De volta a cidade: O menino desaparecido.

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A atual dupla mais famosa de Teyvat caminha pelas estradas de terra situadas em Mondstadt, um caminho simples aonde carroças de produtos passam até se encontrem no vale termal ou na cidade principal. O garoto de cabelos loiros e feição inexpressiva caminha lentamente admirando a vista apenas pelo olhar, enquanto sua fiel guia voa por cada canto explorando desde objetos a frutas pelo caminho.

- Aaa! Nada como uma brisa de Mondstadt para me manter feliz e segura, sabe viajante, eu estou bastante feliz em ainda seguir viagem com você. Claro que seu jeito de me tratar ainda é meio rude mas percebi que somos amigos grandiosos. — Paimon papeou mantendo-se em uma altura adequada para falar com seu amigo, mas ele não parecia está ouvindo no momento - VIAJANTE!!!!

- Hum? Você estava falando alguma coisa? Eu não estava prestando muita atenção Paimon. — Respondeu o jovem, com um rosto confuso e ainda caminhando até a cidade.

- Você está muito disperso ultimamente, imagina se algo acontecesse igual na batalha contra a La Signora ou Scaramouche? Você precisa está mais atento do que nunca por causa dos Fatuis.

- Não é como se fosse um problema a partir daí, sim eu tenho receios mas nada que em alarme tanto. Childe conseguiu ter a nossa amizade, Signora voou com as cinzas de volta a sua terra e o Andarilho... Bem, este apagou sua existência para os outros, a cada vez estamos desmanchando essa organização. — O loiro sorriu pondo suas mãos sobre a cintura em sinal de confiança.

Paimon ainda assim não se importou com sua fala e continuou explicando um chato guia de alerta e como os cavaleiros de Favonius deveriam ajudar ele a ficar mais atento. Aether gosta muito da Paimon, mas as vezes ela ultrapassava um pouco dos limites com suas falas alongadas e suas esquisitices. Secretamente ele amava quando alguém mandava ela calar a boca ou a chamava de ratazana voadora, claro que geralmente quem fazia esse trabalho era ele.

- Bem, chegamos, espero não encontrar o bardo tagarela por aqui hoje! Simplesmente tem vezes que eu tenho vontade de socar ele de tanta chatice, odeio! Odeio! Odeio! — A fadinha estressa começou a chutar o ar em revolta.

- Então você vai odiar o dia de hoje, hehe — Um ser apareceu por trás de Paimon a fazendo levar um grande susto, aquela pessoa nada mais, nada menos se tratava de Venti, o bardo famoso por vencer três competições seguidas como o melhor da cidade.

- NÃO ME ASSUSTE ASSIM!! — Se irritou a menina.

- Venti, olá. — Aether sorriu em sinal de respeito.

O garoto apesar de entender as preguiças do arconte anemo e os seus desleixes, consegue compreender certas ações e até gosta bastante do arconte. Contudo, ele ainda fica com pé atrás em relação a ele por achar que o mesmo esconde coisas totalmente estranhas ou que nem os demais arcontes conseguem compreender, para Aether, o menino trançado de roupas fofas é uma incógnita. Uma incógnita que ele gostaria muito de tentar resolver.

- Faz tanto tempo que não os vejo em Mondstadt que eu até pensei que vocês abandonaram os amigos que fizeram aqui. Mas também não precisam se preocupar, a cidade está tão calma... Estaria na verdade. — Deu um sorriso desconcertado.

- O que aconteceu? — Aether se encheu de curiosidade.

- Foi ontem a noite, aconteceu a maior briga no bar do Diluc e agora estou banido por 100 anos. 100 ANOS! Claro que esse tempo para mim não muda nada, mas se daqui a pouco não tiver mais bar no futuro? A melhor taverna de Teyvat me baniu e eu não tenho o que fazer. Diluc nem na minha cara quer olhar (ele já não queria olhar antes). — Expressou sua indignação cruzando seus braços e expressando um rosto choroso.

- É bem do seu tipo ser expulso do bar, mas por qual motivo o Diluc faria isso? O que exatamente você fez para ele tomar essa atitude? — Instigou.

- Bem, ontem a noite estávamos: Eu, Eula, Rosaria e Kaeya sentados na mesa da taverna jogando conversa fora e bebendo alguns drinks mais leves. No meio dessa pequena bebedeira o Kaeya propôs um desafio de bebidas, a pessoa que menos bebesse teria que pagar a conta. De início a Eula não quis participar, mas foi convencida quando teve seu orgulho ferido pela Rosaria. Enfim, várias bebidas rolaram aquela noite e nitidamente o Diluc estava ficando estressado, em um daqueles momentos a Eula já tinha se rendido a uma tristeza profunda e dormiu se quase chorando, eu tentei animar ela para continuar a beber, só que eu acabei por derrubar a bebida em um aventureiro desconhecido.

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