V&R - Desenlaces (DESCONTINUADO)

Lago (Rubenny)

eu TINHA que começar por eles, óbvio!!!

para full entendimento da linha do tempo do relacionamento dos dois, é recomendado a leitura de, não somente Veritatis & Realitas, mas Frenesi (Rubenny) também!!

boa leitura!!

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     Rubens sentiu dois braços fortes ao seu redor, o abraçando. Sorriu imediatamente, sentindo Johnny encostar sua cabeça em seu ombro, com as costas curvadas.

- O que você 'tá fazendo?

- Cortando fita...

- Hm? Pra quê?

- ...Colocar essas luzinhas lá fora.

- Achei que já estava pronto - Arqueou suas sobrancelhas.

- Só falta isso aqui... Me ajuda a colar lá em cima?

- Claro... - Johnny assentiu e Rubens se levantou, colocou seus pés descalços no chão de madeira e andou até chegar a grama macia e bem cuidada.

Alguma música indie tocava no celular do mais baixo quando os dois tentavam prender as luzinhas de fada na parte de fora da casa de campo que haviam comprado, no pacato interior, tinha tudo que os dois queriam. Calma, uma horta, uma vaquinha, e haviam até tratado de comprar galinhas! Estavam no fim da reforma da casa, mas o de cabelos platinados tinha planos muito grandes envolvendo uma areazinha da casa que tinha uma vista linda para o lago.

- Pronto.

- Pronto? - perguntou, olhando para os olhos brilhantes do mais novo, incrédulo. Desde que se formaram, estavam com planos e mais planos envolvendo a casa e a vida perfeita dos dois.

- Tá pronto!! - Sorriam - Esse é o começo do resto da nossa vida morando aqui.

- É perfeito.

- É. Por isso que eu falava tanto sobre planejar as coisas...

- Valeu a pena - Deixou um selinho nos lábios do parceiro.

Se sentaram na madeira, olhando para o horizonte e o pôr do sol que já se esvai.

- Essas luzinhas... são as mesmas que estavam no meu quarto na primeira vez que você dormiu lá em casa... - Rubens pegou a mão do namorado. As cicatrizes que vinham junto ao trabalho de caçador paranormal adornavam a mão grande e cheia de calos dele. Passou seus dedos delicadamente por cada imperfeição que achava simplesmente perfeita.

- Meu deus... Isso faz tanto tempo!

- Faz!

- E a gente começou a namorar perto de um lago, não?...

- Tava frio... E eu fiquei com medo... Primeira vez que a gente se via em... um ano?

- Era a única coisa que passava na minha cabeça...

- Hm?

- Você.

- Bobo... - deu um beijo nele, doce e calmo.

- Hmm... E agora a gente pode planejar outra coisa. Lembra que eu tinha falado que era melhor só pensar em uma certa cerimônia depois que tivéssemos a casa já arrumada...?

- Às vezes eu esqueço que a gente é noivo, sabia?

- Preciso comprar um anel, inclusive...

- Tem que ter um flamingo nele.

- Vou ter que comprar outro anel de criança pra você?

- Pfft... O primeiro que você comprou foi um dos presentes mais lindos que você já me deu.

- Um anel de criança.

- Johnny Tabasco Naluti, você é o maior crianção que eu conheço. Literalmente fez birra por que eu não deixei você pular no lago depois do almoço...

- A GENTE TEM UM LAGO, SENHOR RUBENS TABASCO NALUTI, PRECISAMOS APROVEITAR - Gritou, brincando com o noivo, que só ria alto da discussão boba que haviam tido mais cedo.

- A gente tem todo o tempo do mundo.

- A gente tem todo o tempo do mundo... - Johnny repetiu, olhando para as estrelas que começavam a surgir no céu limpo.

- Te amo, Johnny.

- Também te amo, Rubinho.

Descansou sua cabeça contra o ombro dele, a música tocando enquanto descansavam silenciosamente após o último dia de reformas na casa.

- É Rubens... - Corrigiu depois de alguns segundos em silêncio, rindo baixinho.

Johnny se jogou em cima dele, e os dois se deitaram na madeira do deque. E ninguém nunca precisou saber sobre eles, todo mísero toque -escondido ou não- já era perfeito e satisfatório por si só.