Assim que terminamos de comer, Noah havia arrumado onde eu iria dormir no quarto de sua mãe, como a mesma pediu, em seu quarto iria dormir ele e seu irmão mais velho, que chegou logo durante o jantar, assim que todos se deitaram, fiquei olhando fixamente para o teto do quarto, a chuva já havia se acalmado um pouco, mas ainda sim dava para ser ouvida, quando finalmente consegui pegar no sono, já era de manhã, a chuva já havia passado, e a Sra Smith já havia se levantado e ido trabalhar junto de seu filho mais velho, assim me deixando me deitar no quarto dos meninos, já que de acordo com ela, era mais confortável, eu não recusei, mesmo sabendo que estava me condenando.
No meio de um sonho onde eu podia voar e todos os meus desejos poderiam se tornar realidade, despertei sentindo um braço ser colocado sobre minha cintura, permaneci uns minutos imóvel e então abri finalmente os olhos, encontrando seu rosto próximo ao meu, seus olhos estavam fechados, dormindo assim, até parecia um anjo, acabo sorrindo boba olhando para ele, quando tento me mover, sinto seu braço me abraçar ainda mais forte, acabo sedendo e ficando ali mesmo, o olhando até pegar no sono novamente.
Acordei novamente com o mesmo me chamando, ele havia retirado minha coberta e estava puxando meus pés-- ACORDAAAA
-- Para de gritar idiota! -abro os olhos, metade do meu corpo já não estava na cama- NOAH ME SOLTA!
-- Seu desejo é uma ordem -ele me soltou com um sorriso travesso e eu acabo caindo da cama-
- Argh! Seu idiota!! -levanto e vou bater nele mas o mesmo segura minhas mãos, logo me jogando na cama- grrr
-- hahaha tenta me bater vai -ele ria da minha cara e a única coisa que eu queria era amassar essa cara de bad boy dele-
-- Babaca! -levanto e saio do quarto mas logo sinto sua mão segurar meu braço e me puxar com força, me fazendo bater contra seu peito- aii!
-- repete o que você disse -sua voz estava com um tom provocativo e desafiador-
-- B-A-B-A-C-A -assim que termino de falar sinto sua mão em meu pescoço, e seus olhos penetrantes me encarando, parecia que estava tentando ver através de minha alma- me solta!
-- Repete agora Hayley -seu sorriso era tão perverso quanto suas expressões, sua mão continuava apertando meu pescoço, mas não de forma com que me machucasse-
-- Ba..ba..ca -falo e então um sorriso travesso e malicioso também surgiu em meus lábios, se ele queria jogar, então iríamos jogar, logo pude sentir sua língua quente passar pela extensão de meu pescoço me fazendo suspirar-
-- Você tem sorte que estou piedoso, e também você está ferida -ao dizer isso, pude sentir um selar em meus lábios- apenas um carinho hoje
-- idiota! -dou uma joelhada em suas partes baixos, ele sabia que meus lábios já passavam do limite, e mesmo assim continuava, saio dali indo para os fundos da casa, ainda ouvindo seus murmuros de dor-
-- Aí é golpe baixo Hayley!! -ele disse em voz alta, mas eu o ignorei, não queria discutir
Durante o resto do dia, permanecemos sem falar muito um com o outro, arrumei toda a casa e quando Sra Smith chegou, me perguntou se haveria algum problema e eu neguei, não queria dizer que seu filho havia me dado um selinho, mesmo sabendo que não deveria
No fim da tarde, quando já estava anoitecendo, pode se ouvir o som de uma buzina e alguém chamar do lado de fora, meu coração acelerou quando reconheci a voz-- é ele...-minha voz demostrava o medo que eu sentia, os olhos escuros e viciantes dele se encontraram com o meu e seus braços se envolveram em minha volta-
-- vai ficar tudo bem..-sua voz era suave e calma, suave até demais para um garoto- mãe poderia atender? E pfvr não diga que ela está aqui
-- Claro, mas pfvr depois quero que me expliquem o que está acontecendo -concordamos e entramos no quarto, pudemos assim ouvir quando a mesma abriu a porta- pois não??
