com o grande problema

197 11 0
                                    

o tempo se passou, Cristal seguia as regras perfeitamente, sem desobedecer nenhuma até agora, todavia, chega um dia que ela temia, o recontro do seu ex de forma inesperada...

Cristal acordava normalmente e começa sua rotina de todo dia, cuidar dele, esperar mais uma a visita do Malcom nessa semana, as vezes a garota se perguntava mentalmente cadê os pais de Brahms que não voltam dessa tal viagem fazia uns meses como haviam dito que iam voltar e que não iriam demorar tanto, ela fica desenhado junto do boneco de porcelana.

A manhã estava perfeita, som de pássaros cantando, árvores se movimentado por conta dos ventos. A mesma podia se sentir em casa, mesmo convivendo com um boneco o tanto estranho, mas não deixou de se abalar por esse detalhe, já que é normal ter bonecos estranhos pelos lugares, mesmo que possam ser inusitado os lugares que podem viver.

Ela olha a janela brevemente, suspirando calmamente... parecia tão estranho ter uma mansão espaçoso em um lugar vasto, tendo como morados um casal de idosos e um boneco de porcelana como representação do filho morto.

A mesma lembra da historia que Malcom contou para ela do garotinho de 8 anos que morreu no incêndio dentro dessa casa, isso fazia retornar aquelas lembranças do passado, quando ficou grávida do seu ex abusivo, mas no final ela perdeu o bebê por causa dos espancamentos que recebeu... que agora se tornou um trauma e tenta evita-lo a todo custo para o bem dela.

Acaba se perguntando se fez a escolha certa nesse momento... mas também ainda fica com a marca da culpa por lembrar de ter perdido o bebê que ela jurava que ia cuidar com tanto carinho e amor... como via nas tv e que queria ser uma dessas mães, uma mãe carinhosa, dedicada, que ensinasse para se tornar uma pessoa boa um dia... mas que foi impedido por conta do abuso doméstico e que tinha receio de denuncia-lo por medo da morte.

Olha o boneco, que estava parado, apenas a olhando de forma sem vida e nada mais, poderia dizer que tinha um pouco de medo desse olhar sinistro e único que tenta se acostumar... pode ter passado um pequeno tempo, mas poderia dizer que tem algo nessa porcelana que não conseguia perder o medo facilmente com o tempo, parecia algo errado nisso... por mais que tente tirar da cabeça e afirma-se para si própria que é uma paranoia, parecia que isso não funcionava, que não era uma paranoia e sim uma certeza...  

Será que isso poderia ser um alerta de algo perigoso futuramente? ou apenas medo furtil dessa historia do entregador só pra incentiva-la a querer demissão logo? ela não tinha noção do que poderia ser ou do por que, mas podia sentir que algo tentava dizer algo para a ruiva que não fosse tão simples e fácil de se descobrir a respeito 

Enquanto pensava tanto, acaba ouvindo um som de alguém jogando sinuca, fazendo olhar na direção do som

- ue, por que de repente Malcom está jogando sinuca nessa hora? já chegou e nem me recebeu de inicio como de costume ou muito menos foi para cozinha, que estranho... 

Ela pega a porcelana e começa a andar, andava calmamente pelos corredores, ao entrar na sala de jogos, se depara com seu ex, Rey, ao olha-lo, fica em choque e congelada 

- Rey? o-oque v-você faz a-aqui?

fala no tom atormentada, e o rapaz de cabelos castanhos a olha com olhar meio raivoso e passivo e logo a responde 

- não está claro meu bem? estou para levar para casa de volta!

diz no tom calmo e meio agressivo

- não, n-não posso, tenho que cuidar da criança!

ao dizer isso, Rey fica curioso querendo o vê-lo e decide se aproximar dela, mas ao tentar se aproximar de ambos, a ruiva se afasta rapidamente dele, mostrando-se receosa e com um certo medo com a presença do homem

- desculpa Rey, e-ele e-está dormindo e não pode ser acordado, preciso que você vá embora... por favor

Rey revira os olhos

juntos até que a morte nos separeOnde histórias criam vida. Descubra agora