Capítulo • 23

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Não esqueçam de deixar estrelinhas e comentários sobre as partes que mais gostaram, isso incentiva essa humilde escritora amadora 😁**

- O que houve professor Lino? Ou seria Minho? Acaso seu gato, Salém, comeu a sua língua? - Félix pergunta, irônico, e lhe entrega a coelha.

- N-não sei do que está falando senhor.

- Ora, não se faça de desentendido!
Já disse que nunca me esqueço de um rosto!

- Sim, o senhor disse.

- Então diga, o que veio fazer no palácio? - o mago pergunta incisivo.

- Como assim? Vim para dar aulas senhor. - Lino responde, temeroso.

- Também já o alertei para não subestimar minha inteligência. Não tente mentir para mim.

- Não estou mentindo senhor.
Vim pelo trabalho de professor.

- E por que um aprendiz de Merlim se sujeitaria a isso?

- Não aprendi magia com meu mestre.

- Como?!

- O que ele me ensinou foram cálculos, ciências, coisas assim.
Tudo que disse no jantar é verdade.

- Nem tudo. - Lino engole seco. - Pois bem, eu o estarei observando, bem de perto. Se tentar me enganar... bom, creio que não preciso entrar em detalhes não é?

- Não senhor. - o mago assentiu.

- Professor! - ouviram a voz da Madrinha ao longe.

- Cuide melhor de seu coelho, professor Lino.
O jardim pode ser um lugar perigoso para ele. - Félix disse em tom ameaçador antes de se retirar dali e o professor o olhou assustado.

- Professor, o senhor está bem? - a Madrinha lhe perguntou ao se aproximar. - Parece pálido.

- Estou bem Madrinha. - respondeu com voz trêmula.

- Não, não está.
Me acompanhe, vamos à cozinha.

...

Chegando à cozinha do palácio a Madrinha lhe oferece um copo d'água.

- Tome, beba, vai fazer bem.

- Obrigado Madrinha.

- Vou fazer-lhe um chá para que se acalme. - ela levanta-se da mesa, mas o professor a segura pela mão.

- Não é necessário.
Por favor, sente-se. - a Madrinha acata o pedido do professor ao perceber o temor em sua voz. - Lembra-se que me confessou não ter boa impressão à respeito do mago?

- Sim, eu me lembro.

- Pois bem.
É minha vez de confessar-lhe algo Madrinha, mas por favor, não conte isso a mais ninguém, temo perder meu trabalho no palácio.

- Pode confiar em mim professor.
Jamais faria algo para prejudicá-lo! É tão bom para meus meninos.

- Pois bem.
Sabe, a minha coelha Merlim, ela se chama assim, pois esse era o nome do meu mestre.
Fui aprendiz de Merlim.

- Então... o senhor também é um mago?! - a Madrinha se espanta.

- Não.

- Mas, então...

- Bom, quando era pequeno, eu tinha dons.

- Dons?

- Sim, de sonhos, premonições... mas era tudo muito confuso, eu não sabia interpretá-los.
Foi aí então que meus pais, buscando respostas para minha condição, levaram-me à Merlim.
Durante um tempo ele tentou ajudar-me a comprender meus dons, mas eu era muito relutante à respeito disso, então ele disse a meus pais que eu ainda não estava pronto, e pediu que me deixassem ser seu aprendiz.
Segundo ele, sob sua orientação, conforme eu crescesse aprenderia naturalmente a lidar com meus dons.
Mas, com os passar do tempo e meu interesse pelos estudos, isso acabou caindo no esquecimento.

- Entendo...

- Bem... acontece que... sabendo que meu mestre estava em Stay, o mago Félix esteve em sua biblioteca algumas vezes.
Nunca soube sobre o que falavam, mas meu mestre sempre ficava perturbado após cada visita sua.
Em algumas dessas ocasiões eu estava presente, e em algum momento ele soube que eu estava lá na condição de aprendiz.

- Então, ainda forma aprendizes. - Félix diz a Merlim, observando o menino Minho. - Interessante, talvez eu também devesse ter um. - ele completa, sorrindo e olhando para o menino. Merlim olha para Minho com preocupação.

- Depois de algum tempo meu mestre chamou-me para dizer que teria que partir.

- Mas senhor, por que o senhor tem que ir?

- Se ficar, você estará em perigo.
Volte para a casa de seus pais.
Se precisar de algo da biblioteca use a passagem secreta, eu trancarei a porta com magia, e só você será capaz de entrar, mas apenas quando atingir a maioridade, não o faça antes disso.
Certo? - o menino concordou. - Mais uma coisa, lembra-se do homem de cabelos brancos que esteve aqui?

- Uhum.

- Fique o mais longe possível dele! Ele é perigoso! Você me entendeu Minho? - o menino assentiu.

- Nesse dia, para proteger-me ele lançou-me um encanto que selou meus dons.
Por muitos anos não tive mais sonhos, nem nada assim, e naquela mesma noite ele se foi.
Dias depois Félix esteve na biblioteca, eu estava escondido quando o vi chegar.
De certo quando viu a porta trancada pensou que meu mestre havia partido levando-me com ele, sendo assim, nunca mais retornou.
Após isso continuei entrando lá escondido pra ler, até que depois de adulto pude reabri-la.
Quando a senhorita esteve na biblioteca para oferecer-me o trabalho não pensei duas vezes antes de aceitar, mas não imaginava que o encontraria aqui!
Não sabia que o homem de cabelos brancos que ía a biblioteca era o  mago do palácio de Stay!
Eu nunca soube o seu nome, por isso me surpreendi quando o vi, mas pensei que não me reconheceria, afinal, eu era apenas uma criança da última vez que me viu, mas, enganei-me.

- Meu Deus... que história!

- Madrinha, eu não sei porque meu mestre me disse essas coisas, mas acredite, se ele tinha motivos para não confiar em Félix, eu também não confio, e a senhorita também não deve confiar! - o professor falou segurando firme em suas mãos.
A Madrinha ouviu atônita, mas antes que pudesse dizer quaquer coisa à respeito, o menestrel, Seungmin e Jeongin entraram na cozinha presenciando a cena.

A Madrinha ouviu atônita, mas antes que pudesse dizer quaquer coisa à respeito, o menestrel, Seungmin e Jeongin entraram na cozinha presenciando a cena

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A biblioteca do mago Merlin.

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