Bonus (depois da guerra)

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7 meses depois da batalha de Hogwarts

Mary olhou para as luzes piscando na árvore de Natal d'A Toca

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Mary olhou para as luzes piscando na árvore de Natal d'A Toca. Era lindo, e aquele ano parecia ainda mais bonito, já que todos andavam para lá e para cá fazendo comidas, carregando enfeites, se abraçando, e melhor ainda: sem medo.

A guerra havia chegado ao fim a alguns meses, a quase um ano mais precisamente, e apesar das cicatrizes todos comemoravam o Natal feliz com suas famílias.

Mas haviam feridas que não cicatrizaram ainda, muito pelo contrário, estavam abertas, doíam doíam sangravam.

Mary estava com Teddy no colo, o bebê de cabelos azuis dormia acolhido em seu peito, aquilo fez seu coração apertar, e ela simplesmente não suportaria aquilo, sem pensar muito, a Black procurou Remus pela casa, mas não achou e julgou que ele estivesse trancado em algum quarto chorando, então deixou Teddy com Fred e calada se dirigiu para fora da casa.

Fred não perguntou, questionou, nem falou nada, apenas acolheu o neném em seu colo e deixou que a namorada partisse calada, ele sabia que ela faria aquilo e que precisava aquilo.

Nos limites d'A Toca, onde não havia feitiços de proteção, Mary desaparatou, aparecendo novamente dessa vez no hall de uma casa antiga, escura e sem vida.

-Você não tem culpa - ela escutou uma voz mansa e conhecida ao longe - Ninguém escolhe o sobrenome que carrega.

-Ele era meu pai... - ouviu-se a voz de Theo chorosa - E matou meu melhor amigo.

Mary engoliu em seco e seguiu as vozes pela lateral da escada até parar e encostar no batente da porta da sala de estar e encontrar Theodore e Draco sentados no chão.

Para dois engomadinhos como Nott e Malfoy a situação deles era lastimável. Theo vestia um moletom antigo de dormir e Draco havia deixado a camisa social jogada por uma poltrona e se aquecia do frio de inverno apenas no fogo na lareira.

Ambos tinham o rosto abatido, triste e choroso mas Theo estava pior, vermelho e com os olhos fundos de chorar.

Foi Draco quem viu Mary primeiro.

-Ei! - disse num meio sorriso para ela fazendo com que Theo a olhasse também - A quanto tempo 'tá aí?

-Alguns segundos - disse sem muita emoção - Vocês estão decadentes.

-É.... - Theo resmungou - Sabemos.

De forma calma ela se dirigiu onde estavam e tirou o sueter Weasley que usava por conta do fogo que aquecia o lugar e sentou entre eles. O silêncio reinou por um tempo, não era desconfortável, tampouco agradável, apenas um silêncio vazio e seco.

O creptar da lareira era o a única coisa audível no local. Até Theo soluçar.

Como se estivesse segurando algo dentro de si durante o tempo calado e simplesmente foi demais segurar, e então em um soluço sentido, começar a chorar.

Do Outro Lado    (Fred Weasley) Onde histórias criam vida. Descubra agora