Capítulo 1

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34 anos depois

     debaixo da sombra de uma grande oliveira se encontra uma jovem de pele amendoada, cabelos negros e olhos brilhantes.
    nas mãos da jovem havia um pedaço de carvão que sujava a ponta de seus dedos e também por debaixo das suas unhas, o pedaço de carvão era usado para desenhar em um caderno que estava sobre seu colo, caderno de folhas amarelas que possuíam vários esboços, desenhos de dragões.
   zia era fascinada por taís criaturas admirava a era dos cavaleiros de fogo e repudiava o fim que eles e suas féras tiveram.
   
    ao olhar o horizonte a mesma viu que o sol já se encontrava no ponto mais alto do céu indicando que já havia se passado a manhã e que à tarde estava se iniciando, guardou o caderno e o pedaço de carvão levantou-se e assim que se pôs em pé agitou a barra de seu vestido para limpar as folhas que ficaram presas ao tecido. visto que já era hora do almoço e que a sua mãe possivelmente já estava a esperando em casa zia se apressou para chegar ao seu destino. 

  andou pela pequena trilha na floresta que dava acesso a um pequeno vilarejo onde ficava sua casa, passou pela feira, pela taberna e pôr uma porção de casas até finalmente chegar a sua, ao que se aproximou da porta pode sentir o cheiro característico da comida da sua mãe, o que a fez sorrir, empurrou a porta de madeira ouvindo o ranger estridente da mesma que anunciará sua chegada a sua mãe que encontrava-se de costas mechendo no fogão, mas ao ouvir o barulho da porta virou se de frente sorrindo ao ver a filha. zia sorriu de volta e deu alguns paços até finalmente estar de frente para a mesa que ficava no centro da pequena cozinha, deixou ali seu livro e foi até a pequena bacia onde tinha um jarro com água limpa. despejou o conteúdo do jarro na bacia que até então se encontrava vazia, mergulhou as mãos ainda manchadas pelo carvão, esfregou-às vendo a água limpa se tornar turva, suja. secou as mãos no pano que ficava pendurado em um gancho na parede de frente para si.

— filha eu preciso falar com você!a mãe de zia quebra o silêncio que pairava no pequeno cômodo.

zia se virou para a mãe e apenas acenou com a cabeça.

pode ser ouvindo o som de passos, que se repetiram durante um curto intervalo de tempo que indicava que alguém estava correndo. não demorou muito até a figura de um menino que tinha pôr volta de dez anos entrar pela porta da cozinha que zia, como sempre havia deixado aberta.

— ziaaaa!!! — a voz da criança foi ouvida assim que entrou pela porta, milo estendeu a última letra do nome da irmã o quanto seu fôlego permitiu, a medida que gritava se aproximou da irmã e saltou em seus braços em busca de um abraço.

zia seguro o irmão por debaixo dos braços na região das costelas levantando o mesmo poucos centímetros do chão, segurava o menino como se fosse fugir daquele abraço. soltou o irmão assim que ouviu um riso vindo da porta da cozinha que ainda estava aberta.

— vocês voltaram más cedo do que o previsto, houve algum imprevisto durante a viagem? — a mãe de zia perguntou a medida em que esfregava a barra do avental nas mãos para secar as mesmas que estavam molhadas com o vapor das panelas.

— não, não houve nenhum pertinente na verdade a viagem ocorreu bem, o rei escolheu os novos soldados como de costume durante a cerimônia, ele estava com pressa então realizou a cerimônia de escolha e de integração no mesmo dia. — o pai de zia dizia a medida que entrava na residência. silenciou se pôr alguns segundos se virando para fechar a porta da cozinha. 

— pôr que o rei estava com pressa, houve alguma coisa no castelo que não chegou até a cozinha? — hilda pergunta ao marido.

o homem caminha até a mesa se senta na cadeira da ponta depois de puxar o assento.

— parece que o segundo exercíto encontrou vários de seus homens mortos perto de uma caverna, os corpos estavam carbonizados e havia uma extensa faixa de grama queimada no perímetro.

Zia e o último dragão Onde histórias criam vida. Descubra agora