Piloto

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A brisa gélida que caminhava pelas ruas da cidade era presente nos últimos dias, por mais que, os calafrios que sentia percorrendo pela espinha, isso era um clima agradável na opinião de Mare, amava a sensação de tomar chocolate quente naquele clima, ficar com o corpo coberto por uma fina manta com pequenos pelinhos. Isto estava nos planos de Mare, porém, o frio logo se dissiparia, com o gás vazando lentamente pela boca do fogão, se espalhando o cheiro forte, logo assim, nascendo uma chama azul pequena no local, antes dela ser totalmente ofuscada pelo fundo da panela. A garota ameaçou despejar a quantidade de água necessária para preparar seu chá, vendo seus dois pequenos gatos dormindo sobre as cadeiras da mesa de jantar, suspirou e continuou sua ação, antes de ser surpreendida pelo barulho, para ela, particularmente irritante e alto, da campainha de sua casa. Soltou um suspiro alto de indignação, colocou o recipiente com o líquido no balcão e andou reflexiva, imaginando o porquê de sua campainha estaria sendo tocada, não tinha planos de receber nenhuma visita, e sua mãe não estaria planejando receber ninguém, uma vez que, a essa hora da tarde a mesma estaria trabalhando, e não faria sentido ela tocar a campainha se ela poderia apenas destrancar a chave e abri-la.

O corpo feminino mediado parou por alguns segundos e tomou seus pensamentos, o que poderia estar tocando a campainha, e assim tirou a conclusão provável... só poderia ser o carteiro.

Voltou os passos até o Hall de entrada de sua casa, pegando a pequena chave que estava em cima da mesa estreita, girou a chave pensando o que a mãe impulsiva possa ter comprado, mas assim que abriu a porta, revelando a vista de sua vizinhança.

Estreitou os olhos assim que, percebeu que a sua frente, só havia a brisa fria entrando em sua residência, ela franziu o cenho e moveu a cabeça para frente olhando para os lados, e como o esperado, não havia nenhum sinal de pessoas na rua. A única reação que ela teve foi abaixar a cabeça, mas assim que sua visão foi para o tapete de boas-vindas marrom em frente a porta de sua casa, avistou um envelope amarelado, não era como as de contas de água ou luz, era como se fosse uma carta ou um convite chique.

Assim que pegou o convite e havia entrado na casa, fechando a porta e ido até à cozinha, sentiu um cheiro de aço sendo queimado, estranhou, mas logo lembrou deixara a boca do fogo aberta.

"Merda, merda." Retirou rápido a panela e jogou na pia vazia. "Como eu não causei um incêndio aqui ainda?" Olhou para um dos gatos pretos que havia se levantado e se espreguiçando.

Mare se sentou ao lado da pequena bola de pelos felina, e acariciou o local abaixo de sua cabeça, analisando com todo o cuidado, o envelope, percebeu-se a presença de um selo de cera, carimbado com um brasão, com o desenho de um Pegasus e as letras "A" e "D" em destaque. Abriu cuidadosamente a sobrecarta, retirando o papel amarelado, o cheiro suave de impressão nova era evidente, parecia que acabara de ser feito e entregue diretamente em suas mãos. Olhou para o Gato peludo que a encarava, com a coleira com a chapa expondo a palavra "Salem", seu nome, soltou um pequeno miado baixo e grave, fitou atentamente para ele, depressa desviou o olhar e, por fim, abriu-se a carta.

"Tinha razão." Olhou com toda a atenção para o papel. "Te devo genuinamente uma lata de sachê de carne."

"Um bom gato preto tem suas melhores fontes." Disse o felino indo sem desvios ao seu pote vermelho. "Fico espantado que tenha recebido tão tarde... 'miau'... 'miau'..."

"Às vezes não consigo traduzir o que você diz, é novo para mim ainda, sua bola de pelo arrogante." A garota disse seguindo até a geladeira a abrindo, pegou o sachê e voltou para o pote, colocando assim sua comida, fez um pequeno em suas costas. "Não gosto da ideia, ficar longe de casa e da minha zona de conforto, por mais que eu seja totalmente obrigada a isso..." Soltou um suspiro pesado e olhou para o teto. "Tenho 2 semanas para arrumar minha mala, até lá, vamos ver o que nos espera."

"..."

Os portões principais de ferro estavam fechados, uma figura feminina madura os olhava diante de um prédio antigo, mas muito bem conservado, ela descia a pequena escadaria frontal, olhando para o jardim de entrada, totalmente sem flores, para a senhora, era totalmente sem vida. Soltou um pequeno suspiro, e mexeu em seu anel prateado, com pequenas pedras cravejadas ao redor dele, estendeu a mão aberta para o arbusto, fechou-a lentamente, assim, desabrochando-se vários brotos de rosas, sorriu delicadamente satisfeita para seu trabalho.

Voltou a olhar ao horizonte, sentindo apenas um calafrio pela sua espinha, virou-se para trás e tomou um grande susto com o seu subordinado a encarando.

"Senhora Mascarenhas." Ele proferia com uma prancheta com uma folha em suas mãos, todos os nomes naquele mero pedaço de papel estavam riscados. "Todas as cartas de aceitação foram enviadas com o devido cuidado e sucesso..."

"Sinto que esta vindo um 'mas', logo depois de sua frase." A chefe do rapaz pequeno e jovem, o observa tentando decifrar seus pensamentos, já o rapaz, engole seco, hesita por alguns segundos antes de balbuciar qualquer palavra.

"Bom, é que..." Seu nervosismo passa para suas mãos trêmulas, mas logo se acalmam. "A diretora tem certeza que gostaria que os alunos: Anarra; Vercott; Backer; e Kimura, frequentassem nossa academia!? Pois, vejamos bem, eles não são um pouco... digamos..."

"Perigosos?" A velha diretora, remexia seu anel lentamente para ele. "Fernando, e nessa escola... quem não seria perigoso sem as medidas certas!?"

...

The mysterious case of the Magic School.Onde histórias criam vida. Descubra agora