P.O.V LENA LUTHOR
Acordo antes do amanhecer com uma dor de cabeça latejante. Meus sonhos mal estavam enraizados, e eu não fiz nada além de virar no sofá a noite toda.
Era impossível sossegar depois de enfrentar Kara na cozinha. Sua pele se iluminou com o luar fino que espreitava pelas janelas. Suas pernas compridas e cabelos desgrenhados chamaram minha atenção, e a forma como seus óculos ficavam na ponta do nariz... há algo estranhamente pecaminoso sobre esses óculos.
Eu gemo, pressionando uma mão sobre meus olhos, desejando que meu corpo se controle. Faz muito tempo desde que eu olhei para uma mulher com mais do que um interesse fugaz. Qual é o ponto?
Elas nunca querem ficar mais do que uma única noite, ou se querem, fazem um monte de perguntas sobre minha empresa e o quanto de dinheiro eu tenho, geralmente da maneira mais óbvia.
― Bom dia, querida. ― Mamãe diz alegremente enquanto entra na cozinha, fazendo meus olhos se abrirem.
Eu preciso sair de casa.
Depois de algumas respirações profundas, eu me levanto e faço minha higiene matinal, me vestindo antes de deixar minha mãe saber que estou indo para a praia tão cedo. Mamãe dá um sermão sobre perder o café da manhã, mas prometo voltar mais cedo ou mais tarde para comer, compensando tudo.
Já vestida com o biquíni, pego o protetor solar e uma toalha, levando tudo para não precisar voltar para casa.
A praia está vazia. Midvale é mais uma cidade de aposentados do que qualquer outra coisa, então não costuma ficar inundada de universitários provavelmente o que faz Sam voltar.
Nado por quase uma hora até que meu corpo esteja cansado demais para se concentrar na noite passada, depois me arrasto para a areia, pingando de arrepios.
O sol está agora no horizonte, fazendo com que o ar da manhã pareça mais quente. Jogando minha toalha ao acaso, me espreguiço e cochilo, meu corpo faminto de sono.
Não tenho certeza de quanto tempo estive fora antes que o som de risadinhas me fizesse acordar. Me sento encontrando Sam e Reign caminhando, cada uma fazendo uma careta para mim. Reign joga seu cabelo para trás e Sam reflete a ação sem perceber. Balanço a cabeça e olho para trás.
Kara está parada a alguns metros de distância, congelada como se não tivesse certeza de continuar. Em sua mão, ela segura o que reconheço como um de nossos velhos cobertores de praia e, surpresa, um livro. Um sorriso puxa os cantos da minha boca quando encontro seus olhos.
― Olá meninas... ― E é como se minhas palavras a libertasse de algum tipo de feitiço.
Ela não parece muito feliz em me encontrar aqui, eu vou dizer. Quando ela começa a estender o cobertor, se abaixando sobre ele enquanto faz pequenos ajustes aqui e ali, percebo que estou segurando muita tensão na parte superior do corpo, forçando meus músculos a se apertarem. Tento relaxar um pouco de cada vez para que Kara não perceba, mas pelo jeito que ela continua olhando, estou começando a pensar que ela está tão afetada quanto eu agora pelos pensamentos da noite passada.
― O que você está lendo? ― Eu pergunto uma vez que ela se acomoda e abre o livro.
Seus olhos, de um azul surpreendente que não me lembro, se lançam sobre mim novamente.
― Um livro de poesia. ― Ela afirma, parecendo desinteressada em dizer muito mais. ― Maria Oliver.
― Ahhhh... ― Eu aceno. ― O que você planeja fazer com sua vida selvagem e preciosa?
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The Luthor's Christmas
FanfictionEla é a melhor amiga da minha irmã, e eu tenho quase quarenta... idade suficiente para ser sua mãe, pelo amor de Deus. Mas eu não consigo me importar ou querer negar o prazer de fazer a pequena Kara Zor-el toda minha... Para todo sempre. Releitura d...