Tudo bem, talvez Kie estava prestes a enlouquecer, o motivo? Algum de seus filhos estava colocando as garrafas de água de volta na geladeira sem reenche-las antes, e ela ainda não tinha a mínima ideia de quem era!
No começo ela apenas ignorou, depois se tornou um pequeno problema quando ela queria beber um pouco de água depois do almoço, tentou conversar com seus filhos para ver se a situação se resolvia, e no dia seguinte lá estava um garrafa vazia na geladeira! E aquilo não parou, pelas próximas semanas o número de garrafas cheias na geladeira foram diminuindo. A pobre dona de casa
não aguentava mais aquela situação.Ela suspirou pela décima vez naquele dia, tentando manter o pouco de calma que ainda lhe restava. Caramelo, o vira-lata da família, lhe encara curioso, não entendendo a situação ou o motivo de sua raiva.
— Chegamo, mãe! — Tanjiro gritou da sala, já eram mais ou menos 19h, horário que Tanjiro e Nezuko chegavam do colégio. Agora todos seus filhos estavam em casa, seria a hora de confrontar aqueles pestinhas.
— Tanjiro, Nezuko, Takeo, Shigeru, Hanako e Rokuta Kamado... Na cozinha, agora! — Os citados não puderam deixar de suar frio, sua mãe só dizia seus nomes completos quando estava pronta para dar uma enorme bronca neles. Caramelo até se retirou do ambiente, não querendo ficar perto da confusão.
— Oi, mainha? — Takeo disse, tentando parecer o menos culpado possível sobre qualquer que seja o motivo dela estar brava (e falhando miseravelmente).
— Sem essa de mainha — O raciocínio dos mais novos corria solto, pensando nas maiores atrocidades que já fizeram e que a mais velha poderia ter descoberto.
— Que que aconteceu, mãe? — Tanjiro perguntou, tentando transparecer o máximo de tranquilidade que conseguia (mesmo que estivesse morrendo de medo por dentro).
— Eu só vou perguntar uma coisa ... — Os mais novos engoliram a seco, será que ela havia descoberto algum secreto obscuro deles? Sobre o vaso que Shigeru quebrou e culpou o Caramelo, talvez sobre o namoro (nada) secreto de Tanjiro com Zenitsu, ou que Takeo havia gastado 10 reais do cartão dela no Free fire, ou que Hanako andava falando palavrões demais no sigilo
tantas possibilidades.
— Quem é que tá botando as garrafas de volta na geladeira sem encher elas?!
Oh, era só isso... Eles suspiraram em alívio, mas ainda um tanto nervosos para conseguir provar sua inocência do ocorrido.
— Eu não sei, mãe! — Hanako gritou primeiro, e a partir daí tudo se tornou uma gritaria de crianças desesperadas para provar sua inocência daquele crime tão ardiloso.
— Não fui eu, não fui eu! — Rokuta Exclamou repetidamente, o garoto nem tinha força para abrir as portas de casa, como poderia ter aberto a geladeira sozinho?
— Nem olha pra mim — Shigeru apontou o dedo para Takeo — olha pro Takeo!
— Que? Eu não!
— Você sim! É você que nunca enche as garrafas que bebe!
— Que mentira, é você que sempre esquece de encher! — E dali se iniciou uma discussão paralela entre Takeo e Shigeru, tendo direito a xingamentos de "corno" direcionados para o jogador de Free fire (vulgo, Takeo).
— Eu também não sou, eu só bebo água no copo! — Nezuko disse, tentando limpar sua pele da culpa.
— Não sou eu também, eu sempre encho quando bebo água — Foi a vez de Tanjiro se defender.
— Para, para! — Kie teve que intervir, não suportando mais toda aquela gritaria — Eu só quero saber quem foi.
Todos ficaram em silêncio, não tendo coragem de admitir ou dedurar o culpado.
— Certo, se nenhum de vocês vai falar... Todos de castigo, sem televisão, computador ou celular!
— Mas mãe! — Nezuko exclamou, como ela conversaria com suas amigas durante as férias? Kanao e Aoi passariam as férias longe da cidade, não podia ficar sem conversar com elas.
— Agora um de vocês está afim de confessar? — Aquilo já estava a irritando muito, ele só precisavam admitir, qual a dificuldade?
— Mas não foi a gente, mãe! — Tanjiro tinha certeza que não havia sido nenhum deles, Nezuko mal bebia água das garrafas, Takeo tinha sua própria garrafinha e sempre a enchia, sempre lembrava Hanako e Shigeru de fazer isso, e Rokuta era muito novo para conseguir fazer aquilo sozinho.
— Se não foram vocês, quem foi?
— Querida, cheguei! — Tanjuro disse ao chegar na cozinha, estava com o mesmo sorriso de sempre no rosto, mas ele logo se desmanchou ao ver todos ali o encarando em choque.
— Pai, foi você! — Rokuta apontou o dedo para o mais velho, passaram por todo aquele sufoco por algo que sequer tinham feito.
No fim, os irmãos foram inocentados, ganhando uma sobremesa adiantada no jantar como pedido de desculpas de sua mãe, e Tanjuro teve que varrer aquela casa inteira para conseguir se redimir com Kie.
O problema com as garrafas havia sido finalmente resolvido.
Palavras: 793.
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Os Kamado
Fanfiction¡AU BRASIL 🇧🇷! Pequenos contos onde os Kamado são uma família brasileira de classe baixa Idéia tirada dos vídeos da @Sugar_Crash111 (Tiktok)