e tudo que aprendo uso para dar uma qualidade de vida pra ela. Um dia tudo melhora
- Oi rainha, como está hoje?
- Oi querida, estou bem. Vovó responde cansada
- Já vou tá meu amor. Samuel, Sophia, cuidem bem dela. Qualquer coisa me liguem
Me despeço com um beijo e vou para mais uma aula prática. Estas não podem ser online infelizmente, duas vezes por semana preciso ir a cidade pra participar. 
São 5 minutos andando e  mais 15 minutos de ônibus até a cidade. É difícil mas vale apenas. Agora faltam só mais 8 meses até me formar.
Temino a aula e já são quase nove da noite. Droga, hoje demorou. Tudo por causa do idiota do Caio, garoto mimado e arrogante, só porque é filho do prefeito e da unica medica generalista da cidade acha que todos estão a sua disposição.
Saio da sala apressada e ando até o ponto de ônibus sem olhar pros lados e só sinto a pancada
Droga. Droga. Droga
Ainda bem que não foi forte
- Tá cega garota. Escuto um homem gritar
- Aí. É so o que consigo dizer
- Se machucou? Agora a voz e de um anjo. Abro os olhos que nem percebi que estavam fechados e sigo a doce voz
- Você está bem? Se machucou?  Torna a pergunta
Olho pros olhos azuis mais lindos que já vi na vida me olhando da porta do carro. Porque não desce?
- A.acho que sim. Aí...ou não.  Falo triste
-Droga. Vou perder o ônibus.  Tento me levantar mas uma dor aguda atinge em cheio meu tornozelo. Deus que dor
- Moça, nao olha por ande anda?
-Calma primo, ela está machucada
Os dois começam a discutir
- Calma o cara.lho. eu poderia te-la matado
- Não exagera primo
-Exagerar? E se você tivesse se machucado? Não acredito que te convenci a vir nesta viagem louca e poderia ter te matado. Choro
-Ei, calma Ricardo, nada aconteceu
O tal Ricardo continua chorando e eu choro junto e nem sei porque
- Ei, parem vocês dois ou vou chorar também
-Quem tá chorando idiota?
Todos começam a rir dois minutos depois

...

- Sou Ricardo e este grandão  desajeitado no do carro aí é Benjamin

- Oi. Sou Victoria. Mas podem me chamar de Vic.
Desculpem a bagunça mas preciso ir. Aí...
- Gata, seu pé tá horrível melhor ir ao hospital, vem, levamos você

- Droga. Espera, preciso avisar em casa

...
No telefone
- Não Sam, está tudo bem. Só vou ao hospital pra evitar algo mais grave. Só cuide da vovó e da Sophia...
Tá, também te amo
Observo o tal Benjamin, ainda dentro do carro me encarando. Cara estranho e lindo

Benjamin

Ela é a garota mais linda que já vi na vida. Pele bronzeada do sol, olhos azuis e cabelos castanho avermelhado. Um anjo
Não sei porque mas me sinto atraido por ela, como um imã
-Vamos?  Ric a chama
-Sim. Obrigado

Ela entra no carro, parece tímida
Ela indica o caminho, já que não conhecemos nada por aqui
5 minutos depois chegamos a um pequeno hospital, aparentemente com poucos recursos. Imediatamente ela desce. Sem esperar por nós. Ric me ajuda a descer  e vamos atrás dela
- Oi Vic, o que houve. Um rapaz se aproxima
-Ah, oi Sr Caio. Acho que virei o pé. Percebi que seu tom é de desagrado
- E esses aí?  Que são? Aponta pra nós
Só ai ela se vira e parece que, só agora se deu conta q estou em uma cadeira de rodas. Fico tenso
- São meus amigos. Ela vem até nós e põe suas mãos em meus ombros dando um leve aperto