capítulo 6

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—Era noite quando acordei, estava tudo um completo silêncio, e estava fazendo muito frio, mais do que o normal, pelo fato do castelo ser rodeado por florestas e árvores, ele era um local que consegui ficar bem frio, é como si as goticulas de água acumuladas no solo, estivesse subindo para o ar

A cada respiração que eu dava, sentia meus pulmões doerem, a ponta dos meus dedos e a ponta de meu nariz também,e estavam rosadas

Eu queria me levantar da cama, mas o frio me impedia de me mexer, era insuportável, por alguns segundos cogitei si estava fazendo -7°C

Juntei um pouco da coragem e força que tinha, e me levantei da cama

— PUTA QUE PARIU!! TÁ MUITO FRI-FRIO... —gaguejei batendo o queixo

Abri o closet procurando desesperadamente por alguma roupa de frio, a mais quente possível, si demorasse mais um pouco, eu acho que eu acenderia uma fogueira ali mesmo, e pularia dentro dela!

—encontrei! Finalmente, acho que essa 'daqui dá para o gasto.

Era um casaco de pele branco, bem peluda, provavelmente maior que meu corpo, ela arrastava no chão quando eu andava

Exagerado, mas quente

Vesti o casaco e finalmente me livrei do frio que me atormentava, olhei em volta e estava tudo escuro, decidi sair do quarto e explorar o palácio, mesmo que fosse noite, em minha cabeça aquilo parecia mais legal de si fazer a noite, me dava calafrios na barriga e eu me sentia ansiosa, eu gostava de adrenalina, para mim era como uma aventura.

Abri a porta com delicadeza para não fazer barulho,e desci as escadas na ponta dos pés, eu estava com o celular na mão, assim que terminei de descer as escadas fui direto para os corredores do palácio, tinha vários quadros, um mais estranho que os outros, até que cheguei em um que era ainda mais estranho, tinha um corvo pintado, na moldura do quadro tinha pequenas estrelas entalhadas, e uma lua um pouco maior, entalhado no topo do quadro, peguei uma cadeira e subi em cima dela

Para poder olhar mais de perto, assim que coloquei a ponta de meu dedo senti algo furar o furar, uma agulha

—Aaaaiii meu dedo— balancei minha mão tentando afastar a dor

Logo depois o quadro afundou para dentro da parede,e subiu para cima em uma pequena entrada feita para ele encaixar,era uma entrada fina, assim que o quadro saiu de vista, vi uma passagem pequena, do tamanho de uma janela média, qualquer pessoa conseguiria passar por ali engatinhando, a passagem era escura, sinto que devo entra na passagem, mas me senti relutante

Dizem que a curiosidade matou o gato..., Mas eu não sou uma gata, sou uma pessoa

Depois de alguns segundos pensando, em tomei impulso e me joguei no buraco, a passagem era ingrime, como si fosse um escorregador

—AAAAAH!!!

a única coisa que pensei foi o porque eu me meto nessas enrascadas?!, Um dia eu ainda vou me perder na floresta, ser sequestrada, ou algo pior si eu não mudar esse hábito!!

Assim que olhei para frente, percebi uma luz branca brilhar

—A não... Meus Deus será que eu morri?! Lucinda não vá para a luz, a luz não!!—começo a gritar comigo mesma— eu nem consegui comer minha última refeição! Ter direito a um último desejo!—choraminguei

Sem que eu perceba,chego ao final, e sou lançada para um enorme arbusto

—Aai...aí ai, eu caí em um arbusto, com espinhos... É sério isso?! Sério!?, A única coisa que eu tinha que fazer, era pegar um agasalho e me deitar novamente, porque eu fui sair daquele maldito quarto?! Lucinda sua idiota! Idiota!! —resmungo e choramingo

Tento me levantar aos poucos e assim que me levanto, tiro os espinhos um por um, demorou uns 29 minutos, foram o 29 minutos mais estressantes e dolorosos da minha vida, quando terminei olhei em volta, e vi que eu estava em um jardim, por alguns segundos pensei que era o mesmo jardim aonde Sophi e eu brincamos, mas não era, era impossível, era um jardim totalmente diferente,e principalmente maior, muito maior.

Vi que tinha um caminho de pedras, e então decidi seguir o mesmo, assim que o caminho acabou, me deparei com uma estátua, era uma estátua linda, branca, parecia gesso, senti que si eu tocasse, iria desmanchar, mas assim que toquei, percebi que tinha um material forte, cada traço dela era extremamente delicado, era a escultura de uma mulher com cabelos ondulados,magra, rosto fino, parecido com um anjo,segurava um corvo em suas mãos,olhei a parte esculpida do vestido,por alguns segundos cogitei que realmente fosse um tecido, mas não era, me lembra do véu de " a virgem velada" obra de Giovanni Strazza

Era uma estátua de mármore.
Tinha uma placa de metal, estava escrito: para minha melhor amiga, companheira e esposa, a beleza das flores, deste jardim, não chegaram e nem chegarão aos teus pés, com amor: para sempre seu Heitor.

Meio brega, mas o que vale é a intenção...

—Heitor..., Ele fez esse jardim?, Quem é essa mulher?, Parece que ele a amava muito

Eu estava distraída olhando para a estátua quando algo brilha atrás da estátua, quando olho percebo que um lago, muito grande, tinha um pequeno barco, aonde caberia 2 pessoas, exatamente 2 pessoas, e na outra ponta do lago, havia uma pequena cabana, mas para chegar até lá, seria necessário usar o barco, só havia um problema ...
Eu não sei remar, nem nadar, quais são as chances deste pequeno barquinho tombar e eu cair dentro da água e me afogar?, Eu diria 50% de certeza

Mas os outros 50% era a minha curiosidade, pena que ela não falava mais alto do que o meu medo de me afogar... Eu tenho medo de me afogar de novo

A Duquesa luzOnde histórias criam vida. Descubra agora