-- boa tarde, ontem minha filha desapareceu, desconfio que seu filho possa saber de algo, eles eram bem próximos -sua voz tentava parecer de um pai preocupado, irônico-
-- ah..sinto muito, creio que ele não saiba, ele disse mesmo para mim que uma grande amiga estava sumida, que não o respondia por nada -ela suspira- espero que encontre sua filha
-- tem certeza que ele não sabe de nada?? Tenta conversar com ele, sabe como é esses jovens de hoje em dia
-- olha senhor -ouço a voz do Sr Smith- minha esposa não teria o por que mentir, nem meu filho, realmente não sabemos, esperamos de coração que encontre sua filha e que nada de ruim tenha acontecido com ela
--..eu também espero, obrigado, se verem ou ela entrar em contato de alguma forma, pfvr me avisem
-- pode deixar, avisamos sim -assim que Sra Smith diz, pude ouvir o barulho da moto ligando e então acelerando, suspiro aliviada e saio do quarto junto de Noah- ela já foi pequena.. não se preocupe -a mesma me abraça-
-- obrigada..de verdade, obrigada por tudo -retribuo o abraço, fechando os olhos- vocês estão se arriscando por mim..eu nem sei como agradecer
-- case com meu filho -diz Sr Smith me fazendo engasgar sozinha- não é tão ruim assim
-- tenha calma homem! Eles tem apenas 15 a 16 anos! -diz Sra Smith o repreendendo-
-- olha pra eles e me diz se não fazem um belo casal -os dois se entre olharam e então olharam para mim e para Noah, que estava vermelho, bem envergonhado com a situação-
-- pfvr Sr e Sra Smith..somos apenas amigos -sorri gentil, tentando amenizar aquela cena constrangedora-
-- também éramos apenas amigos, e hoje, somos casados querida -seu sorriso meigo me deixava apreensiva de falar algo e acabar destruindo o humor dos dois, afinal, como poderia dizer que só não me caso, por causa que o filho deles já tem outra em seu coração?-
- bem.. mãe, pai, a vovó ligou mais cedo, disse que precisaria que a senhora fosse lá hoje, parece que tem algum problema com o vovô
-- ah sim, obrigada por avisar, vocês ficaram bem sozinhos??
- sim claro, não precisa se preocupar -ele então me olhou, alguém avisa que precisa sim se preocupar??? Alguém me socorre!-
-- se comportem, okay? -ela diz pegando a chave do carro, logo saindo com o Sr Smith logo atrás da mesma-
-- enfim sozinhos..-ele diz trancado a porta-
-- então né...-sento no sofá olhando pra tv, fingindo estar prestando atenção no que está passando-
-- me dá atenção! -o mesmo senta no meu colo sem depositar todo seu peso, deita a cabeça em meu ombro, se aconchegando na curvatura de meu pescoço- você não me dá mais atenção, não me ama mais?
-- ficou sensível do nada?? Tá de TPM agora??? -franzo o cenho e começo a fazer cafuné em sua cabeça- fofo
-- não sou fofo -ele então me olha, seu cabelo estava levemente bagunçado, seus olhos perambulavam pelo meu rosto, sua boca de vez em quando era umedecida por sua língua quente-
-- é..sim.. -falo olhando em seus olhos, tentando controlar minha respiração- muito fofo
- quando estiver gritando meu nome, não me chamara de fofo, baby -ele sussurra em meu ouvido, me fazendo arrepiar, sinto suas mãos apertarem minha cintura-
-- isso jamais irá acontecer -sorri com irônia-
-- veremos -ele então deixa um belo roxo em meu pescoço, e então sai de meu colo, colocando um filme e deitando a cabeça sobre minhas pernas, acabo rindo baixo e volto minha atenção a televisão-
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Será Isso Real?
Teen FictionDurante uma forme tempestade, Hayley se vê em apuros, correndo desesperadamente, coberta de sangue, movida e guiada pelo medo, mal ela sabia para onde estava indo, talvez um novo começo? Nova história? Ninguém sabe, mas independente de tudo, aquela...