O diário - Seu pensamento🌺

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Teresinha nasceu como aqueles frutos, daquelas preparações silenciosas.
Existiu uma criança que percorreu o caminho da infância e chegou a "Luz de sua existência".
Olhava para as estrelas que cintilavam docemente e essa vista a enlevava.
Havia uma constelação de pérolas de ouro que olhava com alegria por achar que tinha a forma de um T.
Fazia com que seu pai visse, dizendo-lhe que seu nome estava inscrito no céu.
Santa teresinha do menino Jesus teve consciência de si as 14 anos, e se viu como se fossemos uns andarilhos suportando nossas imperfeições.

E como nos iluminarmos, nos afastarmos dessas imperfeições?

Ela percebeu que no infinito jardim de Deus, existe as mais belas flores e que não depreciam as flores menos adornadas.
A brandura dos lírios, não tiram as especialidades das margaridas. A cada estação ou tempo as flores tem a oportunidade de abrirem as suas pétalas.
A paz, equilibro, e tantas outras coisas na vida vem de nos reconhecermos filhos de Deus.
Ela aceitou essa verdade.
Devemos aprimorar na confiança e na oração o que tem de mais belo na flor ou ramo que somos.

Deus também ofereceu o sol para todos, ele é generoso. E nós? Somos generosos com Deus?
Você desiste de uma rosa por causa de seus espinhos e não observa sua fragância que espele em harmonia?

Ela dizia que martírio, dessa época,  consiste na vivência das “contrariedades, desilusões, dissabores, cansaço, insensibilidade espiritual, o convívio comunitário, enfim, a cruz de cada dia ou, se quiser usar a expressão Teresiana, são as ‘picadas de alfinete'”

   Teresinha escreveu no início do  seu diário(pg2,3) quando sua doença de agravou aos 23 anos de idade:

⚘️"Encontro-me num momento de minha existência em que posso lançar
um olhar sobre o passado; minha alma amadureceu no crisol das
provações exteriores e interiores. Agora, como a flor fortalecida pela
tempestade, levanto a cabeça e vejo que em mim se realizam as
palavras do salmo XXII: «O Senhor é meu pastor, nada me falta:
v

erdes pastagens me faz repousar; ele me conduz para fontes tranqüilas
e restaura minhas forças... Ainda que eu ande pelo vale das sombras,
nenhum mal temerei, porque tu, vais comigo!" O Senhor sempre foi
compassivo e misericordioso para comigo... lento na ira e rico em
misericórdia... (Salmo CII, v. 8). Por isso, Madre, canto feliz ao vosso
lado as misericórdias do Senhor... Somente para vós vou escrever a
história da florzinha colhida por Jesus. Por isso, vou falar-vos com total
confiança, sem preocupar-me com estilo nem com as numerosas
digressões que possa fazer. Um coração de mãe sempre compreende
seu filho, mesmo quando só sabe balbuciar. Portanto, estou certa de
que serei compreendida e decifrada por vós, que formastes meu coração
e o oferecestes a Jesus!...
Parece-me que se uma florzinha pudesse falar, contaria simplesmente o
que Deus fez para ela, sem procurar esconder os presentes por ele
concedidos. Não diria, a pretexto de falsa humildade, que é feia e sem
perfume, que o sol roubou-lhe o esplendor e que as tempestades
quebraram-lhe o talo, quando está intimamente convencida do
contrário.
A flor que vai contar sua história se alegra em poder apregoar as
delicadezas totalmente gratuitas de Jesus. Reconhece que nada havia
nela capaz de atrair seus olhares divinos, e que somente sua
misericórdia fez tudo que de bom há nela...
Ele a fez nascer numa terra santa e toda impregnada por um perfume
virginal. Ele fez com que a precedessem oito lírios reluzentes de
brancura. Em seu amor, quis preservar sua florzinha do sopro
envenenado do mundo; e mal se entreabria sua corola, este divino
Salvador a transplantou para a montanha do Carmelo, onde os dois
lírios que a haviam cercado de carinho e embalado na primavera de sua
vida já exalavam seu suave perfume...
Já se passaram sete anos desde que a florzinha se enraizou no jardim
do Esposo das Virgens, e agora três lírios – a contar com ela – balançam
ali suas corolas perfumadas; um pouco mais longe, outro lírio está se
abrindo ante o olhar de Jesus. E os dois caules benditos dos quais
brotaram estas flores já estão reunidos na pátria celestial para
sempre... Aí se reencontraram com os outros quatro lírios que não
chegaram a abrir suas corolas na terra... Oh! Que Jesus se digne não
deixar por muito tempo nesta terra estranha as flores que ainda
permanecem no exílio! que em breve o ramo de lírios se complete no céu.

Eis um trecho no qual meus defeitos despontam com intenso brilho:

"Eis que Celina brinca com a pequena de jogar cubos, brigam de vez em
quando. Celina cede para ter uma pérola na sua coroa. Vejo-me
obrigada a corrigir esse pobre bebê, que fica terrivelmente furioso
quando as coisas não andam como ela quer e rola por terra como uma
desesperada, acreditando que tudo está perdido. Há momentos em que
é mais forte que ela, fica sufocada. É uma criança muito agitada, porém
muito mimosa e muito inteligente, lembra-se de tudo".
Estais vendo, Madre, como eu estava longe de ser uma menina sem
defeitos! nem se podia dizer de mim "Que era boazinha quando dormia",
pois de noite era ainda mais agitada que de dia, mandava para os ares
todas as cobertas e (embora dormindo) dava cabeçadas na madeira da
minha caminha; a dor me despertava e então dizia: "Mãe, bati-me!..."
Essa pobre mãe era obrigada a levantar-se e constatava que,
realmente, tinha galos na testa, que eu me batera. Cobria-me e voltava
a deitar-se, mas depois de algum tempo eu recomeçava a me bater.
Tanto que foram obrigados a me amarrar na minha cama. Todas as
noites Celininha vinha amarrar as numerosas cordas destinadas a
impedir o duendinho de se chocar e acordar mamãe.
Estais vendo, Madre, como eu estava longe de ser uma menina sem
defeitos!(pag. 7 e 8)

Obs- sem revisão ortográfica oficial







30 dias Evoluíndo com Santa Teresinha do menino Jesus e das floresOnde histórias criam vida. Descubra agora