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▪︎chá revelação▪︎
Cá' estou eu me arrumando para o revelação de sexo do meu bebê, estou com seis meses e umas semanas, a barriga já está enorme.
Me olho no espelho e estou linda, coloquei um vestido branco longo, com renda nos braços,e um pequeno decote. Escolhi branco, para que na hora da revelação ele suje com a cor do sexo, vou guardar eternamente esse vestido.
A festa vai ser em casa mesmo, no quintal. Tem um espaço ótimo para que caiba todos importantes.
Desço as escadas com um pouco de dificuldade, e encontro Geizon.
- Me chamava preta, não pode fazer muito esforço- fala vindo em minha direção.
- Relaxa meu amor, não posso depender de você o tempo todo né- falo dando um selinho nele assim que chego no último degrau.
- Pode me chamar para tudo, você sabe- fala passando os braços pela minha cintura.
- Você tava aqui em baixo eu não ia gritar.
- Mandava uma mensagem.
- Tá tá, da próxima, agora já foi- falo indo em direção dos docinhos.
...
Já comi pra cacete, tô me sentindo mais bolinha ainda, mas não pode deixar uma grávida passar vontade né.
- Oi meu amor- me dá um selinho.
- Oi preto.
- Neném do papai- agachado na minha frente, ele começa a conversar com a barriga.
- Tá mexendo muito hoje- resmungo assim que sinto um chute.
- Hoje é dia né- fala rindo.
- Que horas vai ser a revelação? Minha mãe não falou nada.
- Ela quer agora, mandou eu vim aqui perguntar pra tu se pode ser.
- Pode sim, tô ansiosa- levanto com ajuda dele e vou para o local onde tem os baldes de tinta.
Ficamos de frente para o pessoal, Geizon pega na minha mão e da um leve aperto, olho pro mesmo que está com um sorriso maior que a cara, não estou muito diferente, nosso sonho sendo realizado.
- Vou puxar alavanca para os baldes virarem- fala minha mãe.
- Contagem regressiva- grita meu pai.
- 5, 4, 3, 2... - grita todos em uníssono.
- 1...- sussurro pra mim mesma.
Encolho meu corpo assim que sinto a tinta gelada na minha costas, quando escorre pelo os meus braço consigo ver a cor e tá...
Roxo?
Olho sem entender para Geizon que está confuso igual, assim que olho para minha mãe ela tá chorando com a mão no rosto.
- É o que então?- falo rindo pra meu preto.
- Menina, talvez- fala rindo também.
- Eae, já descobriram o que é?- minha tia pergunta emocionada.
- Eu chuto menina- Geizon levanta a mão assim que a pergunta é feita.
- E você minha filha?- minha mãe pergunta sorrindo.
- Vou de menina também.
- Erraram- meu pai faz graça batendo na testa e negando com a cabeça
- Agora complicou- falo com a mão na cintura.
- Posso dizer?- minha mãe fala indo para o lado do meu pai ainda chorosa.
- Pode meu amor- meu pai abraça a cintura da minha mãe segurando o choro.
- É, tá difícil para o véi ver a filha crescida- minha tia fala rindo e o resto rir também.
- Bom, como somos muito inteligente- minha mãe fala se referindo a ela, minha tia e meu pai... os únicos que sabiam o sexo do bebê.
- Resolvemos fazer uma graça, juntamos as cores dos sexos pq... - meu pai continua.
- é...- minha tia continua.
- GÊMEOSS- gritam juntos.
Me viro para Geizon que tava chorando, o abraço molhando o pouco do seu ombro.
- Meu amor- ele segura meu rosto com suas mãos- vamos ter gêmeos, dois bebês.
- Da pra acreditar preto? Uma menina e um menino- falo sorrindo olhando nos seus olhos.
- Agora sim, nosso sonho está 100% realizado, obrigada por tudo.
- Não tem o que agradecer, amor. Vencemos tudo, e agora estamos aqui, esperando dois filhos nossos- coloco minha mão na barriga.
- Sim preta- ele agacha na minha frente e da dois beijos na minha barriga.
- Esses momentos de casais me emocionam tanto- fala a vó de Geizon com um paninho.
- Nossa, tinha esquecido que estávamos aqui ainda- fala ele levantando.
- Eu também- falo rindo.
Assim seguimos a festa, rindo, fazendo palhaçada, só alegria.
...
Acabei colocando um biquíni, tomando uma ducha pra tirar a tinta e entrei na piscina, muito calor.
Logo meu preto entrou na piscina e ficamos trocando carícias.
- Estou muito feliz, sabia!?- digo sorrindo pra ele.
- Seu sorriso não engana meu amor, nós dois estamos.
Dou e selinho demorado nele e junto nossas testas.
