I)proposta

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O sol parecia perseguir Jisung para onde quer que ele fosse, oras já estava frustrado pelo seu cabelo recém pintado (o que já foi um loiro agora era um azul tão forte quanto lápis lazuli) e acabou de perder seu metrô, ele suspirava sem parar

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O sol parecia perseguir Jisung para onde quer que ele fosse, oras já estava frustrado pelo seu cabelo recém pintado (o que já foi um loiro agora era um azul tão forte quanto lápis lazuli) e acabou de perder seu metrô, ele suspirava sem parar.

Estava casual e sua câmera repousava no pescoço dele, que aproveitando a espera de outro metrô, tirou algumas fotos. Ele havia um card só para fotos diversas. A verdade que mesmo com todo aquele estágio em cima de suas costas e um chefe pávio curto, ele adorava fotografar e entrevistar as pessoas.

Virou a câmera em direção à uma pichação na parede, em um clique conseguiu capturar aqueles traços furiosos escrevendo um poema anarquista.

Ele sorriu para a tela da câmera e tomou um susto ao ouvir o barulho do desembarque, correu rapidamente para dentro, suspirou vendo o vagão cheio e dispôs a se agarrar numa barra para não cair, fechou os olhos e sentiu a vibe dos fones tentando aguentar mais um dia pela frente.

📸⛓️

—Félix, o chefe disse para ir à sala dele—Han falou se apoiando na mureta que separava sua mesa da mesa do colega loiro, ele era um australiano bem bonito e manipulador, sempre a um passo quando se trata do trabalho, diferente de Jisung, ele já era um empregado profissional, diferente dele que apenas estagiava.

—De novo, ele quer é pica e não tá sabendo pedir—riu da própria piada e Han balançou a cabeça pela falta de vergonha—Vou lá, e você arruma sua mesa, isso parece um lixão.

Jisung revirou os olhos pelo drama, haviam apenas alguns pacotes de chocolates sobre a mesa, que raios ele queria dizer com lixão?

Han não saberia dizer como havia começado seu amor pelo jornalismo, ou por diversas investigações, ele daria os créditos a sua curiosidade? Talvez sim, senhora Han sempre dizia isto. Ele gostava de fotografar, conversar e buscar a verdade, Jornalismo caiu como uma bigorna cai em um personagem de desenho. Estava no final de sua faculdade, e estava estagiando fazia dois meses, e seu trabalho era bem feito mas muito simples e Jisung havia ficado com uma sede de algo maior, ele queria investigar algo grande, não que escrever manchetes sobre o clima fosse pouco (e era) mas ele gostava da certa ambição.

Remexeu uns papéis aqui e ali, e começou a batucar as teclas com certo tédio "como a política afeta o meio ambiente" paia, óbvio que a política afetava tudo a sua volta, que coisa besta de fazer, pensava enquanto agitava uma garrafa com achocolatado e jogava os fios azuis para trás. Sorriu ao ver Félix voltando em sua direção, o australiano parecia feliz.

—Hyunjin quer ver você, na sala dele, agora!—gritou fazendo Han levantar assustado, no susto enrolou o crachá no pescoço e sabia que aquele momento era ótimo para se enforcar.

Arrumou seu cardigã, e viu seu reflexo na porta de vidro e suspirou ao juntar os nós dos dedos contra a porta, fazendo três toques soarem a resposta de dentro, Jisung entrou e sentou-se na cadeira frente ao seu superior, tremendo da cabeça aos pés, Hyunjin era muito intimidador pessoalmente, ainda mais quando a atenção de Han era tomada pelo belo sinal abaixo do olho do rapaz e ele percebia. Hyunjin era um rapaz de talvez 30 anos bem conservado, e dale conservado nisso e facilmente chateado, o famoso "pnc" pensava Han. O Hwang cruzou os dedos e apoiou o queixo nelas, sem quebrar o contato visual, nessas horas Han queria ler seus pensamentos pois aqueles olhos eram difíceis de ler.

—O que o senhor deseja?—perguntou tentando não demonstrar seu nervosismo, o loiro pegou um envelope e jogou sobre a mesa, deu de ombros e cruzou os braços se levantando, Jisung levou os olhos até conseguir ler aquilo. Era uma foto de um rapaz segurando um bebê no colo. Que diabos? Pensava o mais novo.

—Este na foto é Lee Minho, um dançarino e cantor famosíssimo. Ele é do tipo assassino, misterioso, isolado e anônimo. Qualquer coisa sobre ele é muito falado, e essa foto é recente, essa criança, quero saber quem é dele. Filha? Sobrinha? Não importa, quero informações—apoiou-se na mesa e ficou de frente ao outro, que ouvia atentamente—E você vai ser meu encarregado.

Arregalou os olhos e engasgou com o ar, Hyunjin cruzou os braços e esperou o outro terminar de tossir.

—S-senhor, eu?? Porque?? Eu pulei de manchetes para uma investigação dessas?

—Todos os meus jornalistas são conhecidos na mídia, provavelmente ele os conhece também—soava óbvio e com certo orgulho—Menos sobre você... Como você é estagiário é como se você fosse invisível, ele não irá desconfiar que é jornalista. E então?

—Eu topo—respondeu tão rapidamente que deixou o superior soltar um sorriso ladino.

—Ótimo, mandei as informações sobre onde ele mora no seu computador e Félix vai te entregar a ficha dele. Obrigado Han.

Voltou a sua cadeira atrás da mesa e Jisung saiu de dentro da sala, fechou a porta e deu leves pulinhos de felicidade, finalmente ele iria ter um trabalho digno!

📸⛓️

Duas horas. Em um sol ferrado. O cabelo azul parecia derreter pela testa até suas bochechas como gotículas suadas. E estava exausto. Ainda bem que deixara seu cardigã na empresa. Jisung estava a procura do endereço que traçava o papel em mãos, Minho era famoso ou foragido? O gato era isolado ao extremo! Pensava Jisung frustrado por não ter ao menos uma bicicleta ou uma moto, ao seu ver aquilo era uma humilhação. Ele bufou e bebeu na garrafa de morangos que levou quando se apoiou numa árvore, limpou a testa com o braço e fitou uma casa simples e bem bonita no meio de várias árvores e flores,  virou os olhos para o endereço e o número era compatível, essa era a casa de Lee Know? Era simples demais. Revirou os olhos e pegou um binóculos na mochila.

—Quem esse otário acha que é? A Melanie Martínez?—riu sozinho e guardou os binóculos novamente e sentou na grama—Poxa, será que ele nunca vai sair?

Olhou o cronograma e analisou aquele dia, era os pontos de Lee Minho e as coisas qie ele fazia no dia a dia, Jisung apenas escondia o quanto achava aquilo bizarro mas, jornalismo tinha seus pontos baixos.

Han achava engraçado como deitar na grama era romantizado e goumertzado porque aquela pinicacão na bunda era tudo menos romântico, ou fofo. Ele suspirou e levantou fingindo fotografar as árvores.

—Que humilhação.

Sussurrou para si mesmo antes de ter sua atenção tomada a uma movimentação na porta da casa a sua frente, era uma figura alta, usava um moletom branco e calça cargo bege com uma máscara no rosto e uma mochila de carteiro no quadril.

—Droga, é ele—sussurrou para si mesmo vendo Know caminhando normalmente pela rua—Preciso agir.

E o seguiu. Discretamente...

manchete [MI+SUNG]Onde histórias criam vida. Descubra agora